quarta-feira, janeiro 29, 2014

O Artista e a Modelo (2012)


Dia 29 Ano II
O Artista e a Modelo (2012) - IMDb 6,5
Diretor: Fernando Trueba
Roteiro: Jean-Claude Carrière, Fernando Trueba
Atores: Jean Rochefort, Aida Folch, Claudia Cardinale 

Marc Cros, um escultor idosos, vive com sua esposa Lea no sul da França, a salvo da guerra que se trava a distância. Ele parece estar chegando ao fim de sua vida e da sua arte. Um dia sua esposa dá abrigo a uma bela jovem espanhola fugida guerra de seus país chamada Mercé. Marc logo entende que a garota que concorda em posar para ele, inspira-o e ele não tem escolha a não ser embarcar nesta última artística (e sensual) aventura...

Um esplendido filme do diretor vencedor do Oscar de Belle Epoque e da animação Chico e Rita. O Artista e a Modelo é a histórias de um escultor semi-aposentado Marc Cros (Jean Rochefort). O artista, sua esposa Lea (a ex bombshell italiana Claudia Cardinale, no alto dos seus 70 anos) e uma espirituosa governanta de óculos denso, vivem no sul rural da frança, no meio, mas seguro, da segunda guerra mundial que se enfurece ao longe. Mar percebe que está chegando ao fim de sua vida e de sua arte, mas quando Lea abriga uma maravilhosa garota espanhola fugindo da guerra, ele vê o desejo de retomar sua arte ressurgir. A garota é Merce (Aida Folch), dona de uma beleza simples e selvagem, mas repleta de sensualidade.

O filme é lindo, com uma filmografia em preto e branco que facilita e valoriza a exposição da sensualidade de Merce. Uma Câmera que se expressa a todo momento enquadrando o olhar do artista em direção ao que o cerca. Não há quase som, e o silêncio pontua todo o filme, exceto pelos diálogos que ainda assim são econômicos. Nem mesmo os momentos de contemplação do artista em que ele olha a natureza ouvimos som. E ele caminha pela floresta dirigindo seu olhar para as formas, ele para no café de sua pequena cidade e observa o vai e vem das pessoas, em especial as silhuetas feminina, quando o faz seus olhar se dirigi as pernas e termina nos tornozelos. O seu olhar é sempre artístico e parece buscar um conceito especial.


Merce passa a maior pare do tempo nua e sua beleza é peculiar, clássica, digna de um Cezzane ou um Matisse. Com formas cheias e curvas que ficam deslumbrante em preto e branco. Além de inspirar o artista a beleza e nudez de Merce o seduz de um modo que ele não pode corresponder e ele se desespera em busca de um momento em que consiga captar sua essência, sera seu último esforço, ele tem uma urgência. Para ele cada minuto conta como se tivesse consciência do seu fim. As vezes seu desespero nos contagia e de fato a beleza de Merce como enquadrada pela câmera de Trueba também nos martiriza.


Um drama muito agradável, cheio de sensibilidade, emoção, cenas artísticas e nudismo abundante sem se mostrar abusivo e fora de contexto em algum momento. Um roteiro inteligente e envolvente que usa situações divertidas para nos dar um bom filme em um sentido elevado de sensibilidade, que nos mantem entretido até o final. Ele é bem definido e tão maravilhosamente filmado quanto bem  escrito e ágil. Esta é uma daquelas joias raras que não se desviam de seu propósito, uma celebração do amor, da natureza e do romance. Ele é um conto sensível de um homem velho para buscar e encontrar a beleza.

De alguma maneira este filme me tocou muito






Um comentário:

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