Dia 305.
"Then Play On" (1969) é o terceiro disco do Mac, e o último com Peter Green. The Peter Green, The Green God.
A guitarra de Green soa clássica desde a primeira faixa. O Mac transpira - respira - expira - inspira blues, cantando promessas e lamentos que depois se tornariam mensagens sagradas para os seguidores e fãs desta banda que foi e é uma das maiores de todas.
O grupo se coloca de maneira simples e sem enrolação para sua audição de "Then Play On". As músicas são tocadas/cantadas com muita verdade e sem a necessidade de arrogância: canta-se o que se sente, toca-se o que se vive. Cada faixa pulsa viva com a honestidade musical do Mac - que mesmo mudando sua linha de atuação algum tempo depois, manteria ainda esta mesma verdade.
O disco soa ora calmo, ora raivoso, ora agressivo - mas nunca dissimulado. Aparece para nós como a trilha sonora perfeita para uma noite de sonhos loucos e lúcidos, daqueles em que hora se voa, hora se corre sobre quatro patas numa velocidade alucinante, e de repente se está caindo em direção a um chão que se torna colchão, escuridão e susto ao despertar.
Algumas das músicas deste disco foram gravadas por Led Zeppelin, Santana, Eric Clapton e Gary Moore, entre outros que idolatram o trabalho desta banda lendária. "Then Play On" é a prova de como se deve fazer Rock/Blues: com paixão, com fogo, com fúria.
Destaque para: "Showbizz Blues"; "Oh, Well" (clássico imortal!); "Although The Sun Is Shining" (mais uma para minha coletânea póstuma); "Rattlesnake Shake" (putz! que música!); e "Before The Beggining".
Conhece não?
Escuta aqui com a gente.
Boa noite.
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