Não sou de chorar com facilidade. Na maioria das vezes, a emoção mais comum em mim é a raiva, que mantenho em constante tensão e pronta para ser usada - como o Hulk nos Vingadores de Joss Whedon, diria você. Ou não.
Mas eu tenho pontos fracos: sou extremamente vulnerável a tudo aquilo que traz em si Beleza e Verdade. O sorriso dos meus filhos, o abraço de minha esposa, boa música, bons filmes, uma bela paisagem... tudo isso é capaz de afastar as Sombras de mim.
Hoje assisti um filme que teve um efeito similar em mim: "Lembranças de Um Verão", de Scott Hicks, baseado na Obra "Corações na Atlântida", do Mestre Stephen King.
O que dizer de um filme que mescla de maneira perfeita música, história e fotografia? Como você se sentiria se alguém estivesse adentrando sua mente e repassando suas memórias? Um homem adulto volta a sua cidade natal para o funeral de um amigo, morto na guerra, e suas memórias começam a voltar. As lembranças do último verão de sua infância.
Senti-me exposto, fragilizado, extremamente despedaçado pela história de amizade entre o menino Bobby Garfield (Anton Yelchin, ainda menino) e Ted Brautigan - aqui, encarnado por Sir Anthony Hopkins de maneira brilhante e plena.
Vale ressaltar que Ted Brautigan está presente na série da Torre Negra, no hábito - fantástico - que King tem de entrelaçar suas histórias com a busca de Roland pela Torre - apesar de as referências feitas à Opera Maxima do Mestre só estarem visíveis para os que a conhecem.
É um filme emocionante em muitos níveis, e sem ser sentimentalista. Belo, simples, bem conduzido... Definitivamente, uma das melhores adaptações de uma obra de Stephen King já realizadas.
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| Carol Gerber - a menina d'O Beijo |
Como eu disse, não sou de chorar com facilidade.
Espero que tenham um bom filme.
P.S.: Ganhei o livro do meu pai semana passada. :)
P.S. 2: O título em pt-br ficou muito bem encaixado neste filme.
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