Sabe aquele disco que vem, de mansinho, e chega pra ficar entre os melhores de 2014?
Ele se chama "Everyday Robots", do músico inglês Damon Albarn, vocalista do Blur e idealizador do Gorillaz.
Deixa o som rolar, cumpádi!
Este é, por incrível que pareça, o primeiro trabalho solo do cara. Mas, ei! Que discaço! Há balanço, há tristeza, há aquele british feeling - mas há também uma alegria colorida e leve. Soa como a vida.
O disco é redondo, simples, bonito. A voz de Damon soa ora triste, ora feliz - mas nunca histérica, sempre contida. Como se ele estivesse o tempo todo cantando diante de um espelho, ou ao olhar fotos antigas.
Há muita beleza de coisas pequenas e pequenas coisas no trabalho de Damon. Delicadezas que ele não expunha no Blur, ou no Gorillaz - até por serem muito diferentes. Ele soa como um menino desiludido, que acabou de descobrir como a vida pode ser trágica, mas que resolveu abraçar a esperança em vez do cinismo.
É isso: "Everyday Robots" é um disco sincero. São catorze faixas que mesclam sentimentos cinzentos e coloridos, dias de sol, chuva e neblina, quatro estações bem definidas, perda, amores, paixões, lembranças... arranjos eletrônicos misturados a violões, guitarras e pianos, tudo tão bem costurado que dá vontade de ficar ouvindo e ouvindo e ouvindo sem parar.
A riqueza dos detalhes, as camadas de vozes, a simplicidade... sei que estou me repetindo, mas é um disco sublime, caprichado. Desses que você gostaria de ganhar de presente em vinil ou K7.
Lindo. Porém, um álbum para ser ouvido sozinho.
Não vou nem escolher as melhores faixas.
Só escute e você não se arrependerá.
Abraços e boa noite.



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