domingo, novembro 17, 2013

As Quatro Estações - Legião Urbana, ou: Para poucas pessoas na multidão.

Dia 321.

Se tem um disco da Legião Urbana que marca a trajetória do grupo de maneira épica, este é o "As Quatro Estações". Nem antes nem depois teremos a Legião nesse nível de sonoridade, com essa postura clássica, angustiada, rebelde e visceral.



"As Quatro Estações" é, como nenhum outro disco da Legião, aquele com o qual me identifico mais.

A banda tornou-se mais introspectiva. A música da Legião é cantada sobre um palco para poucas pessoas na multidão - para os desesperados, oprimidos, solitários, para os que sofrem, para os que amam e para os que duvidam.

Apesar de ser um disco com mais de vinte anos, mantém-se totalmente atual, e continua falando diretamente com os jovens. Os arranjos simples e as letras complexas faziam-nos - e fazem ainda - refletir sobre coisas corriqueiras que não são tolices, mas verdades fundamentais.

Renato Russo, que gostava de Meninos e Meninas, era muito maior que algum rótulo, ou que o mito que tentaram encaixar nele. Ele se fazia e se refazia a cada disco, e neste "... Estações", ele nos mostra algo de rebelde e esotérico. O clima é de amor, mas daquele fadado ao desastre, banhado em espera e desilusão.


Uma audição obrigatória para você que é fã ou que apenas aprecia música de boa qualidade.



Longos dias e belas noites.


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