Gotham Episódio 5 - Viper

Gotham começa finalmente a encontrar seu ritmo, com um episódio que começa a encontrar equilibro entre seus vários elementos

Antes de entrarmos na nossa revisão do episodio dessa semana de Gotham, eu devo ser claro a uma coisa que está começando a ficar patente: Eu não odeio essa série. Eu gosto muito. Desde o seu inicio eu sabia que ele viria a ser um hibrido, por vezes, potencialmente embaraçoso de quadrinhos com uma serie processual sobre crimes. Tudo que peço é para se fazer um (ou melhor ainda, ambas) dessas coisas de forma eficaz.

Para grande parte de seus últimos quatro episódios, simplesmente não o fez. Apesar de um grande elenco e um designe de produção atraente, era tudo muito desigual. Disto isto, como quem  lê meus (geralmente excitáveis e positivos) comentários podem atestar, eu sei muito bem que uma série leva um pouco de tempo para encontrar seu ritmo e equilíbrio. Ainda há tempo para Gotham. Arrow não levou um premio por isso e Agentes da SHIELD (desisti dela antes da metade), levou quase toda uma temporada para fazê-lo e para corrigir seus erros. Acontece.

Tenho o prazer de informar que Gotham/Viper é um grande passo na direção certa. Enquanto algumas rachaduras ainda estão expostas, se Gotham pode acentuar tudo que fez certo, então eu estou de volta ao meu entusiamo inicial. Estou mesmo disposto a admitir que algumas coisas que ela fez certo esta semana só foram possíveis graças a alguns embaraços dos episódios anteriores.

Antes que eu me empolgue, porem, ainda há os problemas usuais de exposição. A principal linha de Viper, que é a de um cientista descontente distribuindo uma droga que da às pessoas super força ao custo de suas vidas e/ou a sanidade é muito fina. É jogado demasiadamente amplo, e assim, o vilão desta semana ainda não está a altura de Ballooman, ou seja, esquecível. Nos momentos mais fortes do episódio (eu vou chegar a eles logo), encontrei-me completamente absorto, e depois quando voltamos para o negocio da super droga, parecia uma obrigação a ser cumprida, não uma coisa que vala mesmo perseguir.

Mas fez abrir a porta para uma verdadeira história do Jovem Bruce Wayne que pode continuar no resto da temporada. Bem, além da abvia história de Bruce, é claro. Eu não posso enfatizar o suficiente quão agradavelmente surpreendido estive com a bagagem Bruce/Alfred, que chegou em sua maior parte, de forma bem natural. O trabalho de Bruce como detetive neste episódio me caiu como esperto demais e de forma precoce. Mas estou ansioso para voltar logo a sua batalha contra o conselho da Wayne Enterprise. Eu não imagino que ele ganhe essa batalha. Ele foi uma mistura de franqueza solida e seriedade de menino, misturado com os tons certos que todos sabemos, ele terá como adulto.

Mas há que se tomar cuidados. Não exponha tudo isso de uma só vez. Poderia ficar velho muito rápido. Tudo mais, é o jovem Bruce viciado no trabalho, com Alfred soprando sugestões para um passeio lá fora para apreciar o dia bonito.

No geral, a melhor coisa que Gotham tem feito, mesmo em seus episódios mais fracos, tem sido construir a próxima guerra entre Falcone/Maroni/Mooney, com a pesca do pinguim para a sua rede. Sinceramente, esta série poderia abandonar o caso criminal desta semana, parar de tentar dar-nos proto-vilões como o  desta semana, e apenas aprofundar sobre as famílias do crime da cidade, e eu acho que seria servir melhor ao todo. Ela pode ficar um pouco menos colorida, mas é uma possibilidade que vale a pena.

Os dois momentos "up" com Maroni / Cobblepot e depois Maroni / Cobblepot / Gordon parecia certo. Ele não se sentiu forçado. Eu tenho que pergunta por que eles estão incomodado em colocar um saco na cabeça de Gordon se tudo o que iam fazer era levá-lo a um restaurante. Não era como se os capangas de Maroni estivessem levando-o para algum esconderijo secreto.

De qualquer forma, eu estou comprando o relacionamento Maroni / Cobblepot, e com Gordon como uma boa mistura, Gotham conseguiu criar a primeira peça genuína de tensão dramática que vimos durante todo o ano. Olha, todos nós sabemos que Jim Gordon eventualmente vai se tornar Comissário e para que isso aconteça, ele tem que viver tudo isso sem ficar com as mãos muito sujas. Vai ser divertido ver como diabos ele sai dessa. Pinguim e Maroni são os únicos no controle de sua vida agora, por mais sutil que seja. Sabemos que o pinguim tem que viver no além desta mostra, também, então como diabos esses dois, eventualmente, acabarão desembaraçando suas vidas uns do outro?

Quando ao final, eu encontrei este pedaço inteiro com Mooney aliciando uma bela e fatal jovem para tirar Falcone do seu caminho ou pelo menos deixa-lo de quatro pela garota, e nada esta semana realmente consegue afetar o desempenho  sexy de Mooney.

"Viper" ainda não realmente cumpriu a sua história principal, mas eu posso perdoá-lo neste momento. Este episódio atingiu o melhor equilíbrio entre o tom processual, semeando a mitologia de Batman, e na verdade (e esta é de longe a parte mais importante desta fórmula), contar uma história que importa em seus próprios termos. Levou cinco episódios para chegar aqui, mas agora eu realmente dou a mínima para ESTE Jim Gordon, não só porque ele passa a compartilhar um nome com caráter de apoio mais antigo e importantes do Batman. Escrita inteligentemente por Rebecca Perry, a edição fez toda a diferença, junto com a direção desta semana, Tim Hunter reduziu um pouco o tom estilístico. Eu espero que nós tenhamos mais deste par.

CENTRAL GOTHAM

- Outro sinal claro de que coisas, possivelmente partiram na direção certa: Edward "Charada" Nygma não foi completamente irritante esta semana. Ele não fala em enigmas. Inferno, ele nem sequer faz uma pergunta. Isso é progresso. Deixe esse personagem ser apenas um CSI nerd que leva um pouco de muito interesse nos grandes crimes, por agora, em vez de bater-nos na cabeça com seu futuro ternimho verde 

- Viper é, naturalmente, o precursor do Venom, a droga que dá ao Bat-vilão Bane sua força impressionante, e que tem causado a Batman todos os tipos de dores de cabeça (e ressacas) ao longo dos últimos vinte anos ou mais. Aqueles que esperam por uma seta crossover com Mirakuru (Arrow) ficaram certamente decepcionado.