A culpa das estrelas e um novo olhar sobre a vida

         

        Alguns dos que acompanham o 01 por dia devem lembrar da resenha que fiz elogiando o livro A culpa é das estrelas; do autor John Green, e de como o livro traz um olhar diferente da protagonista, do que usualmente vemos em livros e filmes em que a personagem principal sabe que não vai ter uma vida longa.

          Hazel não passa pela vida tentando encontrar um sentido ou viver algo que a faça pensar que todo seu sofrimento valeu a pena. Ela não está buscando nada e acho que por isso mesmo que  acaba encontrando todas essas coisas, que a maioria das pessoas que passa a vida buscando não consegue, quando ela conhece o Augustus.

          E eu posso dizer que saí tocada do cinema, mais do que só emocionada, por ver a essência dos dois personagens tão bem retratada ali nas telas, pela Shailene Woodley e Ansel Egort. Eles conseguiram me fazer sentir tudo que senti enquanto lia ao livro, não uma sensação de tristeza pelo pouco tempo que eles tinham, mas a noção que não importa como sua vida esteja terrível e fadada ao fim, mesmo assim coisas incríveis ainda podem acontecer.

         Essa é a grande beleza do livro que conseguiu se materializar diante dos meus olhos no filme, não um amor perfeitinho, ou um garoto perfeitinho como vi gente dizendo em outras resenhas, mas a certeza que por pior que esteja sua vida, ninguém está destinado a infelicidade.

         A personagem Hazel diz que seria eternamente grata pelo infinito que ele proporcionou a ela, e acho que a maioria, pelo menos tenho a esperança que a maioria tenha conseguido perceber essa centelha no filme, e então também ficarão gratos por terem tido a oportunidade de ver que o amor pode sim tornar melhor todas as coisas.

         Foi um dos filmes mais lindos e, apesar de alguns cortes, uma das melhores adaptações de livro mais bem feita que já assisti em toda a minha vida e que eu recomendo a todos sem nenhuma restrição. Vocês vão rir, alguns quem sabe chorar, mas com certeza todos vão se emocionar ao saírem do cinema.