sexta-feira, novembro 29, 2013

Almost Human - Episódio 2

Dia 334 - Perto do recomeço!

Primeira Lei: um robô não pode ferir um ser
humano ou, por inação, permitir que um ser
humano se machuque.

Segunda Lei: um robô, deve obedecer às ordens
dadas pelos seres humanos, exceto quando tais ordens
entrarem em conflito com a primeira lei.

Terceira Lei: um robô deve proteger sua própria
existência, desde que tal proteção não 
entre em conflito com a primeira e a segunda lei.


As leis acima são conhecidas como As Três Leis da Robótica, do Manual de Robótica, 56ª edição, 2058 d.C. (como está citado em "Brincadeira de pique"), um conto de ficção cientifica de Isaac Asimov (1920-1992). As leis de Asimov não são leis cientificas. Elas são pura ficção, mas até hoje os pesquisadores de inteligências artificial gostariam que suas maquinas inteligentes seguissem essas leis.

A palavra robô  foi introduzida no idioma inglês a partir de uma peça de teatro de 1921 chamada RUR (Rossum's Universal Robot) do dramaturgo tcheco Karel Copek. Rossum um inglês fictício, usa métodos biológicos para produzir robôs em massa a fim de servir os seres humanos. Asimov começou a escrever histórias de ficção científica sobre robôs aos vinte anos de idade. Os robôs ficcionais de Asimov eram maquinas projetadas por engenheiros e eram construídos com as três leis implantadas em seu "cérebro positrônico".
*************************

E a nossa série resenhada de hoje, se continuar nessa abordagem fiel a tudo que a ficção imagina para as futuras maquinas dotadas de inteligência artificial, pode se tornar uma das melhores já produzidas sobre o tema. O piloto da história que se passa em 2048 nos mostrou o arco da trama que gira em torno do trabalho policial envolvido com alta tecnologia para combater o crime, que igualmente usa alta tecnologia no seu modus operandi. Dois policiais, um humano e um artificial, dotado de uma tecnologia especial que visava transforma-lo em uma "maquina" com sentimentos. A interação de ambos é o ponto que gerará muita discussão a cerca da relação homem versus maquina. E não estranhe se muita coisa aqui lhe lembrar Blade Runner.

Neste segundo episódio, dois temas que se misturaram de forma magistral, sexo e robótica. Se o objetivo da construção de maquinas é servir o ser humano, ela não poderia ser mais útil se service a nesta necessidade básica humana. Neste episódio um cientista se torna milionário quando desenvolve um padrão de maquinas chamados sexbô. Sim, isso mesmo, maquinas sensuais que servem ao humanos, nada mais do que sexo. Ou uma simples companhia para aquelas noites solitárias. Mas ele é um perfeccionista e deseja fazer maquinas cada vez perfeitas, por isso acaba por esbarrar em algo ilegal ao projetar uma versão de suas gueixas artificiais com pele humana. O que seria o mesmo que combina-las com DNA humano, algo que neste mundo é proibido (para min um contrassenso, já que é permitido desenvolver androides com algo parecido com uma alma, mas não se pode combina-los com DNA humano). Quando ele é forçado a abandonar o projeto, uma grupo de albaneses continua com a prática. Para continuar produzindo a gangue sequestra mulheres para obter a pele que eles precisam para revestir seus sexbô. E ai entra nossa dupla de policiais.

A certa altura John Kenner (Carl Urban) o policial humano tem que entrevistar um garoto filho de uma vitima sequestrada a espera que ele forneça informações que o leve aos sequestradores. Ocorre que John não tem o menor talento com crianças e Dorian (Michael Ealy), seu parceiro androide sabe disso. Já no carro os dois mantem um dialogo interessante e profundo, sobre morte, esperança e a consciência de nossa finitude. O que temos aqui é o melhor que essa série tem a oferecer, a oportunidade de usar a ficção cientifica para discutir assuntos de natureza filosófica.


Eu tenho um pouco de receio, já que  Almost Human até agora, - e parece que isso será o tom da série, está sempre buscando um fim filosófico para juntar seres humanos e robôs. A série está tentando corajosamente uma nova visão da era digital ao mesmo tempo que tenta divertir enquanto vai construindo os personagens e lhes dando profundidade. Ao mesmo tempo eu gosto desse tipo de série que sonda e faz perguntas usando um gênero novo de ficção. Fringe se foi, mas nunca esquecida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!