terça-feira, setembro 10, 2013

Spartacus de Stanley Kubrick - Assis Oliveira

Dia 253
Filme: Spartacus -  (1960) - IMDb 8,0
Diretor: Stanley Kubrick
Roteiro: Dalton Trumbo, com base no romance de Howard Fast
Atores: Kirk Douglas, Laurencer Olivier, Jean Simmons e mais
Duração: 197 min
País: EUA

Em 73 A.C, um escravo trácio lidera uma revolta em uma escola de gladiadores dirigida por Lentulus Batiatus. A revolta logo se espalha em toda península italiana, envolvendo milhares de escravos. O plano é adquirir fundos suficiente para comprar navios de piratas da Silésia, que poderiam então, transportá-los para outras terra de Brandsidium no sul. O plano do senador e general romano Gracchus  é colocar Marcus Publius Crasso como comandante da guarnição de Roma e liderar um ataque contra os escravos que se abrigam no Vesúvio  Quando Grachus e Marcus Publius são derrotados seu mentor, o senador e o general Marco Lucinio Crasso fica muito envergonhado e ele mesmo resolve tomar a liderança contra os escravos revoltosos. Spartacus e os milhares de escravos libertos fazem com sucesso sua caminhada para Brandsidium apenas para descobrir que os Silesianos os abandoram. Em seguida e sem alternativas,, rumam para o norte onde devem enfrentar o poderio Roma numa batalha final. - IMDB.
Não é minha intensão listar aqui os 10 ou 20 filmes que todos os cinéfilos deviam ver, como está parecendo a julgar pelas minhas postagem de filmes como Metrópolis e The Birth of Nations/O Nascimento de uma Nação, mas Spartacus é um que poderia estar facilmente numa lista com esse proposito.

Em 1947, a Casa do Comitê de Atividades Anti-Americanas (HUAC), iniciou uma investigação sobre a influência do comunismo na industria cinematográfica. Esta investigação incluiu uma série de audiências que duraram todo o resto da década de 1940 e toda a década de 1950. Em ultima instância, essas audiências causaram um pânico em massa que levou vários profissionais de destaque a voltar-se contra seus colegas e denuncia-los como comunistas. Embora  muitas vezes existissem poucas ou nenhuma evidência definitiva para apoiar as reivindicações apresentadas ao HUAC, inúmeros profissionais foram exilados da industria. A fim de manter seus empregos, apesar de seu status na lista negra, muitos roteiristas passaram a apresentar seus certificados sob nomes falsos, ou o nome de outros, politicamente aceitáveis escritores.

Um desses foi o roteirista de Spartacus, Dalton Trumbo, que estava na lista negra em 1947 e fora forçado a escrever sob pseudônimos e nomes de outros escritores, a fim de continuar a trabalhar. Ao completar o roteiro do épico gladiador, Trumbo planejava continuar com essa prática. O ator protagonista do filme e também produtor, Kirk Douglas, no entanto, se encontrava frustado com as condições de trabalho sufocante em Hollywood e determinou que o nome de Trumbo receberia os devidos créditos como roteirista da obra em tela cheia.

A revolta do herói do titulo contra seus escravizadores romanos podia assim, facilmente ser visto como um "stand" dentro da produção para que Douglas oferecesse suporte a outros profissionais do cinema contra a HUAC. A trama do filme com sua história de sacrifício, lealdade e liberdade encontra paralelo na realidade. O elenco e a de produção do filme se uniram e arriscaram suas careiras pela liberdade profissional, da mesma forma que Spartacus e seus companheiros arriscaram tudo que amavam em nome da liberdade. Apesar dos protestos iniciais, o filme se tornou um sucesso de crítica e financeiro e encorajou outros filmes a usar os serviços dos profissionais que se encontravam proscrito, quebrando assim a famigerada lista negra da HUAC e a começar uma nova era na história de Hollywood.

Este é também um filme em que o seu diretor foi praticamente expurgado do seu repertório. Mas por que isso teria acontecido com Stanley Kubrick? A resposta pode ser resumida em duas palavras: controle absoluto. Kubrick queria autoridade administrativa, bem como artística total sobre a feitura do filme. A produtora de Spartacus, Birna Productions foi também a produtora do filme anterior de Kubrick, Paths of Glory de 1958. O dono da companhia era nada mais nada menos que o próprio Kirk Douglas, que era a principal estrela do filme, tinha todo o dinheiro para sua produção, além de ser responsável pela direção artística. Douglas ha duas semanas do inicio da produção havia demitido o diretor anterior de Spartacus, Antonhy Mann e com apenas dois dias de antecedência Kubrick foi contratado para substitui-lo, mesmo não tendo sido boa a relação dos dois na produção anterior de Paths of Glory. Embora o novo diretor desejasse controle sobre todos os aspectos do filme, Douglas não permitiu. Um acordo foi alcançado, mas Kubrick ficou com um mero contratado. Ele não se permitiria jamais ser colocado novamente numa posição igual.

Pesquisa: Wikipédia

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