terça-feira, outubro 08, 2013

Old New Ballads Blues - Gary Moore, ou: Blues para uma noite tempestuosa.

Dia 281.

Blues é paixão, tristeza e solidão. É saber sentir pena de si mesmo, é poder curtir uma fossa, mergulhar na saudade, refletir sobre as injustiças e as ironias da vida de maneira tal que qualquer problema que não seja relacionado ao amor pode ser jogado fora e esquecido.



E então temos Gary Moore e seu disco de 2006, “Old New Ballads Blues”. Música feita com virilidade, com agressividade, guitarra violenta – virulenta -, bateria marcante e pesada, baixo sussurrado marcando o ritmo... Blues de velha escola, que bebe do Rock com sede e sem vergonha.


Blues para uma noite tempestuosa. Paixão, medo, dor e perda: não há sorrisos nem desculpas. Só há a necessidade de externar o sofrimento através da música.

Um disco sombrio e maduro, feito com muita vontade pelo mestre Moore – que nos deixou em 2011. Sua voz, que combinava perfeitamente com o Rock e com o Blues, encanta pela versatilidade: hora grita rouco, hora sussurra suave. A música sobe e desce de acordo com os humores do ouvinte, que salta de um estado mais excitado para um mais tranquilo a cada faixa.

Há muito amor aqui. Não há Blues sem amor e sem tristeza. E não há finais felizes nas histórias cantadas por Gary: apenas há a constatação de que, no jogo das paixões, somos meras vítimas.

Um disco perfeito deste artista que hoje faz tanta falta.


Senhoras e senhores, que todos tenham uma boa semana.

Abraços deste que vos escreve.


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