Dia 331 - e olha lá o fim chegando.
How I Live Now - 2013
Dir: Kevin Macdonald
Elenco: Saoirse Ronan, Tom Holland, George MacKay
How I Live Now conta a história de uma garota americana, Daisy (Saoirse Ronan), que se muda, contra vontade, para a Inglaterra, para a casa de uma tia, às vésperas da 3º Guerra Mundial em busca de refúgio. Chegando lá, ela se depara com 3 primos e uma fazendo no campo, o tipo de lugar para ela nunca imaginou ir. É necessário informar que Daisy é uma daquelas adolescentes americanas fúteis e insuportáveis, cheias de transtornos, rebelde sem causa e que sofre de uma carência de atenção inacreditável, que a fazem beirar a esquizofrenia. Além de ser grossa, antipática... Resumindo, um ser humano desprezível.
Não bastasse a guerra estourando, ataques terroristas ao
redor do globo, ameaça de bomba, a garota ainda se vê no meio do nada forçada a
viver ao lado de primos caipiras. Deve ser realmente insuportável.
Porém, no entanto, todavia, Daisy conhece um dos primos
mais a fundo, se apaixona e tal... Aquela coisa de filme adolescente, Nicolas
Sparks, aquela baboseira toda, quase me fez desistir do filme, mas eu segui
adiante, motivado pela possibilidade de falar mal. Eis que o filme chega em
certo ponto e ocorre uma virada bem inesperada que quebra um bocado a coisa de
remancezinho adolescente e te motiva a continuar vendo de boa vontade: a guerra
começa pra valer, mesmo que, em momento algum, nós a vejamos acontecendo. Quando
a primeira bomba nuclear explode, as cinzas começam a cair do céu como uma
chuva (aliás, domingo passado a cidade aqui estava desse jeito, achei que
estivesse virando Silent Hill), anunciando o pesadelo que está por vir, toda a
tranquilidade e o romance são postos em suspensão por um tempinho. Mas logo
voltam a acontecer, mesmo depois que a energia é cortada, mesmo depois que
anunciam que os direitos civis estão suspensos e que se teve início lei
marcial, os jovens, o novo casal, dois primos e um vizinho, decidem levar a
vida adiante, tentar manter a normalidade.
Até que a guerra novamente bate à porta, dessa vez de uma
forma muito mais violenta: soldados invadem o local, levam os garotos embora e
forçam as garotas a morar em um alojamento/campo de concentração com um casal
de estranhos e a trabalhar na lavoura.
E paramos por aqui.
Pode parecer mentira, pode parecer besteira, mas How I
Live Now surpreende. Acredite se quiser, trata-se de um bom filme. Nas mãos de
um diretor incompetente seria um drama indie sobre um casal que faz de tudo
para sobreviver à guerra em busca um do outro (ou se fosse escrito pela Jane
Austen), mas nas mãos do talentoso Kevin Macdonald, de O Último Rei da Escócia,
HILN torna-se um drama denso e violento de sobrevivência e, sim, ok, tá bem,
amor. Mais do que isso, uma trama sobre mutação e superação, visto que torna-se
notável a evolução da protagonista, de uma patricinha mimada para uma pessoa
capaz de fazer o que for preciso para sobreviver.
Certo, no final cai tudo para o draminha romântico outra
vez, o que é sim meio chato, além de extremamente cafona, mas o filme tem
momentos realmente impactantes, soluções realmente corajosas e de uma crueza que
chega a chocar em certos momentos.
No fim das contas o saldo final é positivo, vão sem medo,
sobrevivam à primeira e tediosa (e cafona) meia hora inicial e se surpreendam
com How I Live Now.
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Achei o romance ótimo, não sei porque tanto ódio ao romance, de qualquer maneira, tem um bom diretor, também detestei a protagonista no começo, mas no fim simpatizei e muito com ela.
ResponderExcluirNão é que odeio o romance, é que ele está desgastado e banal ultimamente. Romantizam demais o romance nos dias de hoje :D
ExcluirAhhh, para! O filme é muito bom. As pessoas não tem dado mais crédito para as coisas no geral por sair muita porcaria aqui e alí. Esse "How I Live Now" é realmente uma grata surpresa. Eu sempre curto um "romance" + que tenha drama, ação, suspense, que é sempre bem vindo. Eu recomendo o filme e daria uma nota 8 para o mesmo. Fotografia linda, Direção muito boa e ainda por cima a Saoirse Ronan mano, essa Irlandesa manda muito bem apesar de nova (19 anos). A pequenina Harley Bird (Piper) contribuiu também pro filme não ser simplesmente romancizinho. E o filme foi minucioso em alguns aspectos. A Saoirse Ronan (Daisy) emagreceu, amadureceu, a raiz escura do cabelo dela foi aparecendo aos poucos... enfim, pra mim foi um ótimo filme.
ResponderExcluirMas eu falei bem pra caramba do filme! Tá, lendo agora parece que eu falei mal pra caramba, mas eu gostei pacas! Só critiquei o romance porque achei muito melado, mas todos os outros aspectos foram exaltados pra caramba. Cê leu o texto até o final? Agora esse lance da raiz do cabelo, eu não tinha notado, toque de mestre mesmo, genial. Além de que todo o elenco do filme (tirando o galãzinho autista por quem a Daisy se apaixona, escola Crepúsculo de interpretação genérica de macho misterioso) é muito bom: o primo dela, Isaac (Tom Holland) também manda bem pra caramba, tem um filme com ele chamado O Impossível (http://www.01pordia.com/2013/02/o-impossivel.html) em que ele atua de igual pra igual com a Naomi Watts. Filmão, por sinal, vale ver.
ExcluirAcabei de assistir ao filme e achei incrível! A história consegue se aprofundar cada vez mais, na medida em que a personagem principal vai percorrendo o caminho até encontrar ele. O cenário de guerra contribui muito com a qualidade da história, tornando os personagens secundários tão interessantes quanto o casal protagonista! Vale muito a pena conferir!
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