segunda-feira, fevereiro 03, 2014

O Preço do Amanhã (In time) 2011 – Recarregue seu Tempo Antes que Seja Tarde!

Dia. 34 - Ano II

Reflexivo, questionador e no mínimo pertubador, são baseadas nestas três características que resumo o filme acima. O Preço do Amanhã (In Time) é um filme americano de 2011 do gênero ficção científica, com roteiro e direção de Andrew Niccol e é estrelado por Justin Timberlake e Amanda Seyfried. É um movie que pode ser considerado básico do básico, aquele filme que você assiste com toda família, passa em uma aula a seus alunos. Apesar da simplicidade da produção o longa a meu ver é bastante interessante por narrar uma história de uma sociedade distópica (distopia = é uma sociedade marcada pelo totalitarismo, autoritarismo, os piores tipos de governo pensados, ou seja, marcada pela opressão de seus líderes, é o contrário da utopia = lugar ou sociedade perfeitos).
Bem, esclarecido tal dúvida, lhes apresento a sinopse do filme em questão, você já ouviu aquela expressão popular: tempo é dinheiro? Creio que todos já ouvimos falar, e até já empregamos ela diversas vezes num dia de nossas valiosas vidas. Em O Preço do Amanhã essa expressão ganha sentido literal, aqui nesta sociedade a riqueza é o tempo, tempo é a moeda de troca e intercâmbio entre a riqueza, pobreza e até mesmo entre viver para sempre ou morrer tentando. A sociedade futurística de In Time é uma teia emaranhada e muito bem feita para massacrar os menos favorecidos-ditos pobres e miseráveis. Para que exista ricos é preciso que os pobres ganhem seu salário-tempo e gastem ele com as coisas mais básicas e triviais, assim existe lucro e imortalidade. Imortalidade? Sim! A tão sonhada mimesis humana, aqui existe!


Aqui os humanos param de envelhecer aos 25 anos, e a partir daí o relógio é iniciado, você só tem mais 1 ano de vida – tipo um bônus de tempo para conseguir arranjar um emprego e se manter; os que são ricos nem precisam se preocupar com isso, vivem para sempre, a riqueza aqui é na forma de acúmulos de tempo, ou seja, ERAS. Surge então Will Salas (Justin Timberlake), um morador da periferia que ajuda um imortal a fugir dos ladrões do tempo, como recompensa ele ganha um tempo incalculável e perigoso. Após ganhar tal presente inesperado, Will é acusado de roubo e assassinato, ao fugir inicia uma exploração pelo mundo dos ricos onde conhece Sylvia (Amanda Seyfried), juntos eles vão constituir um meio bastante eficaz e poderoso para tentar mudar ou eliminar esse sistema econômico.
O Preço do Amanhã é um filme que você assiste e fica pensando sobre ele depois, não tem efeitos especiais, arrisco a afirmar que a direção de Andrew Niccol é simples, mas com um roteiro que mostra muito bem o porquê de seu sucesso de bilheterias. Will e Sylvia protagonizam e flertam com outro casal fictício Bonne e Clyde, talvez esse seja uma das presunções divertidas de Niccol, fazer referências a clássicos modernos tipo O Senhor das Armas (de sua direção). No elenco há atores super conhecidos e outros nem tanto, Justin Timberlake mas uma vez se aventura no mundo do cinema, está razoavelmente bem em sua atuação, nõa é o máximo de excelência mas faz sua parte. Amanda Seyfried e seus olhos significativos protagoniza bem, apesar de ser uma de suas atuações mais chifrinhas. Mas o destaque fica por conta de Cillian Murphy, um vilão – guardião do tempo, como na maioria de seus trabalhos expõe a injustiça de não ter sido reconhecido como devia na academia cinematográfica. E não podemos esquecer da pequena participação de Olivia Wilde, que protagoniza a cena mais bonita de todo o filme, isso logo no início. 


Admito que desdenhei e relutei em assistir In Time, talvez pela falta de fé nas atuações de Timberlake, ou pela falta do meu bom senso – creio que todo cinéfilo desdenha de certas produções. Mas aqui está o ponto da questão, jamais devemos fechar a janela de nossas mentes para filmes basics, ou mesmo triviais, deixar de lado aquele seu diretor favorito -  a la Scorsese, e explorar novas direções. Aprenderemos a discernir nossas críticas e formular outras bem melhores, sem preconceitos. O Preço do Amanhã é um destes filmes, não é uma obra-prima e nem um blockbuster, mas contém uma ótima reflexão poética. Recomendo, vale também pela diversão!


Bjos! Até logo!


2 comentários:

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