É difícil não gostar de Tom Hardy como ator. Seja qual for o desafio cinematográfico que ele assuma, desde blockbusters atipicamente inteligentes como Inception e Batman: Cavaleiros das Trevas, a dramas tensos como Bronson (2008) e Locke (2013), ele sempre dá o seu tudo, cavando sob a pele dos personagens com uma diligência e astúcia que o eleva acima de qualquer outro ator de sua geração. Ao longo do caminho, ele encontrou o sucesso em especial nos tipos fortes, silenciosos, os tipos de homens que mais se assemelham a animais selvagens dos que senhores educados. Os personagens de Tom Hardy são como lobos enjaulados - você pode tentar alcança-los para domestica-los, mas você poder perder a sua mão se o fizer.
Em Child 44, o ator usa de seus truques usuais. Como Leo Domidov, um oficial de segurança dedicado, encarregado de reprimir traidores na União Soviética de Josef Stalin, e Hardy faz outro homem endurecido, um tipo cruel o suficiente para ganhar a vida caçando toda e qualquer pessoa que tente se libertar de sua sociedade totalitária. Felizmente, mesmo debaixo de um (surpreendente e sólido) sotaque russo, ele é fantástico. Há o incrível e inegável talento de Hardy para trazer o mais desagradável dos protagonistas à vida multicamadas. Infelizmente, tanto para ele quanto para nós, seu desempenho é o único redentor de Child 44. Para o choque e consternação desse resenhista, um fã de grande parte do elenco aqui, o filme é um fracasso de outra forma.
Mas o envolvimento de um diretor resistente, Daniel Espinosa do excelente Safe House / Protegendo o Inimigo de 2012 e um elenco estelar, que ostenta também Naomi Rapace e Gary Oldman, deu-me esperança que havia alguma razão para vê-lo. Em vez de divertido, porém, o filme arrasta o público através da lama literal e figurativa, esperando que este aceite o trabalho árduo esgotante que era a vida na União Soviética como a inevitabilidade do thriller que se passa lá.
Na verdade, usar a palavra "filme policial" para descrever Child 44 pode ser um crime punível com uma estadia prolongada no Gulag. Espinosa generosamente ensaia um par de cenas, mas evidentemente ele não confiava no editor para fazer o seu trabalho e apertou tudo em uma narrativa chocantemente folgada em algo remotamente assistível (o produto final é um angustiante 137 minutos). Fora alguns momentos em que o diretor encontra o grau e a sujeira apropriadas para montar uma sequencia de ação intensa, mas ele falha em envolver o público. A quantidade de cenas que leva o púbico ao ponto das lágrimas é imperdoável para esse tipo de filme e, como um todo, Child 44, é tanto um pulso acelerado na fria União Soviética como um café da manhã, almoço e jantar em dieta equilibrada.
Espinosa não deve suportar o peso da culpa de Child 44, no entanto. A bola realmente para com o roteirista Richard Price, cuja a obra está repleta de elementos primeiros-projetos, de erros, enredos, personagens clichês estragados e um ritmo mais lento e mais desmoralizante do que o inverno Soviético. O que é realmente surpreendente é que isso não é o preço de nenhum novato - com A Cor Purpura, Shaft e episódios de The Wire sob o seu cinto, ele provou ser um escritor extremamente sólido. Mas, com Child 44, ele perde completamente o controle de subtramas e enterra o elenco de apoio no que deveria ter sido um dos thrillers mais atmosférico do ano sob um monte de exposições inúteis.
Pode ser difícil descobrir realmente o que está acontecendo, se você estiver em uma sala de cinema (não que este revisor recomende a compra de um bilhete para assistir Child 44 se ele aparecer nas salas brasileiras). Então aqui vai o que você realmente precisa saber. Voltando nos dias da Russia Soviética, o homicídio era um conceito estranho, pelo menos para as autoridades soviéticas. "Não há crime no paraíso" palavras do camarada Stalin repetidas a exaustão até ser considerada uma verdade. Como tal, quando Leo é encarregado de investigar as mortes de meninos encontrados nus e barbaramente mortos ao longo da linha de trem de um vasto território do país, ele está sendo pressionado a consolar (leia silenciar) as famílias e chamar as mortes de acidentes trágicos.
Eventualmente, porém, o partido de Leo se volta contra ele, e ele acaba sendo banido como um possivel traidor para um remanso russo ao lado de sua esposa, Raísa (Noomi Raplace), que não consegue disfarçar o quão é difícil para ela tolerar o marido. Cada vez mais obcecado em perseguir um assassino em série cuja existência é negada veementemente pelo estado. Logo ele convence um General experiente (Gary Oldman) a ajudá-lo na caça ao monstro, mesmo enquanto seus ex-companheiros vem a procura-lo para silencia-lo pelo bem do estado.
Há mais que isso para a história, mas a preço de conchas de história de fundo e histórias B tão ao acaso que mesmo a trama principal acaba confusa. O que aumenta ainda mais a confusão é o fato de alguns atores tentam os acentos russos para diferentes graus de sucesso, enquanto outros, incluindo Gary Oldman, a quem Hardy e a co-estrela Jason Clarke tem ambos citado-o como um dos seus ídolos de atuação, que nem sequer faz um esforço. Como resultado, 44 Child acaba como um daqueles thrillers terríveis onde nenhum ator está na mesma pagina que o outro.
No papel, Child 44 deveria ter sido fantástico. Com seu elenco empilhado e premissa complexa, o potencial para um thriller cativante era notavelmente alta. Mas o filme é, sem duvída, um dos maiores desastres do ano, um assunto tediosos e emaranhado que é quase tão convidativo e agradável como uma sessão de interrogatório comunista. Basta dizer isso. Nyet.
Espinosa não deve suportar o peso da culpa de Child 44, no entanto. A bola realmente para com o roteirista Richard Price, cuja a obra está repleta de elementos primeiros-projetos, de erros, enredos, personagens clichês estragados e um ritmo mais lento e mais desmoralizante do que o inverno Soviético. O que é realmente surpreendente é que isso não é o preço de nenhum novato - com A Cor Purpura, Shaft e episódios de The Wire sob o seu cinto, ele provou ser um escritor extremamente sólido. Mas, com Child 44, ele perde completamente o controle de subtramas e enterra o elenco de apoio no que deveria ter sido um dos thrillers mais atmosférico do ano sob um monte de exposições inúteis.
Pode ser difícil descobrir realmente o que está acontecendo, se você estiver em uma sala de cinema (não que este revisor recomende a compra de um bilhete para assistir Child 44 se ele aparecer nas salas brasileiras). Então aqui vai o que você realmente precisa saber. Voltando nos dias da Russia Soviética, o homicídio era um conceito estranho, pelo menos para as autoridades soviéticas. "Não há crime no paraíso" palavras do camarada Stalin repetidas a exaustão até ser considerada uma verdade. Como tal, quando Leo é encarregado de investigar as mortes de meninos encontrados nus e barbaramente mortos ao longo da linha de trem de um vasto território do país, ele está sendo pressionado a consolar (leia silenciar) as famílias e chamar as mortes de acidentes trágicos.
Eventualmente, porém, o partido de Leo se volta contra ele, e ele acaba sendo banido como um possivel traidor para um remanso russo ao lado de sua esposa, Raísa (Noomi Raplace), que não consegue disfarçar o quão é difícil para ela tolerar o marido. Cada vez mais obcecado em perseguir um assassino em série cuja existência é negada veementemente pelo estado. Logo ele convence um General experiente (Gary Oldman) a ajudá-lo na caça ao monstro, mesmo enquanto seus ex-companheiros vem a procura-lo para silencia-lo pelo bem do estado.
Há mais que isso para a história, mas a preço de conchas de história de fundo e histórias B tão ao acaso que mesmo a trama principal acaba confusa. O que aumenta ainda mais a confusão é o fato de alguns atores tentam os acentos russos para diferentes graus de sucesso, enquanto outros, incluindo Gary Oldman, a quem Hardy e a co-estrela Jason Clarke tem ambos citado-o como um dos seus ídolos de atuação, que nem sequer faz um esforço. Como resultado, 44 Child acaba como um daqueles thrillers terríveis onde nenhum ator está na mesma pagina que o outro.
No papel, Child 44 deveria ter sido fantástico. Com seu elenco empilhado e premissa complexa, o potencial para um thriller cativante era notavelmente alta. Mas o filme é, sem duvída, um dos maiores desastres do ano, um assunto tediosos e emaranhado que é quase tão convidativo e agradável como uma sessão de interrogatório comunista. Basta dizer isso. Nyet.
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