terça-feira, novembro 05, 2013

Silent Hill: Revelação

Dia 309
Silent Hill: Revelation 3D - 2013
Dir: Michael J. Bassett
Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harington, Sean Bean, Malcolm McDowell, Carrie-Anne Moss


Vou contar a vocês o final de Silent Hill: Revelação e poupá-los dessa experiência desagradável: a mocinha vence a menina demônio que é igual a ela, só que do mal e usa uma maquiagem de cachorrinho, o cara com o capacete de pica pau corta a cabeça da mulher do Mortal Kombat e o Sean Bean NÃO morre no final, mas toma uma decisão que claramente o guiará até uma morte certa.
Pronto, é isso.
Na história acompanhamos a continuação direta do longa anterior, o que é até bom porque explica aquele final incompreensível. Então recebemos explicações: a menina se salvou da cidade, a mãe ficou presa e, desde então, a menina e o pai são perseguidos por pessoas misteriosas que querem leva-la de volta a Silent Hill. Então, após chegarem à nova cidade, o pai da garota é levado à cidade amaldiçoada, forçando-a a voltar ao local para resgatá-lo. Se você não viu o primeiro filme, não se sinta mal: você não perde grande coisa.
Apesar de não morrer de amores por Silent Hill (nem pelos jogos, nem pelo primeiro longa), admito que a produção anterior tem seus pontos, leva 3 luas sem grande esforço, mas avacalha no final. SH² é diferente: já começa avacalhado.
Mas que fique claro desde já: SH² é tosco, é amador, é cretino, mas não é intragável, não desce ao nível Uwe Boll de adaptação vergonhosa de um game para as telas. É um filme que dá pra ver jantando, sem prestar muita atenção, mas que não prende o expectador.
Uma série de erros ridículos e de adaptações cretinas tiram da trama qualquer possibilidade de exploração do potencial de terror que a franquia apresenta. Tudo se perde no susto gratuito e no clichê artificial.
É inacreditável, por exemplo, a superficialidade do desenvolvimento do relacionamento dos dois protagonistas, sendo que um deles é o Jon Snow. Mais inacreditável ainda é a velocidade com a qual o sujeito cai na friendzone da garota. Outra coisa maluca é o fato de que todo mundo tem uma historinha pra contar, algo que tira do expectador a responsabilidade de se dar ao trabalho de tentar compreender o que está acontecendo ali, naquela zona. Tipo, vamos parar a ação por cinco minutos e contar a essa estranha a história de nossa cidade.
Além disso há uma cacetada de Diálogos e monólogos autoexplicativos que só servem para narrar em voz alta algo que está sendo mostrado em tela, em alta definição e em 3D. Uma herança miserável dos consoles. O que nos leva a outro ponto bizarro: o filme tem cutscenes!
Não fosse suficiente, toda a caracterização de personagens, tomando o jogo como base e se mantendo muito fiel ao material original, é inexplicável e incrivelmente ridícula.
Não é suficiente ainda? A luta final, em um ringue circular cercado de fogo, contando com o cabeça de piro... pirâmide e a vadia de peruca, emula de forma patética um Mortal Kombat genérico e safado.
Resumindo, SH² só deve agradar aos fãs mais xiitas dos games, estes devem ter orgasmos ao assistir, mas ao público geral, fã de cinema de qualidade... Meh... Se quer um conselho... Fique longe de Silent Hill, seja da cidade ou do filme.
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