domingo, maio 17, 2015

Penny Dreadful - Episódio 1- 2ª Temporada




Penny Dreadful arranca a segunda temporada com romance dark, magia e explora um "Fresh Inferno".

Na última temporada, Vanessa Ives (Evan Green) foi abandonada por Deus. Nesta temporada ela parece esta indo mais fundo conduzida pela mão esquerda do pai da escuridão. Ela está sendo perseguida por harpias e bruxas demoníacas, e elas estão sempre a espreita em seus passeios de inverno. Evelyn Poole (Helen McCrory), que esta no jogo sob o pseudônimo de Madame Kali, está afinando o seu hebraico mas não é para estudos bíblicos.  Ela quer colocar a heroína amaldiçoada de Penny Dreadful de joelhos.


Você pode tirar o homem-lobo do seu país de vaqueiros, mas não pode tirar o cowboi para fora do homem-lobo. Ethan (Josh Hartnett) vem em seguida para uma sequencia de briga de bar épica. Uma sequencia absurda de violência, carne rasgada e sangue dos quais muito se vai falar por um longo tempo. Os museus de cera irão exibi-la em toda sua gloria sangrenta em exposições especiais, mas nos chegamos na frente para vê-la. Parece que o nosso Wolfman é um assassino em massa. Mas ele não era apenas alguém em um bar tentando ficar bêbado, ele foi provocado. Na temporada passada Ethan foi cercado por homens que queriam prende-lo e leva-lo de volta para a America, onde por certo ele é muito selvagem até mesmo para o este selvagem.

Hartnett permite que a memória venha a publico através da sua própria descoberta. Ele faz tudo isso com o olhar. Nós vemos o reconhecimento, o arrependimento e a determinação para conseguir sair desse inferno de carne e sangue. A audiência pode quase vê-lo colocando barra de ferro em sua mente, para além dos danos, e para prender o mal dentro de si. Ele não tem sequer palavras na boca para nos fazer ouvir "puta merda" em sua cabeça. Lamentos? Ele tem algum, mas os apagões em sua mente não permitem que ele fale sobre eles. "Há geralmente sangue" é o que ele se permite dizer.

Vanessa está mais de boca fechada mesmo quando ela entoa um idioma esquecido que ela nunca estudou... a senhorita Ives faria um bom gangster. Ela nunca recua quando é interrogada, exceto nas coisas que ela deseja ponderar mais um pouco antes de responder


ATENÇÃO: Spoiler a frente:

O monstro de Frankie vai ficar com ciumes. E o Dr. Frankenstein (Harry Treadaway) protagoniza um brotamento de necrofilia quando só com sua nova criação. Ele deveria sair mais do lugar onde se esconde. A introdução de sua nova criação feminina tinha que ser mais gentil com a participação dele do que com a criatura (Rory Kinnear) que ainda tem que atingir um nível mais alto de companheirismo com seu criador. Não que o doutor seja ele próprio um cara esforçado com isso, ele mantem tantos tons e tinturas que mal tem espaço para um novo colar.

A criatura é o personagem mais bem ajustado na mostra. Um homem despojado de orgulho trabalhando com um coração artístico, ele tem um talento para encontrar emprego renumerado. Na temporada passada ele descobriu o romance e um cheque de pagamento no Grand Guignol, mas a camarilha do monstro era tão ruim quanto as dos órfãos de Londres. Agora ele tropeça em outro clichê de filmes de terror, que nunca vai morrer, o museu de cera. Ele novamente encontra uma alma simpática, a filha cega do dono do museu. Eu desconfio que a criatura vai encontrar o amor entre os pavios de cera e o Dr Frankeinstein vai sugerir uma troca de noivas.

Sembene (Danny Sapani), ou o cara com rosto de Waffle como as outras crianças o chamariam em seus dias de escola, também encontra consolo em seu trabalho, mas eu não o vejo em um romance dentro dele.

Todos os atores em Penny Dreadful são matizados Suas performances são mergulhadas em profundidades escuras e os personagens muitas vezes estão agindo em algo no presente, enquanto seus pensamentos estão em outra coisa. O estilo geral está ainda mais elegante, com a reserva britânica e um lábio superior rígido. Ninguém tem um lábio superior mais rígido do que Sir Malcolm Murray (Timothy dalton) e se algum lábio deve estar tremendo, é o seu. Sua loucura e arrogância trouxeram a ele e sua esposa a síndrome do ninho vazio permanente, e ele está sendo despachado de volta para Londres para poder pensar no que fez. "Não há mais crianças para que você possa salvar ou matar" diz sua esposa descartando o aventureiro para seus monstros.

Os cenários são todos magníficos em Penny Dreadful, mesmo a neve está perfeitamente colocada e ainda se olha realisticamente. Cada pequeno botão e tubo no laboratório do Doutor parece ter algum sentido cientifico por trás dele. A imersão total do corpo faz um sentido cientifico visual, porque a água e um bom condutor, pelo que sei. E o que sei sobre ciência começou com HG Wells.


Penny Dreadful era o quadrinho do seu tempo. Romances góticos impressos em papel barato e vendido por tão pouco quanto permitia a moeda. Penny Dreadful tratava de histórias de horror populares, e os thrillers de baixo orçamento de cinema os sombrearam com um maior respeito. Estas paginas não tão brancas, carnudas e dada a fazer sangue elegante com um sentido de alta literatura  quando, na verdade elas eram apenas histórias de monstros. Francis Ford Coppola fez coisas semelhantes com Drácula, ele elevou a história do gueto do gênero horror para um nível literário mais respeitado.

Londres é tão pitoresca no canal Showtime. Até mesmo os esgotos fétidos por onde passam os monstros tem um brilho particular. O mobiliário quebrado no bar, palco do horror de sangue perpetrado por nosso Wolfman parece antigo, mas é limpo e num nível quase imaculado. O policial vê a madeira onde estão gravados os elementos do crime que persistirá no tempo. O sangue pode ser limpo e as manchas removidas, mas a essência permanecera em cada partícula.

Não há razão para esta temporada não ser tão boa quanto a primeira.

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