segunda-feira, outubro 07, 2013

Rubber Soul - The Beatles, ou: Se eu precisar de alguém...

Dia 280.

Eu sou fã de Beatles desde criança. Não há muito o que dizer: há uma qualidade caótica e instável na música deles que em reverbera algo de mim e me traz lembranças e sensações que são estranhas e agradáveis, mexendo com sentimentos meio antigos e renovando algumas esperanças.

The Beatles - Rubber Soul by Michel Euclides on Grooveshark
Simples assim.

“Rubber Soul” (1965) é um disco que marca minha infância por vários motivos – não, eu não nasci na década de 1960. Tenho trinta e um anos, mas curto o som dos Fab Four desde que era garoto, na época em que o rádio era um amigo da família e frequentador de nossas casas. Sempre tocava uma ou duas deles, e eu ia pra perto, atraído pela qualidade líquida e elétrica da música deles.
Uma beleza.

Em “Rubber Soul” encontramos também algumas das baladas mais bonitas dos Beatles: “Girl”, “Michelle”, “In My Life e “Norwegian Wood”. Elas dão ao disco uma sutileza e sensibilidade extremas, fazendo com que a experiência de escutar o disco se torne algo suavemente apaixonante.

“Run For Your Life”, “Nowhere Man”, “Drive My Car”, “You Won’t See Me” e “Think For Yourself” têm um sabor dos Beatles ainda meninos, com uma pegada mais iê-iê-iê – embora tragam arranjos mais maduros, com a guitarra de George correndo com vontade pelo meio das músicas e uma percussão simples e eficiente de Ringo.
Claro que John e Paul ainda são as estrelas aqui, mas temos duas composições do Beatle Quieto: “Think For Yourself” e a belíssima “If I Needed Someone”. Depois deste disco, suas participações com canções próprias tenderiam a crescer.

“The Word” é uma música... estranha. Ela meio que foge ao espírito do disco por ser “alegrinha”, mas mesmo assim ainda consegue se encaixar na sequência.
“I’m Looking Through You” é uma das clássicas, daquelas que marcam o disco: possui uma levada meio country, mas mesmo assim é a cara de “Rubber Soul”: “Ei, cara, nós estamos ficando mais velhos! Você não queria que nosso som ficasse o mesmo para sempre, não é?”.
“Wait” é outra dessas músicas de transição: mescla um ritmo mais sincopado com aquele sentimento dos rapazes de início de carreira. Mas percebe-se imediatamente o rumo que irão tomar.

Um disco histórico, cheio de texturas e sentimentos. Algo que seus filhos precisam escutar junto com você, para que juntos possam exorcizar o tanto de música de má qualidade que grassa por aí hoje em dia.Boa noite e boa semana, meus queridos amigos.


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