Dia 253
Eis que esperar 10 anos valeu a pena. Nosso querido Ziggy Stardust voltou com tudo em um dos discos mais expressivos e poderosos do ano de 2013, talvez até da década. Suas letras conservam a mesma sinceridade e naturalidade, aquela poesia real, sem floreios demasiados e sua voz única e poderosa.
The Next Day traz um Bowie clássico que soube se adaptar aos dias atuais. As canções são marcadas por metais muito mais presentes, guitarras viciantes e baterias frenéticas que nunca se sobrepõe à voz do artista.
Viciante aliás é uma palavra que define perfeitamente TND, porque é simplesmente impossível parar de ouvi-lo após a primeira audição. TND é um acontecimento único, é algo como um eclipse raro daqueles que só ocorrem a cada 40 anos e você não sabe se viverá para ver o próximo. E eu me considero um sujeito de uma sorte extrema por poder presenciar, no auge de minha admiração pelo camaleão, o lançamento de um disco tão impactante.
E como Bowie não é um ser dessa dimensão, pode muito bem acontecer de este que vos fala morrer e não ter a chance de ouvir o próximo ato de genialidade do cara.
The Next Day é forte e sombrio, em momentos é dançante e agitado, em outros de uma beleza inacreditável. Possui uma sonoridade única e inebriante, além de uma naturalidade e fluidez incomuns a artistas que já produziram tanto quanto Bowie. O cara não envelhece, não desgasta, não se repete nem perde a identidade.
Pare o que estiver fazendo agora e vá ouvir The Next Day.
Porque o dia seguinte logo chega e nós nunca saberemos o que ele nos guarda ;)
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