sexta-feira, outubro 25, 2013

Jack Reacher - O Último Tiro

Dia 298 e eu já consigo ver o fim do túnel
Jack Reacher - 2013
Dir: Christopher McQuarrie
Elenco: Tom Cruise, Rosamund Pike, Richard Jenkins 

Um atirador mata 5 pessoas aparentemente aleatórias em um dia aparentemente comum e coloca a culpa em um ex-soldado com histórico de crimes anteriores. O novo crime se encaixa com perfeição no modus operandi do soldado e ele é imediatamente incriminado. Porém, quando é orientado a assinar uma confissão, tudo o que o soldado escreve na cláusula de confissão é um nome: Jack Reacher.
Jack Reacher é interpretado por ninguém menos que Tom Cruise, ex-militar com habilidades investigativas anormais e um sólido senso de justiça que costuma passar por cima da burocracia feito um trator.
E ao ser chamado pelo acusado, Reacher se vê na obrigação de comparecer e provar ao mundo que o homem que o convocou é... culpado.
Porém, ao dar início à sua investigação pessoal, completamente independente de polícia, ou qualquer outro tipo de instituição, ao lado da advogada Helen Rodin (Rosamund Pike), Jack percebe que o suspeito pode não só ser inocente como estar envolvido contra vontade em uma trama que vai muito além do simples terrorismo doméstico.
Vou falar: adorei Jack Reacher. Acho que conseguiram criar um herói de ação humano e real tão bacana quanto... Nenhum outro. Reacher é ímpar, totalmente incomum e com uma personalidade muito diferente do habitual herói de ação do cinema. O cara é tão fissurado nas próprias regras, no próprio senso de justiça que acaba se tornando quase um autista funcional. Reacher é um autoexilado, um nômade. Um sujeito que faz tudo para não existir, que surge e some sem deixar rastros, um cara que chega, faz o que deve e desaparece. E ele é implacável, o cara é incontrolável, se ele decide que alguém é inimigo, essa pessoa pode se considerar com os dias contados. E, por outro lado, a personagem criada por Cruise com base no romance do autor Lee Child é de uma humanidade incomum. Reacher está muito longe do estereótipo do brucutu americano, o que para um filme do gênero é algo que chama atenção.
Jack Reacher tem um andamento diferente do habitual, é algo que se assemelha muito ao ritmo dos filmes do diretor Michael Mann. As cenas de ação são comedidas, nada espalhafatosas, os enquadramentos de câmera são milimétricos, as atuações são econômicas, mas sem tornar-se inexpressivas, os tiroteios são silenciosos, apenas o som dos tiros e nenhuma trilha sonora... Isso é algo que me atrai em um filme, esse ritmo que permite a digestão. Algo muito parecido com o que ocorreu no longa mais recente da série 007: um ritmo quase europeu, mas sem se tornar cansativo.
Outro ponto forte é o elenco, que conta, além de Cruise e Pike, com as presenças de Jai Courtney, o filho sem carisma do John McLane em Duro de Matar 5 (que, por sinal, funciona muito melhor como vilão), Richard Jenkins, Robert Duvall (excelente) e, o mais surpreendente de todos, o diretor Werner Herzog que aparece aqui como um vilão assustador.
Resumindo: jack Reacher é surpreendente, tras um ótimo herói de ação e um elenco que fazem valer as mais de duas horas de duração do longa. Pelos trailers liberados pode parecer que se trata de um filme de ação genérico, mas não se engane: JR tem mais personalidade e conteúdo do que parece.

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