quinta-feira, outubro 03, 2013

Ip Man - The Final Figth

Dia 276

Filme: Ip Man: The Final Figth - (2013) IMDb 5,6
Diretor: Herman Yau
Roteiro: Erica Lee
Elenco: Anthony Wong Chau-Sang, Gillian Chung, Jordan Chan
Duração: 100 min

Caso você não esteja familiarizado, Ip Man foi um grande mestre do kung fu que viveu em Hong Kong até 1972. Ele foi o mestre de Bruce Lee. Este é o terceiro filme semi-biográfico sobre Ip Man nos últimos cinco anos. Há outros. Ip Man (2008) e Ip Man: Legend of the Grandmaster (2010), em ambos Donnie Yen estrelou como personagem título. Donnie Yen é um ator incrível, e eu virei fã do cara desde que vi o primeiro filme, tanto quanto virei fã de Anthony Wong que interpreta Ip Man em The Final Figth. Ip Man: The Final Figth foca a vida de Ip Man, através da narração de seu filho, e cobre o tempo de imigração de Ip Man para Hong Kong, em 1949, até seu último encontro com Bruce Lee na década de 1960. 

É um filme difícil de assistir, às vezes. Acontecimentos históricos entram e saem sem resolução, isso porque suas resoluções não tem relações coma vida de Ip man. Estudantes de Ip Man trazem estes eventos para sua vida. Eles competem com imigrantes pelas vagas de trabalho, eles organizam os sindicatos para ajudar os trabalhadores a terem um tratamento mais justo, lidam com o crime, a corrupção e a pobreza. Em última análise, estes acontecimentos da história são tecidos juntos para trazer a “luta final” do título entre Ip Man e Dragon, um senhor do crime local.

Por outro lado, este não é uma biografia. Não temos de perguntar se é importante, ou se é crítico. Ip Man é uma figura de destaque nas artes marciais do século XX, de modo que vislumbra algumas importantes questões de sua vida que despertam interesse de qualquer pessoa ligada ao mundo do kung fu e das artes marciais. O filme é em grande parte hagiografia. Ele pinta Ip Man como um homem santo que viveu uma vida de celibato quando as restrições de fronteira entraram em vigor em 1950, separando Ip Man de sua esposa. Sua crítica está implícita. Nas narrativas dos filmes anteriores, Ip Man estava mais disposto a lutar pelo que é certo, neste ele fica à margem, mostrando que é uma crítica implícita. Então, novamente é difícil ser crítico quando o filho do personagem principal (Ip Chung) é um membro do elenco. Entretanto, repito, este filme não é uma biografia credível, por outro lado não é totalmente ficcional. Não é justo critica-lo através da lente de seus personagens, contexto, conflitos e o ritmo estrutural do enredo montanha-russa. Minha experiência em assisti-lo, é que vale a pena. Quer dizer, eu o veria por Antonhy Wong, ou qualquer outro ator que está nele. Você vai perceber que os alunos de Ip Man são apresentados de uma maneira rápida demais e pode ser difícil de manter o controle de saber que é quem. Os atores são muito bons e o filme vai lhe oferecer muitas oportunidades para aprender quem ele são. Na verdade tudo que vale apena e necessário para a narrativa será apresentado eventualmente. A doença crônica de estômago que aflige Ip Man é introduzida no começo, e em seguida, desaparece a maior parte do filme.

A estrutura e o ritmo não são o que normalmente seria de se esperar de uma história, mas, mais uma vez, é porque está história segue uma verdadeira vida humana, e não é ficção. Eu particularmente gostei do modo como se retrata a relação entre Ip Man e Ng Chung (Eric Tsang) da escola Pak Hok. Inicialmente os alunos dela e da de Ip Man vão ao confronto, mas os dois mestres encontram o respeito mútuo. Ip Man vem ajudar Ng, quando os homens de Dragon atacam a escola Pak Hok durante a dança do leão.

Bruce Lee não retratado como um estudante, e só aparece no final do filme, quando ele já é um astro de ação e retorna para visitar Ip Man.

Se você adora filmes de ação de Hong Kong e Kung Fu, a estrutura e o ritmo do filme não deve incomodá-lo. Vê-lo vai ser divertido.



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