Parallels

Parallels - 2015
Dir: Christopher Leone
Elenco: Mark Hapka, Jessica Rothe, Eric Jungmann

Duas palavras podem definir Parallels: Uma delas é "potencial", a outra é "decepção". Explico.
Parallels conta a história de um prédio que é uma constante multiversal. O prédio existe em nossa realidade e existe em todas as outras realidades paralelas à nossa, servindo de ponte entre elas e alternando entre elas de forma aparentemente aleatória a cada 72 horas. Viajando por meio dele há um grupo de personagens completamente irrelevante formado por um casal de irmãos e um vizinho que é apaixonado pela irmã. O pai dos irmãos deixou para eles uma mensagem dizendo para encontrá-lo no tal edifício em um horário específico. E assim eles fizeram, dando início a sua jornada pelas Terras alternativas. Os cenários são os mais diversos, vão de Terras devastadas a civilizações futuristas onde o perigo está à espreita em cada centímetro.
E isso é fantástico, é delicioso de se imaginar, é tão rico em potencial, tão excitante!
Tão patético de se ver em tela...

Acontece que Parallels não é um filme, apesar de ser vendido como tal. É o piloto de uma série da Netflix que não foi adiante.
Já volto nisso.
A verdade é que PRLLS é bem mediana, mal escrita e dirigida, cheia de personagens mal desenvolvidos e com a profundidade de uma poça d'água. Mas tinha tanto, tanto potencial! É muito fácil ver esses probleminhas sendo resolvidos em temporadas futuras, esses personagens com dramas superficiais ganhando nuances (ou morrendo e dando lugar a personagens que despertem algum interesse) e... E acaba.

Acaba da forma mais broxante, com o plot twist menos interessante. Uma decepção absurda.
Se continuada, PRLLS, poderia ser algo tão divertido de assistir (dadas as devidas proporções) quanto Doctor Who. Acabando como acabou, sem a menor possibilidade de continuar... É simplesmente decepcionante.
Eu indico Parallels como exercício de imaginação. E só.