terça-feira, dezembro 17, 2013

A Profecia

The Omen - 1976
Dir: Richard Donner
Elenco: Gregory Peck, Lee Remick, Harvey Stephens

Filmes de terror que envolvem o Diabo abarrotam as salas de cinema desde que se descobriu que o tinhoso é uma valiosa fonte de bilheteria. Depois do sucesso comercial de O Exorcista, todos os anos vemos algumas dezenas de filmes que prometem ser tão grandiosos quanto o clássico do diretor William Friedkin. A profecia não vai muito longe disso: o longa foi concebido no hype da obra de Friedkin, quando todo mundo estava achando que o capeta era um bom negócio. E, assim como o longa citado anteriormente, a produção de A Profecia foi permeada por acontecimentozinhos escabrosos!
Antes de tudo vamos à sinopse!
No longa acompanhamos Robert Thorn (Gregory Peck), um influente político cuja esposa está prestes a conceber seu primeiro filho. Tudo parece estar no rumo correto na vida dos Thorn: o primeiro filho que chega, o patriarca conquista mais e mais território no mundo caótico da política, a vida dos Thorn só melhora. Até o baque. No dia do nascimento da criança, um padre residente do hospital onde o pequeno Thorn está para nascer vem até Robert e lhe entrega a terrível notícia: seu filho nasceu morto. Robert fica arrasado, após várias tentativas infrutíferas de gerar um herdeiro, a primeira que parecia finalmente levar a algum lugar se esvai assim... E pior: segundo o padre sua mulher nunca mais será capaz de dar à luz a outra criança.
Mas nem tudo está perdido: o padre faz ao político uma proposta aparentemente inofensiva e benévola: adotar uma criança que nasceu no mesmo dia e cuja mãe morreu como se fosse seu filho, sem que sua mulher tenha conhecimento. Assim ele estaria salvando sua família e dando uma a um garoto que viria ao mundo sem ninguém: “não dê amor aos mortos”, diz o padre, “dê amor aos vivos!”
E assim Robert o faz! Assim nasce Damien Thorn.
Porém, no entanto, todavia, o que Robert não sabia é que, pulando direto para o que interessa, o bebê que o padre o induziu a tomar como seu no hospital era, na verdade, o filho da besta! O Anti Cristo. Irado, né?
Mas o cara só vai sacar isso após uma série de eventos bizarros e a visita de um jornalista que encontrou evidências de que Thorn seria, sem saber, parte de uma trama macabra para entregar a Terra nas mãos do demônio.
Então, ao lado do jornalista, Jennings, Robert se incumbe da missão mais difícil e cruel de sua vida: pôr um fim à vida de seu próprio filho.
E então se inicia uma verdadeira batalha contra as forças do mal, cujos servos estão espalhados para o mundo, para decidir o destino da humanidade em um embate que se torna grandioso pelo que está em jogo.
O filme toma caminhos corajosos, levanta questões interessantíssimas e termina de uma forma que não poderia ser melhor (ou diferente). Tem um roteiro assustador, tece teorias sinistras e dá início a um evento estarrecedor: o fim do mundo como o conhecemos. Após o que acontece aqui, o mundo como o conhecemos jamais será o mesmo novamente.
A Profecia é espetacular, um dos melhores filmes do diretor Richard Donner (de Superman – O Filme), assusta por tornar um mito bíblico em algo palpável e possível. Mas assusta mais ainda são todos os acontecimentos bizarros que rodearam a produção: mortes (reais) assustadoras acidentes inexplicáveis, gente maluca profetizando maluquices! Nos extras do DVD tem um míni documentário que fala exatamente sobre isso. Algo que só torna o longa ainda mais interessante.
O filme ganhou um remake em 2006... Se bem que “ganhar” nesse caso não é uma palavra muito bem utilizada. Acho que “sofreu” um remake soa mais justo. O filme sofreu um remake em 2006, uma tentativa canalha de fazer grana, recriando fielmente e sem nenhuma criatividade cena a cena do clássico de Richard Donner. É bem passável.
Além disso houveram algumas continuações bem safadas que não valem muito a pena.
Ao contrário do que se pensa, A Profecia não foi baseado em um livro do mesmo nome, mas o contrário: o livro foi baseado no roteiro do longa, adicionando passagens que foram cortadas deste e se aprofundando mais e mais na jornada de Robert Thorn.

Este é mais um caso crônico de falta de clímax! Eu sinto que poderia falar mais, mas não tenho ideia de como continuar! A Janiê falou sobre o remake por aqui, por que vocês não dão uma lida no texto dela? :D

Pensando bem, esse filme tem muita coisa a ser comentada, antes do fim do ano eu volto aqui e falo um pouco mais dele, que tal? Considerem isto como uma Parte 1! Logo, não darei luas ainda ;)



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