UM BOMBÁSTICO E COMPLEXO MISTÉRIO SOBRE O CONFLITO ISRAEL-PALESTINA. ISSO VALE A PENA?
Dependendo se você gostar de séries de TV que ressoam os eventos do mundo real ou forneçam uma forma de escapar deles, The Honorable Woaman, ou tem muitos bons ou maus momentos. Os extremamente sombrios oito episódios desta mini-serie estrelada por Maggie Gyllenhaal que nos chega pelo canal Sundance em colaboração com a BBC, é um complexo às vezes dramáticos e opaco, e em outras um misterioso thiller de espionagem. É sobre uma complexidade incrível, uma emoção crua da instabilidade do conflito Israel-Palestina. Não é uma ruptura com a noticia, não tanto quanto uma nota de rodapé imaginativa.
A série conta a história de Nessa Stein (Gyllenhaal), que quando criança, presenciou o assassinato de seu pai, um empresario israelense, cuja a empresa, o Grupo Stein, teve seu nome literalmente inserido nos morteiros, tanques e nos muros fabricados para as forças de defesa de Israel. Como adulta, Nessa dedica sua vida e do Grupo Stein, para uma missão mais liberal. Ao anunciar uma nova iniciativa empresarial, Nessa diz: "Em nossa opinião, uma das maiores ameaças a estabilidade de Israel é a pobreza Palestina. O terror vive na pobreza e ele morre na riqueza. E por isso, decidimos que, em vez de minas, estenderemos milhões de quilômetros de cabos de comunicação para telefonia e internet nos territórios palestinos" A despeito desse anuncio, e no mesmo dia dele, o principal executivo da empresa palestina contratada para fazer o serviço, é encontrado morto pendurado na sacada do quarto do seu hotel. Ele teria sido vitima de um suicídio de olhar muito desconfiado.
A morte deste homem é alvo de uma conspiração emocionalmente carregada e complexa, tão vasta que, em última análise tem relação com a possibilidade da criação de um estado palestino. Mas entes de se expandir para fora de uma grande trama como palco, a série se concentra em um crime aparentemente sem conexão, mas que é mais urgente e pessoal para os Steins: o sequestro de um menino. Kasim o filho do irmão de Nessa. Nesse contexto temos ainda Atika (Lubna Azabal), a governanta da família, uma misteriosa palestina com uma relação muito próxima de Nessa e da família. O assassinato e o sequestro chamam a atenção do MI6, o serviço secreto britânico, para os Steins, especificamente, do agente Hugh Hayden-Hoyle (Stephe Rea). Hayden é o tipico agente da extinta guerra fria, que parece ter saído direto do livro O Espião que Veio do Frio, de John Le Carré que fala em gracejos obscuros e que usa a sua inteligência mais que sua arma. Ele está preocupado com a segurança do seu emprego. Protegido por seu chefe e aliado (Janet McTeer) e ameaçado por um carreirista desonesto intimo dos americanos (Eve Best).
The Honorable Woman é, em muitos aspectos e na maioria deles, cerebral. Uma peça extremamente impressionante de trabalho. Qualquer série que leve em seu interior, como trama principal, o conflito Israel-Palestina e não vagar imediatamente em um pântano terá realizado algo difícil e digno de ser assistido. Ela leva seu assunto tão absolutamente a serio como deveria em sua complexidade de motivações de ambos os lados, profundidade das queixas e aspecto históricos que a impossibilidade de honrá-lo significa muito pouco. Como qualquer trabalho que aborde um assunto tão polêmico, pode haver pessoas que achem que ele vilipendie tanto palestinos como israelenses, mas é, especialmente para uma exibição na TV dos Estados Unidos, imparcial, e ligeiramente orientado em direção a experiencia palestina.
Nessa, com grande sacrifício pessoal e com a dedicação febril de alguém que se sente imensamente culpada pelos pecados do pai, quer ajudar os palestinos. Mas mesmo ela tem segredos. Sei irmão Ephra (Andrew Buchan) e o tio Shlomo (Igar Naor) muito mais sionistas, são mais comprometidos com a causa israelense. Não há duvidas que ambos serão obstáculos para os objetivos de Nessa, ainda que seu irmão seja um tipo apagado que parece viver a sombra da irmã, mas justo desses é que sempre podemos esperar pelo pior. O resto dos israelenses na série, e no que toca o seu comportamento, são em grande parte. e de um certo ponto de vista, marginais, figuras-sombras cruéis e moralmente inúteis. Pra compensar, parece que os palestinos se saem ainda pior, constituindo-se os grandes vilões da série. Mas a narrativa não complica com noções de heróis e vilões. Não ignora as atrocidade históricas de ambos os lados e nem ridiculariza as queixas ou as injustiças sistemáticas com uma pá de cal.
Até o final da série, veremos duas mulheres presas a dois estereótipos: Atika, a misteriosa e etnicamente calma e nobre, e Nessa a mulher que se parece uma liderança emergente de uma causa. A primeira vem com todos os sonhos da segunda para ser a salvadora da região. Gyllenhaal, com seus enormes e límpidos olhos, tem a parte mais dinâmica, fazendo uma mulher com um rosto publico encantador e um debilitante trauma interno que aparece como aço, através de sua fragilidade. Mas Atika, lenta e seguramente, torna-se em primeiro lugar, mais do que misteriosa, e depois completamente humana.
A série pode ser uma leitura extremamente difícil e desgastante, e eu não me refiro a isso apenas por ser um tema complicado de se tratar. The Honorable Woman é de um gênero e tem um enredo muito mais propulsor de aplausos e assobios do que The Leftovers e seus arrebatados da HBO, mas como ela, está série esta explorando uma nova fronteira da TV com um viés mais depressivo e um corpo cheio de experiências desanimadoras.
Nessa, com grande sacrifício pessoal e com a dedicação febril de alguém que se sente imensamente culpada pelos pecados do pai, quer ajudar os palestinos. Mas mesmo ela tem segredos. Sei irmão Ephra (Andrew Buchan) e o tio Shlomo (Igar Naor) muito mais sionistas, são mais comprometidos com a causa israelense. Não há duvidas que ambos serão obstáculos para os objetivos de Nessa, ainda que seu irmão seja um tipo apagado que parece viver a sombra da irmã, mas justo desses é que sempre podemos esperar pelo pior. O resto dos israelenses na série, e no que toca o seu comportamento, são em grande parte. e de um certo ponto de vista, marginais, figuras-sombras cruéis e moralmente inúteis. Pra compensar, parece que os palestinos se saem ainda pior, constituindo-se os grandes vilões da série. Mas a narrativa não complica com noções de heróis e vilões. Não ignora as atrocidade históricas de ambos os lados e nem ridiculariza as queixas ou as injustiças sistemáticas com uma pá de cal.
Até o final da série, veremos duas mulheres presas a dois estereótipos: Atika, a misteriosa e etnicamente calma e nobre, e Nessa a mulher que se parece uma liderança emergente de uma causa. A primeira vem com todos os sonhos da segunda para ser a salvadora da região. Gyllenhaal, com seus enormes e límpidos olhos, tem a parte mais dinâmica, fazendo uma mulher com um rosto publico encantador e um debilitante trauma interno que aparece como aço, através de sua fragilidade. Mas Atika, lenta e seguramente, torna-se em primeiro lugar, mais do que misteriosa, e depois completamente humana.
A série pode ser uma leitura extremamente difícil e desgastante, e eu não me refiro a isso apenas por ser um tema complicado de se tratar. The Honorable Woman é de um gênero e tem um enredo muito mais propulsor de aplausos e assobios do que The Leftovers e seus arrebatados da HBO, mas como ela, está série esta explorando uma nova fronteira da TV com um viés mais depressivo e um corpo cheio de experiências desanimadoras.
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