Ontem eu vi o piloto, supostamente "vazado", da polêmica serie que a FOX pretende levar a sua grade de programação em 2016, Lúcifer.
Esta nova série de TV, com base no universo Vertigo da DC Comics, conta a história do Senhor do Inferno que cansou de ser mal e se mudou para Los Angeles. Eventualmente ele passa a ajudar a policia de lá a prender criminosos.
A polemica começou com o grupo americano "Christian group One Million Moms" que foi a rede para juntar 1 milhão de assinatura contra a FOX, isso foi o suficiente para que a emissora continuasse com seus planos de levar a série ao ar estrelada pelo ator britânico Tom Ellis no papel -titulo.
A petição do grupo também alega que a série Lúcifer "descaracteriza Satanás", se afasta dos verdadeiros ensinamentos bíblicos sobre ele, "retrata imprecisamente as crenças da fé cristã" e se a FOX vai continuar com ela é um sinal que a rede está "desrespeitando o cristianismo e zombando da Bíblia".
Eu imagino que tenha sido assim que aconteceu: em algum ponto durante uma conversa com o staff da FOX, alguém disse: "Mas você não pode transformar tudo em um procedimento policial", e está declaração foi tomada como um desafio.
Isso nos leva a Lúcifer, um drama policial sobrenatural baseado no personagem criado por Neil Gaiman e que tem a sua própria série de HQ spinoff de Mike Carey. A série de TV ficou com as raízes da HQ original que conta que o Diabo a certa altura fica entediado com o inferno e abandona seu posto em favor da propriedade de um piano bar em Los Angeles. A série também irá adicionar o toque que Lúcifer usas seus poderes sobrenaturais para ajudar o LAPD a resolver os crimes na cidade.
Estrelado pelo Britânico Tom Ellis, a quem Gaiman descreve como um "um sexy e louco Dr. Who do mau" mostra um Lúcifer que zomba dos humanos, como não poderia ser diferente, mas que as vezes se compadece de sua condição diante das divindades. Gaiman afirma ainda que a série se tornará um prazer culpável para muitos da sua futura audiência, o que parece provável com base no que vimos no piloto. Ainda assim, um prazer culpado é melhor que nenhum prazer em tudo.
As redes de TV tem uma tolerância muito limitada para a feiura, assim a ajudante de Lúcifer, Maze (Lesley-Ann Brandt) parece ter sido uma sem pele, metade do rosto deformado trocado por outro, seu discurso saudosista claramente revela que ela ainda tem um pé no inferno e está entediada em ser uma bartender do piano bar. Também entre o elenco de apoio está Lauren German, que interpreta a Detetive de Policia que se torna, parceira de Lúcifer (Alias ele se apresenta como Lúcifer Morningstar), e Rachel Harris como uma terapeuta chamada Linda, a quem Lúcifer encontra em um caso e depois retorna para ser seu paciente. Imagine o Diabo no divã de uma terapeuta, isso pode ser muito interessante.
Lúcifer é susceptível de estabelecer comparações com Constantine, outra série sobrenatural saída da Vertigo/DC Comics, com um protagonista Britânico de raciocínio rápido, uma mulher mortal que agarra sua atenção, e um anjo cansado tentando modificar o comportamento do diabo. Espero que Lúcifer se saia melhor do que Constantine, que foi descartado pela NBC depois de apenas uma temporada e agora está sendo comprada em torno da esperança de encontrar uma nova casa que o abrigue.
A formula de crime processual tem sido amplamente usado até a morte em séries de TV, e aqui temos mais dele, os desvios dos Comics são susceptíveis de vermos puristas jogando coisas em suas telas com raiva, mas esses são riscos esperados e podem ser contornados. Por isso estou seguro e esperançoso de que Lúcifer pode ser uma agradável surpresa - ou pelo menos, um prazer culpavel
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