A VEZ DOS KILT'S E DA ALTAS TERRAS DA ESCÓCIA NA TV.
Com uma reputação de exibir muito sexo e nudez gratuita em suas produções, a STARZ é o último lugar em que você esperaria encontrar uma história de amor maduro. Mas somo agradavelmente surpreendidos com OUTLANDER, um romance adulto que se sente adulto, mas que também é sexy, inteligente e agitado. O drama adaptado da série de livros da escritora DIANA GABALDON (conhecidos no Brasil como Outlander - A Viajante do Tempo) por Ronald D. Moore, que comandou a reinicialização do Syfy, Battlestar Galactica.
A Starz tornou-se o destino de boas séries dramáticas e fantasias como Black Sails, Demons Da Vinci, Camelot e o espetáculo soft-core Spartacus e agora Outlander permite que a Starz faça o que ela faz de melhor. Logo nesse piloto a maior certeza disso veio quando a heroína da série e seu marido fazem uma pausa durante a exploração das ruínas de um castelo escocês para se envolver em uma ato sexual que não era necessariamente o que você esperaria em algo que vem depois das sangrentas cenas da Segunda Guerra Mundial.
Não há garantias de audiência na TV, talvez por isso as redes e estúdios procuram fazer barulho em uma paisagem cada vez mais lotada de adaptações literárias com uma base de fãs já construída, essa é atualmente a aposta mais segura da cidade. (mesmo que algumas vezes isso resulte em algo como a terrível e exagerada Under The Dome da CBS). Felizmente Outlander está longe de ser terrível - é numa medida perfeita, surpreendentemente fiel na recriação do Best Seller de 1991 segundo muitos críticos. Game of Throne da HBO pode ter (re) iniciado a tendência de adaptações cultuadas entre os fãs à partir de 2011, mas a série de livros de Gabaldon antecede a publicação de Crônicas do Gelo e do Fogo, de George RR Martin em cinco anos, e para além do escopo ambicioso e configurações históricas, as duas mostram que tem um pouco mais em comum além da presença de Tobias Menzie em ambas.
Há um senso meticuloso de cuidado que permeia a série, onde vemos Claire Randal (Catriona Balfe), uma enfermeira do exercito britânico no final da Segunda Guerra onde a história fica por muito pouco tempo em 1945. Logo no fim da guerra, a agora ex-enfermeira de cabeça dura, toca em um monumento fálico druida na hora errada e é lançada de volta (ou será seria para frente? ela não sabe!), ao século 18 no meio da rebelião Jacobina. Uma forasteira, porque ela é inglesa, que fica presa com os escoceses. Ela prova seu vigor e valentia para os rebeldes antes mesmo de cair em sentimentos por Jamie (Sam Heughan), o mais limpo e gentil entre os homens que compõe o grupo.
Em comparação com o que a Starz já trouxe a audiência, Outland é o mais leve de todos e parece ser também o menos substancial. Seus produtores movem a série rapidamente para as belas paisagens dos Highlanders Escocês não nos deixando passar muito tempo na realidade psicológica do seculo 20 com o espirito independente de Claire indo em pedaços desconcertados para 200 anos passado. Balfe, Heughan e Tobias Menzie como o marido moderno (que também aparece como antepassado inconveniente, em 1743) absolve-se bem, compartilhando a tela com o cenário e figurinos e todos os elementos conceituais de fantasia.
Tem um claro sentido de identidade e uma vontade de empurrar os limites de uma forma que é certo para deixar uma marca. Se o show vai ter sucesso ou falhar é impossível prever, mas Outlander já se separou com uma história tão única e confiante quanto a mulher que está em seu centro.
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