quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Breaking Bad (2008-2013) - A Série que Desafia a Moral! Deixa um Legado e uma Legião de Fãs!

Dia 37 – Ano II

Acho que estava devendo uma postagem de uma das séries mais comentadas dos últimos anos, é meus caros, Breaking Bad é uma série de cunho ímpar, inovou de diversas maneiras, principalmente pelo enredo que a norteia.
Breaking Bad terminou um dia desses, e só comecei a assistir há exatamente dois meses e simplesmente virei uma fã incondicional (quem dera ter assistido antes), então por este motivo, não dá para falar de episódio piloto e uma determinada temporada. Afinal a mesma já acabou mas deixou como o lead informa uma legião de fãs inconformados com seu término e um legado histórico na TV; não só na televisão americana, mas em diversos países o seriado foi e ainda é campeão de audiência e saudoso de críticas positivas. Claro que tirando a tradução pífia de uma emissora conhecida (Braking Bad – A Química do Mal), ainda me pergunto porque fizeram tal sacrilégio, vai ver é um enunciado universal! Aff!
Séries sobre drogas, tráficos e a máfia já existem nas grades da televisão há anos, que o diga Família Soprano, um dos seriados de maior sucesso da última década. A violência gratuita dos Sopranos fazia mais sucesso que os problemas amorosos de Sex and the City – nada contra please! Mas Breaking Bad foi além, foi maquiavelicamente irônica e imoral – não a imoralidade da nudez, mas sim porque desafiou a moral da sociedade a expor a fragilidade de um ser humano e a corrupção deste apenas por precisão. Mas antes que exponha os motivos para você assistir, amar e defender a série com unhas e dentes, vamos a história de criação e a sinopse geral da mesma e um super resumo por temporada, o mais enxuto possível, mas não posso evitar spoillers.
Breakin Bad foi uma série americana do gênero dramática, foi criada e produzida por Vince Gilligan, exibida primeiramente pelos states em canal de assinatura, posteriormente com o sucesso se expandiu para outros. É estrelado por Brian Cranston, Aaron Paul, Anna Gun e etc. Aqui no Brasil ela é transmitida pela TV Record e sua tradução, digamos criativa! O primeiro episódio – pilot foi exibido em 20 de janeiro de 2008, e o último em 29 de setembro de 2013. Sim, meus caros, faz pouco meses que a série terminou após cinco temporadas bem sucedidas. A história que norteia todo o seriado se passa na cidade americana de Albuquerque no estado do Novo México (é aquele estado americano que foi do México, mas aí eles guerrearam com os EUA – como sempre – com a vitória do Tio Sam, eles anexaram o estado ao país). O personagem principal e o condutor de toda o drama é o professor de química do ensino médio Walter White (Brian Cranston), que sabe muito e não é valorizado onde ensina, muita inteligência jogada fora. Fuck you, fuck youuuu!
Walter ou Mr.White tem um filho com paralisia cerebral e Skyler (Anna Gunn) sua esposa, está esperando seu segundo filho de uma gravidez não planejada. Agora, junte toda esta situação com a pior notícia que você pode receber só para completar sua desgraça: Walter descobre que está com um câncer maligno, quase terminal, ao saber disto, ele tem um colapso, e toda estabilidade mental desaba, inconformado com o pouco que ganha e ao pensar que em caso de sua morte sua família pode viver miseravelmente, Mr. White decide torna-se um criminoso. Juntamente com seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul) e seu magnífico conhecimento de química ele começa a produzir metanfetaminas (droga super estimulante, atua no sistema nervoso central) para guardar dinheiro para sua família. Com o conhecimento de química que possui, ele produz drogas de alta potência e puramente cristalinas, o que faz com que lucre, roube, se torne caçado por outros traficantes e logo vir a ser o rei das drogas!

A metamorfose de Mr. White, de professor de química recatado à careca a la skinhead!
Agora vamos a um resumo de cada uma das cinco temporadas!
1° Temporada - a primeira temporada teve sete episódios, durou de 20 de janeiro de 2008 a 9 de março de 2008. O enredo principal aqui gira em torno da descoberta de Walter do câncer e seu colapso e choque de realidade. Expõe a descoberta de infringir as leis e propor negócios perigosos a Jesse; e seu relacionamento conturbado com sua família e amigos, e os novas diretrizes em sua vida, onde Walter mata pela primeira vez!

2° Temporada - estreou com bastante audiência, simplesmente porque o desfecho da primeira foi o ponto chave para manter a linha de segredo para a sequência da série. Foi uma temporada com 13 episódios, número que viria a ser fixo nas outras temps. Walter agora consciente de estar realmente doente se entrega ao tratamento do câncer depois de muita insistência de sua esposa.
3° Temporada - Walter e Jesse agora são uma dupla implacável diante da produção de metanfetaminas e são os principais distribuidores das drogas. Apesar das inúmeras complicações que encontram no caminho, envolvendo autoridades públicas como policiais, Walter pensa apenas em vender e guardar grana para a família. 
4° Temporada - 14 de junho de 2010 estreou a quarta temporada, aqui encontramos um Mr. White agressivo e decidido a assassinar quem ultrapassar sua zona de conforto e comando. Jesse, ex-aluno e parceiro de crime já se acostumou com a maneira de proceder do professor e consegue lidar com situações mais extremas. Valendo ressaltar que Jesse era tipo o drogadinho covarde que todos podiam passar a perna.

5° Temporada- a última temporada da série veio cheia de revelações dentro de 16 episódios. Creio que daqui não posso passar o enredo. Deixo para vocês a grande surpresa de assistir o fim de uma série magnífica. É um final genial!


Breaking Bad é a meu ver um futuro clássico televisivo – terá direitos a box de DVD de edição de colecionador e tudo mais. O brilho da série se dá a seu todo, o conjunto comum. Mas toda a genialidade de criação e direção de Gilligan é simplesmente brilhante e não consigo pensar em outra palavra para descrever a ideia deste cara; também pudera o cara trabalhou na produção de outra série de megassucesso, Arquivo X. Cada episódio de B.B dura em média 47 minutos, mas você fica tão grudado na história que passa rápido, a de se tocar também nos assuntos cenário e fotografia, as cores sóbrias, acres e cremes tomam conta da tela, expõe toda a atmosfera desértica da cidade real de Albuquerque – quase não há cenários. Mas o que fica maneiríssimo são as cenas de ação ou de morte, o tom vermelho acentua ainda mais o drama so bad!
O elenco é um brilho galanteador, Anna Gun está simplesmente perfeita no papel de esposa e mãe preocupada com o marido doente que esconde sua segunda vida e do filho deficiente. Aaron Paul pode não ter ganhado o globo de ouro, achei uma injustiça, mas faço questão de elogiá-lo bastante, o cara passa toda a angústia de um garoto criado em boa família e deixou-se levar apenas pelas drogas e por uma vida repleta de perigos. Paul ganhou diversos prêmios, sendo o principal deles o Emmy Award, o oscar da tv! Contudo se Breaking Bad tem um diamante poderoso, este se chama Brian Cranston (ganhador de diversos prêmios por sua grande atuação), se você alcançou aquele seriado de comédia Malcolm com certeza se lembrará deste ator.
E olhe que aqui ele não usou nem 10% de seu potencial de atuação que foi capaz de utilizar em Breaking. Cranston é um raro ator, daqueles que não buscam o glamour do red carpet ou fama barata de tabloides, é aquele que se entrega totalmente a seu personagem e ele faz isso ao encarnar literalmente Mr. White. As expressões faciais, gestos e o modo como absorve o roteiro é simplesmente memorável, Anthonny Hopkins ficou tão impressionado com sua atuação que mandou uma carta a Brian Cranston elogiando sua atuação - Parabéns e o meu mais profundo respeito. Você é realmente um grande, grande ator. Hopkins também confessou ser viciado na série. Não é para meros mortais levar um baita elogio de um mega ator como Hopkins! Vejam a carta na íntegra na net! 
Concluo esta enorme resenha, afirmando mais uma vez que Breaking Bad foi uma série inovadora em todos os sentidos. Mas sua inovação principalmente se deve ao fato de não ter medo de mostrar o que a sociedade mais teme e esconde, que é seu submundo, do que ele é feito. Não teve medo de mostrar as amoralidades de um mundo cada vez mais drogado e dopado de sua realidade; ao retratar a vida de um simples professor de química que vê seu mundo quebrar através de uma notícia devastadora, mostra o quão frágil é o ser humano. Sem hipocrisia nenhuma, relata de forma verídica e chocante aos olhos dos puritanos, as duas faces de uma mesma pessoa. Hipocrisia everywhere! Breaking Bad é para se assistir, refletir e se deparar com o colapso total que podemos ter; é se deleitar diante das ironias tão ácidas de um Walter desgastado por uma sociedade burra e sem escrúpulos. Afinal qual é o verdadeiro crime: vender drogas para ajudar a família ou apenas o que o difere dos demais? Já vivemos tão dopados – que o diga as propagandas happy da coca-cola!


“Desde quando começou como uma comédia de humor negro, descendo em um labirinto infernal de sangue e destruição. Foi como uma ótima peça jacobiana, shakespereana ou uma tragédia grega.” (Anthony Hopkins)

Bjooos!

2 comentários:

  1. Parabéns Jânie! É mais completa resenha de Breaking Dead que eu já vi. Eu não sou fã da série como sou de inúmeras outras que você já deve ter percebido, mas reconheço que ela tem qualidades excepcionais e principalmente, um excelente protagonista. Espero ver você comentando mais sobre as séries, isso eleva a qualidade do nosso amado blog. Parabéns de novo!

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  2. Muito obrigada Assis! Fiz uma resenha de Breaking porquê realmente admiro a série... assisto muito seriado, vou tentar resenhar mais sobre eles! Valeu! :)

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