Detona Ralph, ou: Aproveitem suas crianças.

Dia 266.

Eu adoro assistir filmes com meus filhos. O Nicholas (seis anos, quase sete) tem um gosto definido: filmes de ação e animações da Disney/Pixar. A Julia (dois anos recém-completos) gosta mais de filmes em que os personagens sejam bichinhos fofos. Ela adora "A Era do Gelo", por causa do esquilo Scrat.



Dos filmes que eu e o Nicholas associamos a nós mesmos destaco dois: "Meu malvado Favorito" e "Detona Ralph". Hoje falaremos do segundo.

"Detona Ralph" conta a história de Ralph, um vilão de um jogo de fliperama antigo que enfrenta uma crise de identidade... incomum. Ele quer ser herói e ganhar uma medalha. Ele quer provar para todo mundo que pode ser um cara legal, independente de sua programação. Claro que no processo ele destrói um monte de coisas.

Ralph busca sua medalha em outros jogos - o que é perigoso, pois se alguém morre fora de seu jogo não renascerá. E aí o filme mostra sua genialidade: referências, piadas, dramas complexos, personagens carismáticos e uma história bem amarrada. Um filme da Disney com padrão Pixar de qualidade - diferente de "Valente", que é um filme da Pixar com padrão Globo Filmes de qualidade.

A história de "Detona Ralph" cativa porque percebemos, conforme o filme anda, que o que o Ralph buscava não era reconhecimento nem medalhas. Ele queria ser aceito - pelos outros e por ele mesmo. Apesar de esta ser uma temática batida, em "Detona..." isso é abordado de maneira simples e bonita - com uma baita dose de destruição e muita ação - de deixar os "Matrix Reloaded" e "Revolutions" no chinelo.

Sério.

Um filme família, para você que se identificou com o Shrek, com o Gru, com o Sloth e com o Hulk. Um filme para assistir abraçado a seus filhos antes de eles crescerem e irem embora.

Um filme para o agora. Aproveitem suas crianças. Carpe Diem.

Boa noite. E não deixem de assistir.