Uma fábula brutal de piratas, bastante divertida, com um grande elenco e algumas cenografias agradáveis - sem CG Barata
A história dessa série nos leva a Ilha de New Providence, nas Bahamas. Este lugar único de pirataria, roubo e bandidagem abriga o reino do capitão pirata Edward Teach, conhecido como Barba-Negra. Um reinado que foi concebido para jogar Barba-Negra no seu trono por ele mesmo. Um assassino, Tom Lowe, é enviado pela coroa britânica com a tarefa de executar o líder pirata. No entanto, Lowe, ao se aproximar de Barba-Negra, começa a admirar suas ideias de liberdade e acaba por se envolver na sociedade de desonestos. E claro, Lowe será o único inimigo de Barba-Negra.
As aventuras de piratas sempre foram uma parcela importante no mundo do entretenimento desde que Robert Louis Steveson escreveu a sua história de aventuras infanto juvenil, A Ilha do Tesouro de 1883. Em nosso dias o livros se tornou um clássico da literatura do gênero, igualando ate certo ponto, Steveson a Julio Verne e a outros autores de obras com profunda influência em outras escritas. Do famigerado Capitão Gancho da Terra do Nunca de Peter Pan ao hilário Jack Sparrow de Piratas do Caribe, o cinema sempre teve seus piratas, maus ou bons, atrapalhados ou engraçados, mas sempre com o compromisso de nos divertir. O mundo das séries de TV, ávida de novas aventuras que acertem no gosto da audiência, também tem seus contos de piratas. Este ano duas estreias aconteceram, Black Sails, da Starz, que narra as aventuras do Capitão Flint, o mesmo anti-herói da historia de Steveson, com um viés mais adulto e Crossbones da NBC, com o pirata EDward Teach, o lendário Capitão Barba-Negra.
Barba-Negra, ou Blackbeard é, de longe o maior mito existente sobre piratas, mas ao contrario do que muitos pensam, ele foi real e sua fama, mesmo na época, era de dar inveja. O capitão Edward era implacável, mas não malvado. Muito se fala que ele ganhava as lutas com sua fama e também com a aparência terrível que fez dele uma lenda assombrosa e quase sobrenatural. Conta-se que amarrava pavios em sua longa e espessa barba e os acendia durante as batalhas, o que lhe conferia a aparência de um demônio vindo diretamente do inferno. Isso fazia a maioria dos seus inimigos desistirem de lutar por puro medo de enfrentá-lo.
A série Crossbones alimenta esta lenda de terrível e possui os elementos de sempre de uma narrativa sobre piratas. Era de se esperar portanto muitos combates em alto mar como ponto alto da série, mas Crossbones se pretende mais inteligente do que aventureira, talvez pela excelente presença de John Malcovich com diálogos muito bem escrito para seu personagem - sim, ele é o nosso Baraba-Negra. Malcovich, sempre com sua indefectível entonação de falas faz seus momentos na telinha, um caso à parte de se apreciar. A composição de Barba-Negra para está série é tudo que não esperamos do estereotipo do pirata, nem mesmo a tradicional perna-de-pau e o olho de vidro. Ao invés disso, o que temos é um Edward Tech com ares e postura orientalista, reforçado pelo designe e decoração do ambiente que ele habita. Um Barba Negra inteligente, consciente que construiu sua lenda assombrosa e com um discurso libertário que seduz até mesmo Tom Lowe (Richard Cohle), o espião assassino enviado para eliminá-lo.
Edward Tech chama a si mesmo de Comodoro, lidera a ilha com seu próprio código moral e pretende transformar o covil de bandidagem em um território livre, e inevitavelmente fazendo de si seu próprio soberano.
No mais, o de sempre; romance, intriga e terror - basicamente tudo no seu lugar e alguma coisa para critica, em especial alguma imprecisão história, mais nada que a desvalorize para baixo. Existem escolhas morais, questões políticas e semi-históricas, um pouco de filosofia, por isso oferece algumas coisas pra se pensar e outras coisas apenas para se desfrutar assistindo. Em suma, entretenimento, no verdadeiro sentido da palavra
Edward Tech chama a si mesmo de Comodoro, lidera a ilha com seu próprio código moral e pretende transformar o covil de bandidagem em um território livre, e inevitavelmente fazendo de si seu próprio soberano.
No mais, o de sempre; romance, intriga e terror - basicamente tudo no seu lugar e alguma coisa para critica, em especial alguma imprecisão história, mais nada que a desvalorize para baixo. Existem escolhas morais, questões políticas e semi-históricas, um pouco de filosofia, por isso oferece algumas coisas pra se pensar e outras coisas apenas para se desfrutar assistindo. Em suma, entretenimento, no verdadeiro sentido da palavra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!