sexta-feira, novembro 01, 2013

Assalto à 13ª Delegacia

Dia 305
Assault on Precinct 13 - 2005
Dir: Jean-François Richet
Elenco: Ethan Hawke, Laurence Fishburne, Gabriel Byrne


De tempos em tempos gosto de revisitar obras aleatórias para pôr em teste sua qualidade. Filmes que, em minha cabeça, são muito bons. Checar se são realmente tão bons assim ou se minha memória me trai.
Assalto à 13ª Delegacia (que, em minha memória, até o título era diferente) é bastante ímpar. Quando comecei a revê-lo, pensei que era o filme mais furado do mundo, um dos roteiros mais mal escritos que já havia visto, pensei em parar e preservar minha memória afetiva... Nem é um filme tão antigo assim, mas quando o vi era muito novo, gostava de qualquer coisa.
Na história acompanhamos o Sargento Jake Roenick (Ethan Hawke) que perdeu dois parceiros em uma operação policial desastrosa contra um chefão do tráfico. Oito meses depois, Jake ainda sofre pela perda e, por conta de um ferimento na operação, para de agir em campo, passa a lidar com burocracia. É véspera de ano novo e quase todos os policiais da delegacia estão de folga, exceto por Jake e o veterano Jasper (Brian Dennehy) que está às vésperas da aposentadoria, quando os dois e uma pequena patota que se amontoou no local recebem a notícia de que, por conta de uma nevasca, um grupo de presidiários recém apreendidos precisará passar a noite no decrépito distrito policial que está prestes a ser demolido. Normal, se entre eles não houvesse o bandido mais badass motherfucker de Detroit, Marion Bishop (Lawrence Fishburne), um assassino a sangue frio acusado de dezenas de crimes que estava na mira da polícia por matar vários policiais de forma cruel e sanguinária.
O problema é que, além de não ter estrutura para manter toda essa gente encarcerada, um grupo de criminosos encapuzados invade o lugar e toca o terror entre presos e policiais. Inicialmente acredita-se que sejam comparsas de Bishop tentando resgatá-lo, mas pouco depois uma verdade muito mais suja vem à tona. Então policiais e criminosos, e principalmente Roenick e Bishop, precisam unir forças para sobreviver a um inimigo tão inesperado e tão violento que não se importa se as vidas que estão prestes a tirar são de criminosos ou de policiais.
Assalto é o remake de um filme de mesmo nome datado de 1976 e dirigido por John Carpenter.
O motivo pelo qual disse que esse se trata de um caso ímpar é simples: toda a história que precede o mal traduzido “assalto” em questão é apenas um motivo para as cenas de ação, que por sua vez são o real motivo de qualquer coisa. Tudo o que acontece antes da ação começar é apenas uma justificativa furada que tenta dar alguma profundidade ao longa, mas não passa de clichê sem vergonha. E, na verdade, nem precisava disso. O que acontece antes do ataque ao DP é o que menos importa.
Até que a ação começa e tem início um bilhão de reviravoltas, algumas inteligentes e inesperadas, outras nem tanto, mas o que vale mesmo é o desenvolvimento das personagens e aquele clichê gigantesco de Inimigo Meu. A diferença é que no final do filme o Lawrence Fishburne não engravida, fora isso.
Assalto tem todos os seus defeitos, seu roteiro furado, mas também tem suas qualidades inegáveis: a ação e o elenco são algumas delas, mas o que faz o filme se manter atraente e interessante é o estilo e o ritmo. E Assalto é um negócio muito estiloso e tem um ritmo fantástico. Além disso o final é de explodir cabeças.
Vá por mim, é um triller policial desmiolado da melhor qualidade.

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