sábado, novembro 02, 2013

The East /O Sistema 2013

Dia 306


Filme: The East / O Sistema (1993) - IMDb 6,9
Diretor: Z
Roteiro: Zal Batmanglij (roteiro), Brit Marling (roteiro)
Atores: Brit Marling , Alexander Skarsgard , Ellen Page 

Uma agente de elite de uma empresa de inteligência privada vê suas prioridades mudadas drasticamente, durante o trabalho de campo de infiltração em um grupo ativista/anarquista conhecido por executar ataques secretos contra grandes corporações.
"Minta pra nós... Nós mentiremos pra você,Espie-nos... Nós espionaremos você.Envenene nossas terra... E nós envenenaremos as suas.Nós somos "The East" e esse é apenas o começo..."

O que temos aqui é um filme que é quase impossível de não se envolver com ele. Ele tem uma trama que facilmente faz você querer se juntar a luta, levantar a sua voz e ser ouvido, desde os seus primeiros minutos. Um começo chocante com animais marinhos agonizando em meio a um criminoso derramamento de óleo é a porta de entrada que lhe provoca indignação e revolta e lhe incita a buscar na sua alma a emoção certa para lida com o que virá.
Não é novidade para nós o fato de que existe no mundo corporativo, uma postura quase predominante de ignorar de maneira criminosa, o resto da necessidade humanas e da natureza em nome da ambição, e o desejo de fazer dinheiro a qualquer custo. É disso que esse filme trata.

Uma ex-agente do FBI Sarah (Brit Marling), trabalha agora para uma importante empresa de inteligencia que cuida da segurança de algumas das mais importantes corporações do mundo, bem como de seus altos executivos. Um grupo de ativistas, executor de ações poucos ortodoxas e extremista, tão extremistas que já são chamados de ecoterroristas pelas autoridades e são conhecidos como The East. Sarah é escalada para rastrear e se infiltrar no grupo afim de se antecipar as suas ações. Esse será o seu mais importante trabalho desde que está na agencia e sua chefe, a impiedosa Sharon (Patricia Clarckson) aposta na sua competência para realizá-lo. Não será um trabalho fácil como ela logo percebera, entrar no grupo foi um caminho tortuoso e cheio de perigosos espinhos, manter-se nele pelo tempo necessário e ao mesmo temponão sucumbir ao modo como o pequeno grupo vê o mundo será seu teste máximo.


Um filme com pouca ação, bem menos do que se espera da trama, mas com uma certa sofisticação meio estilosa e diálogos muito atuais. Um tema delicado com um risco de ser tendencioso, mas que mesmo assim reforça uma percepção real que temos do mundo corporativo. A ideia será experimentar os mesmos dilemas éticos e morais por que passa a protagonista Sarah, que de uma estranha forma não possui o perfil de superespiã que estamos acostumado a ver retratada nas telas. Sua aparente fragilidade pode ser perfeita para pertencer ao grupo, até porque os membros do grupo também são mais do que aparentam, são pessoas que possuem os quesitos e um passado que o fariam circular livremente no mundo que eles escolheram como seu inimigo. O risco de ser tendencioso está no fato do grupo anarquista e sua causa serem apresentado como justo porque ele se representa como a maioria de nós que clama por um mundo mais justo. Temos uma narrativa que funciona porque se apresenta muito perto de nós com uma "corporotocracia" que parece ter tomado o volante do mundo. Quando capitalismo desregulado prevalece, a linha de fundo supera a vida humana e o senso comum e esses titãs da industria arrastam tudo como uma doença.

Um final um pouco apressado, como se tivesse muito pouco para termina-lo, más era imperativo sua finalização naquele ponto, entretanto, para min funcionou dada a delicadeza do assunto retratado. Histórias como essa, bem contadas, são partes de um retrato de como se dá o progresso.



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