quarta-feira, dezembro 18, 2013

Doze vieses cognitivos que nos impedem de ser racionais por mais tempo - Parte 2

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É do conhecimento de todos nós que cérebro humano é capaz de executar 10.000.000.000.000.000.000, cerca de 10 quatrilhões de processos por segundo. Algo que o torna mais poderosos que qualquer computado hoje existente. Mas também não significa que nosso cérebros não tenha limitações mesmo com tão grande poder de processamento. Uma calculadora humilde do tipo vendida em qualquer banquinha de camelô é capaz de fazer cálculos milhares de vezes melhor do que nós. E nossas memorias são muitas vezes inútil e cheia de falhas. Como se isso não bastasse ainda estamos sujeitos aos chamados vieses cognitivos aquelas falhas irritantes em nosso pensamento que nos levam a tomar decisões questionáveis e chegar conclusões errôneas. Aqui estão uma duzia desses vieses cognitivo mais comuns e perniciosos que você precisa saber.


7 - Viés do Status-Quo. Nós seres humanos tendemos a ficar apreensivo com as mudanças, o que muitas vezes nos leva a fazer escolhas que garantam que as coisas permaneçam as mesmas, ou alterar o mínimo possível. Isso tem ramificações em tudo, desde a politica à economia. Nós gostamos de ficar com nossas rotinas, os partidos políticos e as nossas refeições favoritas em restaurantes. Parte da perniciosidade desses viés é a suposição injustificada que outra escolha será inferior ou irá piorar as coisas. O viés do status-quo pode ser ressumido com o seguinte ditado: "Se não esta quebrado, não conserte", um ditado que os combustíveis de nossas tendências conservadoras.

8 - Viés da negatividade. Tendemos a prestar mais atenção a má noticia - e não é porque somos mórbidos. Os cientistas sociais acreditam que é por causa da nossa atenção seletiva e que, dada a escolha, passamos a perceber as noticias negativas como sendo mais importante e profunda. Também tendemos a isso devido a nossa facilidade de se entendiar com a "normalidade", com o corriqueiro. Alguns cientistas sociais afirmam que evolutivamente, tendermos a má noticia pode ser mais adaptável do que ignorar uma boa noticia. Hoje, corremos o risco nos deter sobre a negatividade à custa das boas noticias. O psicologo Steven Pinker argumenta que o crime a violência, guerra e outras injustiças estão em declínio, no entanto, a maioria das pessoas diria que as coisas estão piorando - o que é um exemplo perfeito do viés da negatividade aplicado a realidade.

9 - Viés do efeito manada. Embora estejamos muitas vezes inconsciente dele, nós gostamos de ir com o fluxo da multidão. Quando as massas começam a escolher um vencedor ou um favorito, é quando nossos cérebros individuais começam a fechar e entrar em uma espécie de "pensamento de grupo" ou mentalidade colmeia. Mas isso não tem que ser uma grande multidão ou os caprichos de uma nação inteira, pode incluir pequenos grupos, com a família ou até mesmo o pequeno grupo de colegas do trabalho. O efeito desse movimento é o que muitas vezes provoca comportamentos, normas sociais e memes que se propagam entre grupos de indivíduos - independentemente de provas ou motivos em apoio a eles. É por isso que as pesquisas de opinião pública são muitas vezes criticadas. Se apoiando nisso como elas podem ser orientadoras de perspectivas mais universais e abrangentes? Esse viés tem a ver com o nosso desejo embutido para adaptar-se e conforma-se com determinada realidade.

10 - Viés de projeção. Como indivíduos presos dentro de nossas próprias mentes 24 horas, muitas vezes é difícil para nós nos projetarmos para fora dos limites de nossa própria consciência e preferências. tendemos a assumir que a maioria das pessoas pensam como nós, embora não exista nada que corrobore isso. Essa deficiência cognitiva, muitas vezes leva a um efeito relacionado conhecido como viés do falso consenso em que tendemos a acreditar que os outros não só pensam como nós, mas que também concordam conosco. É um preconceito que nós superestimamos como tipico e normal e assumimos que existe um consenso sobre questões, quando pode não haver nenhum. Além disso, ele também pode criar o efeito, onde os membros de um grupo radical, por exemplo, assumam que mais pessoas do lado de fora estão de acordo com eles, ou uma confiança exagerada numa previsão de vitória de um time numa partida ou um politico em eleições.

11 - O viés do momento atual. Tende a ser difícil imaginar a nós mesmos no futuro e alterar nosso comportamento em conformidade com uma expectativa desse mesmo futuro. A maioria de nós prefere desfrutar do prazer atual, deixando a dor e o desagradável para mais tarde. Essa é uma tendência de particular interesse para os economistas (ou seja, a nossa falta de vontade para não gastar mais e poupar dinheiro) e profissionais de saúde. De fato, um estudo médico de 1988 - (Prevendo a Fome: Os Efeitos do Apetite e o Atraso nas Escolhas), mostrou que, ao fazer escolhas alimentares para a próxima semana, 74% dos participantes escolheram frutas. Mas quando as escolhas foram para o mesmo dia, 70% escolheram alimento menos saudáveis.

12 - Efeito ancoragem. Também conhecido como armadilha da relatividade, esta é a tendência que temos de comparar e contrastar apenas um conjunto limitado de itens. É chamado de efeito ancoragem, por que tendemos a se fixar em um valor ou um numero, que por sua vez é relativizados entre todo o resto. O exemplo clássico é um item a venda em uma loja, tendemos a ver (e valorizar) a diferença de preços, mas não o preço global em si. É por isso que alguns cardápios de restaurante apresentam pratos muito caros, ao mesmo tempo que com alguns com preços mais razoáveis para se beneficiar deste efeito. É também por isso que quando nos é dada uma escolha tendemos a preferir a do meio. - não muito caro, e não muito barato.

Fonte: Revista Superinteressante, Wikipédia, Io9, Semiótica Aplicada-Lucia santaella e Publicidade é isso ai!

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