Predestination - O Predestinado (2015)

Minha mente-pensamento rebobina-se adequadamente enquanto vejo O Predestinado. 

Isso não é ruim, e vale a pena. Não é apenas uma das já esperadas produções lançadas em janeiro, época de vacas magras no cinema em termos de bons lançamentos, mas porque este é um daqueles filmes que são tão cheios de voltas e voltas de desenvolvimento inesperado que até mesmo a discussão sobre seu enredo oblíquo ameaça entrar em território já saqueado e temido. Então, eu admito, eu sabia praticamente tudo que ia acontecer graças a minha familiaridade com esse tipo de material de origem e ainda assim me encontrei nocauteado com o que vi. Vou tentar manter os detalhes na base do mínimo, mas acredite em min, mesmo que você esteja amplamente a par do que rola, especialmente considerando que o negocio na história é viagem no tempo (com todos os paradoxos que isso implica), você não vai estar nem perto de enxergar o seu aspecto mais comum

Há coisas como agentes temporais, um grupo de pessoas de elite viajando através do tempo, a fim de prevenir crimes antes que eles ocorram, Quando o filme começa, um desses agentes esta tentando desarmar o último explosivo mortal montado por homem-bomba para causar caos e destruição em Nova York. Quando se da o enfrentamento entre o agente e o criminoso, o agente leva a pior queimando-se na operação. Ele acaba conseguindo voltar para a sede dos agentes e depois de uma grande cirurgia plástica e uma longa recuperação sabemos que o agente é vivido Ethan hawke. Ele logo estará de volta a Nova York na esperança de pegar o bomberman outra vez. Encontramos o agente trabalhando com bartender enquanto conversa com um cara de traços marcadamente andrógino que chama a si mesmo de "Mãe Solteira. Ele ganha a vida escrevendo contos falsos de dramas para uma coluna de uma revista chamada "confissão" e durante a conversa ele promete contar ao bartender "a melhor história que você nunca ouviu falar". A saga começa em 1945, quando ela, ainda criança, teria sido deixado nos degraus da escada de um orfanato.

Sim, "ele" é ela como se vê, Ele começou a vida como uma garota chamada Jane. Crescendo no orfanato, Jane (eventualmente interpretada como adulta por Sara Snook) foi implacavelmente desprezada por seus colegas de instituição por ser diferente, mas provou-se ser inteligente como um chicote, surpreendentemente forte e cheia de determinação. Estas qualidades para não mencionar o fato de ter conservado sua virgindade, revela-se de interesse para a SpaceCorp, uma agência do governo dos anos 1960 acusada de recrutar mulheres para no espaço prestar ajuda especial aos astronautas, por assim dizer, em missões de longa duração. Infelizmente, depois de uma briga com uma colega, ela é expulsa da SpaceCorp. Para um dos responsáveis pela agencia, o enigmático Mr. Robertson (Noah taylor), ela continua despertando interesse. Por esta altura, no entanto, Jane encontra um homem misterioso e se apaixona, mas é esmagada quando ele desaparece sem explicações, deixado-a grávida e sozinha. Ao entregar seu filho para adoção, outra descoberta inesperada se fará que mudará sua vida para sempre, entre outras coisas.  Mas eu já informei mais do que deveria ter informado provavelmente, mesmo que não tenha nem mesmo arranhado as coisas verdadeiramente selvagens que tem aqui.

Então, o que eu posso dizer mais? Para começar, há o trabalho impressionante que equipe de direção e escrita, os irmão australianos Peter e Michael Spierig,  fizeram em trazer uma história que seu autor, Robert Heinlein (O Conto All You Zombie de 1959), diz ter escrito em um dia. Cavando para bastante próximo do material original para maior parte da narrativa, segundo os críticos, eles descobriram uma maneira de contar isso de forma simples o suficiente para os espectadores mais atentos seguir, e ainda o complexo o suficiente para inspirá-los a querer voltar a vê-lo novamente (para isso servirá o lançamento em DVD em simultâneo com o cinema). Quanto ao aspecto de viagem no tempo, Predestinado segue a liderança de alguns dos melhores filmes de seu tipo (uma pequena lista para todos os gostos inclui: Um Século em 43 Minutos/Time After Time, De volta Para o futuro, Primer e Looper) abraçando os potenciais paradoxos ao invés de tentar ignorar ou explica-los. Os resultados são totalmente absurdos, é claro, mas de uma forma mais divertida que irritante. (A única vez que a narrativa da passos errados é para o final, principalmente para o material inventado exclusivamente para o filme, e mesmo assim, essas são falhas nascidas de ambição em vez da preguiça). Do ponto de vista estilístico, também impressiona a forma como ele evoca a aparência das várias eras que ele toca em termos de figurino, design de produção e cinematografia através de efeitos especiais luxuosos.

No coração de Predestination, no entanto, estão as duas performances centrais de Ethan Hawke e Sarah Snook que trazem peso emocional genuíno para um enredo que poderia facilmente ter mergulhado em um total absurdo. Hawke, por exemplo, é um ator que nos últimos anos tem mais frequentemente gravitado em direção a material com toques de originalidade, e a essa altura, ter o seu nome em uma marquise de sala de exibição praticamente garante que o filme em questão será pelo menos um pouco interessante. Mesmo que ele esteja mais ou menos interpretando um homem reto, desta vez, se reconhece com uma história pelo menos com conteúdo e da vida real para um personagem que facilmente poderia ser transformado para algo ruim em qualquer mão.

O Velho Nerd.