Esqueça tudo que você já ouviu como uma tentativa criacionista para informá-lo sobre como o universo é "afinado" para a vida humana. Vá para qualquer lugar que não seja a mãe Terra, e você vai aprender muito rapidamente que o universo é bastante ansioso para matá-lo, e ele possui uma variedade infinita de maneiras para fazer isso. O astronauta Mark Watney teve que aprender essa lição da maneira mais difícil, quando um acidente deixa-o preso sozinho na superfície do planeta vermelho no romance Perdido em Marte, uma estreia tensa e meticulosamente pesquisada do engenheiro de software Andy Weir. Originalmente publicado em 2011, o livro teve um grande relançamento (inclusive em capa-dura no Estados Unidos) em 2014 e foi escolhido por Hollywood, que claramente espera ter encontrado seu próximo Gravidade.
Isso de lado, o livro de Weir é um brilhante hard scify puro por completo, levando a aguerrida formula do protagonista resolvedor de problemas para o que pode ser muito bem sua apoteose. Weir o coloca nas mais desesperadas situações de sobrevivência depois que uma enorme tempestade obriga a Missão Ares 3 a abortar, mas Watney é atingido por um estilhaço durante a evacuação e dado como morto e deixado para trás. A fim de manter-se vivo contra o que qualquer avaliação sã iria chamar problemas intransponíveis, o engenheiro/botânico deve levar em contras todos os detalhes. Onde ele vai conseguir comida? Ele pode fazer crescer batatas, mas como ele pode criar solo viável para que elas cresçam? Quanta água ele poderá usar para isso, contra sua própria necessidade de hidratação? Que mistura de hidrogênio, oxigênio e nitrogênio seria necessária para otimização do habitat cultivável? Praticamente cada molécula individual deve ser contabilizada e rigorosamente medida.
Mostrando uma ingenuidade que vem da sua formação e de não ter nenhuma alternativa real, Watney recorre a todos os truques "MacGyvers para todos os tipos de equipamentos disponíveis para atender a suas necessidades. Ele ainda recupera a sonda Pathfinder da superfície de Marte para usá-la como comunicador com a NASA em sua tentativa de voltar para casa, depois que a matriz original de comunicação ter sido destruída na tempestade. A única esperança de recuperação de Watney parece ser a próxima missão agendada Ares 4, mas que ainda demorará um longo tempo para estar pronta para a viagem. Existe uma maneira para reabastece-lo, mantê-lo vivo para os agonizantes meses solitários e intermináveis que ele deverá suportar? Ou , há uma maneira, ainda que não sem grandes riscos, para recuperá-lo mais cedo? Ou é tudo uma esperança vã, um adiamento doloroso do inevitável?
É um testemunho e tanto para a presente narrativa de Weir e sua devida diligência como um pesquisador, que nem em um único momento, faz com que Perdido em Marte fique perdido em falsas voltas. Mesmo a atitude infinitamente piadista de Watney, que pode parecer para alguns leitores um pouco fora do personagem para um cara que esta prestes a morrer de frio em marte. Isso soa como um mecanismo psicológico totalmente crível para enfrentar tal situação. Sinceramente, o desespero é um luxo pelo qual você não pode pagar, se você estiver realmente com a intenção de viver mais um dia e encontrar-se sozinho na superfície de um mundo alienígena.
É verdade que, por vezes a história se passa em tantos detalhes exaustivos sobre cada (reconhecidamente brilhante) plano executado por Watney que qualquer leitor que não seja um engenheiro, ou de raça similar, pode ficar com os olhos cansados de vez em quando. E, quanto ao desenvolvimento de caráter, Weir faz de Watney um cara extremamente relacionável, que a maioria do pessoal da NASA tem que lidar com uma sensação nunca antes vivida. Mas há momentos em que há suspense suficiente nesse romance para fazer com que qualquer leitor não salte nenhuma pagina ou paragrafo, e o clímax é adequadamente emocionante. Andy Weir emitiu uma das estreias mais impressionantes do gênero scify, e nele, acho, que poderíamos muito bem estar olhando - finalmente - para um sucessor viável para o legado de Arthur C. Clarke. Embora eu desejasse que o homem não fosse tão triste com a televisão dos anos 1970. Isto é, Tudo em Família, foi muito bem na verdade.
Em breve comentaremos o filme
O velhonerd
É um testemunho e tanto para a presente narrativa de Weir e sua devida diligência como um pesquisador, que nem em um único momento, faz com que Perdido em Marte fique perdido em falsas voltas. Mesmo a atitude infinitamente piadista de Watney, que pode parecer para alguns leitores um pouco fora do personagem para um cara que esta prestes a morrer de frio em marte. Isso soa como um mecanismo psicológico totalmente crível para enfrentar tal situação. Sinceramente, o desespero é um luxo pelo qual você não pode pagar, se você estiver realmente com a intenção de viver mais um dia e encontrar-se sozinho na superfície de um mundo alienígena.
É verdade que, por vezes a história se passa em tantos detalhes exaustivos sobre cada (reconhecidamente brilhante) plano executado por Watney que qualquer leitor que não seja um engenheiro, ou de raça similar, pode ficar com os olhos cansados de vez em quando. E, quanto ao desenvolvimento de caráter, Weir faz de Watney um cara extremamente relacionável, que a maioria do pessoal da NASA tem que lidar com uma sensação nunca antes vivida. Mas há momentos em que há suspense suficiente nesse romance para fazer com que qualquer leitor não salte nenhuma pagina ou paragrafo, e o clímax é adequadamente emocionante. Andy Weir emitiu uma das estreias mais impressionantes do gênero scify, e nele, acho, que poderíamos muito bem estar olhando - finalmente - para um sucessor viável para o legado de Arthur C. Clarke. Embora eu desejasse que o homem não fosse tão triste com a televisão dos anos 1970. Isto é, Tudo em Família, foi muito bem na verdade.
Em breve comentaremos o filme
O velhonerd
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