Dia 338.
Ainda na vibe de ontem, a segunda parte da trilogia M. M. C.Segue:
1. Prelúdio, Op. 28, No. 4 em E menor - Frederic Chopin.
Também chamado de "Sufocação", é curto, belo e desesperador. Profundo em sua crueza, vai muito direto ao ponto de ruptura do ouvinte, deixando um vazio intenso após acabar. A música "Insensatez", do maestro Tom Jobim, é baseada neste Prelúdio.
2. Bachiana brasileira n° 5 para soprano e oito violoncelos (1938-1945) - Heitor Villa-Lobos.
É de uma beleza sincera, escura e feminina. Caminhar por uma floresta ao anoitecer, pisando em folhas úmidas, sentindo o cheiro de terra molhada e a vontade de voltar para casa empatada com a vontade de se perder... Villa-Lobos colocou muito do sentimento de brasilidade em sua música, e eu acredito que nesta Bachiana é revelado um lado nosso que raramente é visto.
Escute. Viaje. Sinta.
3. Suíte nº 3 em Si menor, BWV 814 - Johann Sebastian Bach
A paz que emana da música de Bach deve ser derivada de alguma conexão com a divindade, o paraíso ou coisa parecida. Serena, esta suíte nos envolve com o sentimento luminoso de que vai ficar tudo bem ao amanhecer.
4. Oblivion - Astor Piazzolla
Um tango? Sim. Mas com o sentimento tão profundo, carnal e verdadeiro que conduz o ouvinte, inevitavelmente, ao esquecimento. Uma bela peça, encantadora e triste, sombria e bela.
5. Rhapsody on a Theme of Paganini - Variation 18: Andante cantabile (D flat major) - Sergei Vassilievich Rachmaninoff
De beleza suave e elevada, esta variação de Rachmaninoff remete o ouvinte à infância, sua doçura e inocência. Sugiro ouvi-la com seus filhos. Belíssima como uma manhã de domingo.
Apaixonante, não?
* * *
Em breve a terceira e última parte do especial M. M. C.
Longos dias e belas noites.
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