-15/-16, não sei, mas tá acabando!
Insidious: Part 2
Dir: James Wan
Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne, Barbara Hershey, Ty Simpkins
Ontem falei rapidamente sobre o filme Sobrenatural, um texto bem pilantra, bem superficial mesmo. O objetivo não era me aprofundar, mas dar uma preparada de terreno para falar de Sobrenatural: Capítulo 2, lançado esse ano. O filme começa de onde o anterior parou, na verdade alguns meses depois, levando-se em consideração que o casal do anterior retorna com seus dois filhos e um power up: uma bebê recém nascida. Porque não basta passar por um perrengue desgraçado com dois filhos pequenos, vamos comemorar a desgraça fazendo um bebê novo!
Sem dar muitos spoilers do anterior (porque acredito que
vale a pena ver), digamos que S² continua do ponto em que deixamos a família
Lambert inicialmente: aconteceu uma merda gigantesca, aparentemente essa merda
foi resolvida, mas algo deu muito errado e as consequências desse algo estão se
manifestando por aqui. Há uma investigação em curso por conta dos eventos
anteriores, os Lambert tiveram de sair de casa e ir passar uma temporada na
casa da mãe do protagonista, Josh Lambert (Patrick Wilson). Lá, como nada se resolveu
pra valer na casa anterior, coisas estranhas continuam acontecendo. Com o
diferencial de que elas não começam devagar e vão crescendo gradativamente:
elas já começam agressivas! Violentas pra caramba.
Ao mesmo tempo em que se desenvolvem os eventos atuais,
temos a oportunidade de dar uma olhada no passado de Josh, em sua infância,
quando as coisas começaram a acontecer, o que nos dá não só mais um quebra
cabeças bem bolado, como também uma motivação e uma série de explicações muito
bem vindas que justificam a existência dessa continuação e fazem o expectador
ficar vidrado no desenrolar da trama.
A beleza de Insidious: Part 2 está no fato de que a
continuação se justifica, não se esforça para repetir os acertos do anterior e NÃO
COMETE (apesar de que o Rotten Eggs ter dito isso) os mesmos erros do
antecessor: ele comete novos erros, alguns até piores, mas os acertos também
são grandiosos. O filme se preocupa em aprofundar e amarrar várias das pontas
soltas que o antecessor deixa, responde um monte de perguntas (o que nos leva a
quase metade do filme só amarrando e tapando buracos) levantadas e, quando tudo
está devidamente explicado, podemos finalmente partir para a ação.
E é nesse ponto que, lá pra bem depois da metade,
Insidious² atinge o ápice da tensão e entrega os melhores de seus sustos.
Há dois tipos de filmes de horror: aqueles que não
mostram nada, apenas sugerem (os bons filmes do Shyamallan se encaixam nessa
categoria); e aqueles que mostram tudo, como o novo Evil Dead, de forma
explícita e extremamente visual. Insidious encontra um meio termo excelente:
ele mostra, deixa o expectador ver, mas sem partir pra escatologia, e dá o
susto com um elemento de cena totalmente secundário. O filme chega a ser
previsível e clichê, só pra fazer uma reviravolta e dar um susto com algo
inesperado.
Insidious² traz novos cenários, novas personagens, esclarece
questões e, de quebra, ainda aprofunda uma mitologia para essa que está se
tornando uma das séries de horror mais bacanas do cinema do gênero: um horror
econômico, sem escatologia e extremamente assistível e fluído. Tem seus erros, mas para o gênero é uma obra prima. O que não é lá muito difícil.
Levando-se em consideração o nicho no qual Insidious se encaixa (e relevando uma ou outra bizarrice), avaliando-o não como filme, mas como exercício de terror (o que não o diminui em nada), posso dar para o longa, sem grande peso na consciência, a singela nota de:
PS: gancho pra continuação filho da puta!
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