terça-feira, setembro 30, 2014

1408

1408 - 2007
Dir: Mikael Håfström
Elenco: John Cusack, Samuel L. Jackson, Mary McCormack.

1408, baseado no conto do escritor Stephen King, conta a história de Mike Enslin (John Cussack, atuando!!!), um escritor que investiga lugares assombrados e publica as experiências em seus livros, normalmente desmitificando esses lugares. Após vários anos investigando farsas e escrevendo livros de sucesso mediano sobre esses casos, Enslin se depara com um caso que não lhe chama atenção, mas se encaixa em seu perfil: o quarto 1408 do Hotel Dolphin, em Nova York. Um quarto supostamente assombrado, onde inúmeras mortes misteriosas ocorreram, desde suicídios bizarros a afogamentos mais bizarros ainda. O interesse de Enslin começa a crescer ao entrar em contato com o hotel e ter todas as suas tentativas de reservar o quarto, não importando a data, negadas.
Enslin vai ao local, e, ao entrar em contato com o gerente, interpretado por Samuel L. Jackson, apenas fica mais decidido a passar uma noite no quarto.

Eis que Enslin consegue o que queria e, para sua surpresa, a assombração 1408 acaba se mostrando bem mais real que o costumeiro...
Na verdade, o quarto é tão maldito e assombrado quanto o alegado pelo gerente, o que acaba jogando o autor em uma sessão de tortura física e psicológica, fazendo-o passar por todo o terror que ele procurou um dia, de uma única vez.
1408 é um terror bacana de se ver, sem grandes pretensões de ser inesquecível, o filme se empenha em entregar uma experiência envolvente e empolgante, fazendo o expectador tentar descobrir qual será o próximo artifício que o quarto para levar Mike Enslin à loucura. E, apesar de não ser algo absolutamente surpreendente, o longa é até bem pouco previsível, entregando situações críveis dentro daquele universo bizarro criado na tela e colocando seu protagonista em apuros cada vez mais angustiantes.
Apesar disso, a maioria dos sustos é quase gratuita, servindo apenas para preencher o filme, que poderia ser bem mais eficiente caso se mantivesse no âmbito do horror psicológico, com um clima de terror bem superficial.

Quem assina a direção é o sueco Mikael Håfström (de O Ritual), que encontra maneiras interessantes de referenciar o estilo do autor da obra. É fácil reconhecer elementos da escrita de King por todo o longa, e isso é muito bacana. Sem falar que é impossível não ligar um ou outro elemento a outra adaptação do autor: O Iluminado.
A atuação de John Cussack é confortável (o autor sem motivação parece ser seu personagem favorito) e convincente, ainda mais levando em consideração que ele não interage com nenhum outro ator durante a maior parte do filme.

Daí em diante, temos algumas revelações interessantes sobre o passado de Enslin, fatos que culminaram naquele momento, naquele quarto, fatores que fizeram com que o autor se visse isolado no mais perigoso e perturbador quarto de hotel da face da Terra.
Os aspectos técnicos são bem acima da média: a fotografia é belíssima, a trilha sonora é interessante, a direção é competente...
Quando vi 1408 em seu ano de estreia, 2007, fiquei meio decepcionado, admito. Mas revendo-o agora, com a expectativa devidamente nivelada, foi diferente. Foi bem melhor.
Meu conselho: veja sem preconceitos e sem grandes expectativas. Vai ser divertido, vai dar uns sustos legais e, no final, você fica com aquela sensação boa de ter visto um bom filme do John Cussack.


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