quarta-feira, fevereiro 11, 2015

12 Monkeys (12 Macacos) 2015 - Episódio Piloto



Com um inicio refrescante, discreto, 12 Monkeys oferece performances sólidas em um toque atraente em um conto clássico de viagem no tempo.

Eu pensei sinceramente que o canal Syfy estava desperdiçando tempo em tomar um filme sobre viagem no tempo, já clássico, - 12 Macacos, de Terry Gilliam (1995) - e transforma-lo em uma série de TV, especialmente um filme que tem em sua premissa a teoria que diz que não se pode alterar o futuro.

Cartaz do filme de 1995
Na verdade, pode-se. Na verdade é possível prevenir-se de um futuro que não se deseja que aconteça. Então, como pode uma série de TV evitar esse loop causal sem estragar qualquer recompensa potencial para o publico? Felizmente, o Syfy tem magistralmente concebido uma nova reviravolta no conto original que manhosamente descarta as preocupações obsessivas dos maniacos por viagens no tempo, como eu, e o piloto puxa os telespectadores ao longo de um caminho novo de uma narrativa convincente que promete grande coisas por vir.

Fãs de ficção cientifica costumam reclamar da exposição exagerada que podem estragar pilotos de séries, mas eles também se fixam em em detalhes inexplicáveis ou inconsistentes. Andar em um fio de navalha é uma coisa delicada para escritores, especialmente com as complexidades inerentes a historias de viagem no tempo onde os personagens precisam explicar as regras da série sem ficar atolado nelas.

Ironicamente, o personagem principal de 12 Monkeys, James Cole, interpretado por Bruce Willis no filme de 1995 é reprisado com uma abordagem de nincho por Aaron Stanford. Nesta série ele prova que é do futuro arranhando o vidro de um relógio de propriedade da sua companheira protagonista, a Dra. Cassandra Taillly. Quando o mesmo relógio trazido do futuro magicamente recebe o mesmo arranhão duplicado, não pude deixar de me lembrar de uma técnica semelhante à usada em outro filme de viagem no tempo vivido por Bruce Willys, Loop. Em qualquer caso, essa ocorrência ordenadamente elimina o circuito de causalidades, provando que o futuro pode ser mudado. O problema de comparação com outros filmes/séries de viagem no tempo desaparece, e novas regras são definidas no lugar com quase nenhum dialogo excessivo ou arrogante.

Considerando o fato de que uma série tem muito mais tempo para desenvolver uma investigação do que um filme, esse piloto estabelece as coisas bem rapidamente. A passagem de dois anos, em um piscar de olhos, por exemplo, permite que a Dra Railly recrute um colega do seu pai da NSA para ajudar a investigar a identidade do homem suspeito de ter causado o surto viral que dizimou o futuro de Cole. O elenco de apoio, de fato todos, entregam performances casualmente discretas, mas fundamentalmente forte, dando a série um ritmo sólido que é profundamente envolvente.

A força da série, no entanto, tem de ser na sua utilização de flashbacks, uma técnica frequentemente usada em demasia que pode destruir uma narrativa. As explicações para as origens da tecnologia de viagem no tempo é rápida; o procedimento médico que imuniza cole dos paradoxos temporais (aquele, por exemplo, de encontrar-se consigo mesmo em uma outra linha do tempo), e acelera  o seu processo de cura, tudo isso é deixado de fora e sozinho; e a mensagem de áudio inaudível da Dra. Railly quando ainda era funcionaria de alto escalão  CDC, e de onde ela saiu depois da aparição de cole no passado, tudo planta a semente para o interesse do público em um mistério profundo.

Também manipulados habilmente são os efeitos especiais de viagem no tempo. As luzes piscantes, e o brilho sutil, e câmeras lentas podem ser muito mais eficaz do explosões e luzes chamativas. Eu tenho que saber com que frequencia Cole será capaz de criar paradoxos para paralisar seus inimigos, enquanto sua imunidade lehe permite ter  a clareza do que esta ocorrendo aos seu redor. Bem creio não ser possível voltar a isso muitas vezes.

Acima de tudo, 12 Monkeys é envolvente e tem personagens simpáticos, especialmente aqueles que tem em suas ligações, Cole e a Dra Railly. Amanda Schull faz uma médica descrente que se mantem calma diante da conspiração, e o já mencionado Aaron Stanford faz os telespectadores esquecer tudo sobre Bruce Willis no papel original.

A questão agora é: será que Emily Hampshire como Jennifer Goines, a versão feminina do personagem de Brad Pitt, no filme, irá nos fazer esquecer o desempenho que rendeu um Globo de Ouro a Pitt? Eu certamente tenho mais confiança do que eu teria pensado antes de ver esse piloto promissor. Vou ficar esperando mais desta série nos próximos episódios.

Atenção: Não espere ver séries como essa e outras como a atual Ascencion e a renovada Helix, no canal SyFy que você tem contratado no seu pacote de TV por assinatura. O que eles exibem por aqui é tudo produção B de gosto duvidoso. Até agora só Helix, que eu saiba, a primeira temporada, foi exibida por aqui pela Fox. Mas tem nada nada não, sempre teremos a o trabalho de dedicados internautas em legendar e colocar essa joias a nossa disposição, Viva a internet!


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