domingo, fevereiro 15, 2015

Dan Mangan + Blacksmith - Club Meds


2015 já abriu com chave de ouro no que se diz respeito a música. Isso porque no dia 13 de janeiro deste ano foi lançado o primeiro disco do canadense Dan Mangan com sua nova banda, o Blacksmith. E é necessário dizer que o álbum, intitulado Club Meds, é um absurdo minimalista.
Club Meds é mais contido e sombrio que os trabalhos anteriores do cantor, traz a sensação de carregar o peso da experiência. Arranjos mais elaborados, letras menos otimistas e uma sonoridade mais pesada. A voz de Mangan continua magnífica e suas composições ainda são inspiradas e belíssimas. Houve uma grande mudança no tom das músicas com a adição do Blacksmith, mas a qualidade do trabalho do cantor e compositor se manteve a mesma, tecnicamente até chegou a se elevar.
Ao todo são 11 faixas, uma mais bonita que a outra. Porque Mangan é desses artistas que insistem que suas músicas, por mais melancólicas que possam se tornar, sejam bonitas, sejam poéticas, tocantes, que te façam sentir vontade de fechar os olhos e balançar a cabeça devagarinho.
Música intimista e poderosa. Club Meds é um dos discos mais acessíveis do cantor, um dos de audição mais fácil, pode ser ouvido tanto pelo mais aficionado dos fãs ou por alguém que acabou de descobrir sua música.
Um dos maiores méritos de Club Meds, além do de ser um disco bom pra caramba, é o de manter o DNA do cantor, mesmo criando algo novo. Não é uma coisa egocêntrica. Tem a assinatura do Mangan na qualidade geral, mas não é algo como Dan Mangan e banda (mesmo que o nome dele encabece o da banda). É algo novo, diferente de tudo o que já foi feito na carreira do canadense. A sonoridade é mais rica que a de um simples disco indie, mais refinada, cheia de nuances e samples, distorções sutis... É algo que enche os ouvidos e altera o ritmo da vida.
As canções de Club Meds são aquelas que fazem você sentir como se o mundo passasse em câmera lenta e, algumas vezes, acelerasse vertiginosamente.
Todas as faixas são de uma qualidade e excelência tão grandes que é até difícil escalar as melhores, mas há aquelas que te fazem se apaixonar perdidamente pelo álbum. São elas: Offred (que já abre mostrando a que veio), Mouthpiece, A Doll's house/Pavlovia, Forgetery e Club Meds.

Que venha mais de Dan Mangan. Que venha mais de Blacksmith! Que venha mais de Dan Mangan + Blacksmith. O Mundo precisa de mais músicas assim. Mais bandas assim.

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Um comentário:

  1. O cara escreve tão bem que parece eu escrevendo. Só que escreve melhor. :)

    E o disco é foda mesmo.

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