segunda-feira, julho 14, 2014

Extant - Piloto - Série - Primeiras impressões

ALMA: EFEITO ACUMULATIVO DE NOSSAS VIVÊNCIAS?


A série Dramática scifi EXTANT teve sua estreia no último dia 09 na CBS americana e traz Halle Barry como a astronauta Molly Woods, e seu retorno para casa depois de uma missão solo de 13 meses no espaço. Uma criação de Mark Fisher e produção de Steve Spielberg. Aqui vai nossas primeiras impressões sobre a produção.
Molly é uma mulher em sua missão, ou melhor, ela estava em uma missão solo. Agora ela está de volta do espaço e gravida com o que parece ser um bebê alien. A julgar pelo que vimos até agora é o que parece, uma gravidez alienígena. Ela está confusa. Ela tem razões para estar. Além da improbabilidade da origem de sua gravidez, a configuração do seu organismo no momento, não permite que ela engravide.

A confusão também é nossa, mas isso é o deleite de Extant, um pouco de estranheza  e camadas de coisas que vão se acrescentando já na estreia para produzir densidade.

Um piloto lindo com cenas vivas e nítidas do espaço que poderia facilmente ter sido retiradas de um filme de grande orçamento. Eu lembrei de Gravity na hora.


Foi por meio de flashbacks de nossa astronauta que tivemos uma melhor noção do que está cozinhando dentro da senhora Molly. Ficamos sabendo que antes do casamento atual ela foi casada com um cara chamado Marcus, depois que este morreu, e estando casada novamente, ela ainda o matem vivo em sua memória. Enquanto ela estava em orbita, descobrimos que ela teve algo parecido com uma alucinação onde ela encontra Marcus. Tudo fica apenas sugerido que aconteceu um beijo e talvez o momento que lhe fez gravida. Nada está absolutamente claro. A coisa toda é apenas sugerida, mas de uma maneira inequívoca. Vem o momento que ela volta para casa e é informada que está gravida.

O problema é que ela vai ter um tempo muito difícil para explicar logicamente seu encontro para seus chefes, especialmente para explicar a razão de ela ter apagado as gravações de bordo que registraram suas interações com este visitante num lugar improvável onde apenas ela deveria estar (por que ela faz isso?). De passagem, nem ela mesmo explica isso a si mesmo. Quando a vemos assistindo a gravações pela primeira vez, não adianta muita coisa, Marcus não aparece, é como se tudo tivesse acontecido apenas em sua mente.

Isso seria problema suficiente e teria bastante estranheza para abastecer toda uma temporada da serie, mas Molly tem problemas na terra também com sua família. Um desses problemas é chamado Ethan (Pierce Gagnon). Ethan é uma criança robô. Bem, tecnicamente, ele é algo chamado por seu criador de Humanichs. Ele foi projetado pelo agora, seu marido. No inicio, e de uma forma proposital, Ethan é uma criança comum e até vemos em alguns momentos em que seu pai/criador se esforça para educa-lo como se faz com um filho. Ele é um protótipo projetado para responder as emoções e mimetizar a experiência humana. Ele deseja reforças as conexões destes com os humanos de uma maneira que nunca foi pensada.

Contando com a discrição da médica do programa sobre sua gravidez, ela tem uma entrevista com o diretor da agência espacial sobre seu relatório da missão, e seu problema por hora são as gravações deletadas. O que fica logo claro é que a agência espacial, que tem muito de similar com a nossa conhecida NASA, é agora de domínio privado e muitas coisas mudaram desde que ela esteve fora. Seu relatório não é convincente e fica claro depois, que ela sabe ainda menos da missão.


Jonh seu marido está às voltas com a apresentação de sua criação para uma corporação. Ele busca financiamento para tocar seu projeto de criação dos Humanichs. Seu projeto levanta várias controvérsias de ordem moral, já que seus robôs são projetados para responder as interações humanas de uma maneira muito mais humana. Ele deseja conectar maquina e homem de uma maneira que nunca foi pensada. Em um ponto: ele deseja humanizar a maquina.. Para reforçar esse laços ele apresenta Ethan como seu filho. Jonh acredita que se queremos maquinas mais humanas temos que dar a elas a experiencia humana como suporte. Ela precisam aprender como as crianças, ainda que no final, e como nós humanos elas escolham seus próprios caminhos.

Ambas as tramas convergem para um mesmo ponto, a pessoa de Hideki Yasumoto (Hiroyouki Sanada). Sanada consegue conferir a este personagem a mesma atitude sombria e temerosa com que ele fez o Dr Hiroshi Atake de Helix, outra série de scifi finalizada recentemente. Yasumoto controla tanto a agencia espacial como a companhia que Jonh procura para obter o financiamento para seu projeto dos Humanichs e não consegue devido as desconfianças de seus acionistas. Yasumoto desperta de um sono misterioso no mesmo momento que Molly retorna para casa, o que nos faz pensar que uma coisa está ligada a outra. Yasumoto é informado sobre o retorno de Molly e sobre o desaparecimento das gravações, com isso ele resolve financiar o projeto de Jonh do próprio bolso, apenas para se aproximar da família.

O episódio piloto bateu a nota certa de fornecer informações sem cair na armadilha de sobrecarregar a audiência. Ainda temos muito a aprender sobre Molly e sua família e o que exatamente aconteceu no espaço nos próximos episódios. As questões remanescentes poderia ser a queda da série embora eles terão que evitar pregar os espectadores junto e ter o cuidado em equilibrar o mistério com a evolução do caráter dos personagens. Extant é um começo forte. A história nos faz sentir num território muito familiar para torna-lo uma estreia de destaque, mas não é a promessa de uma nova exploração desse material, e é apoiado por personagens interessantes




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