sábado, setembro 14, 2013

A Hora do Espanto

Dia 257
Fright Night - 2011
Dir: Craig Gillespie
Elenco: Anton Yelchin, Colin Farrell, David Tennant.


Remakes em geral são um tiro no pé, prometem mundos e fundos e, no fim, costumam entregar produtos bastante inferiores aos originais. Isso acontece direto, sejam remakes de clássicos antigos ou de filmes estrangeiros, raras são as vezes em que a refilmagem é superior ao original, ou ao menos um bom filme.
No caso de A Hora do Espanto há, para mim, uma pequena ressalva (pequena e polêmica): eu não sou um grande fã do filme de 1985. Estive dando uma conferida no “clássico” recentemente e, se os fãs me permitem dizer, eu achei aquilo bem ruinzinho. Mamilos!
O que me fez baixar um bocado a expectativa ao ver o remake de 2011, mesmo com seu ótimo elenco.
E quando vi o negócio, que surpresa: era um bom filme.
Eu achei.
O longa conta a história de Charley (Anton Yelchin), um adolescente que mora com a mãe em um conjunto habitacional pacífico e perfeitamente tedioso. Até o dia em que seu novo vizinho, Jerry (Colin Farrell) atraca na casa ao lado trazendo junto consigo uma atmosfera de mistério e desconfiança. Sendo que, poucos dias antes da chegada do sujeito, alguns jovens dos arredores começaram a desaparecer, sendo que alguns deles era antigos conhecidos de Charley e de um amigo de infância dele. Um amigo que o força sob chantagem pesada a colaborar com ele em sua própria investigação no desaparecimento dos colegas. Investigação essa que não tem exatamente o fim esperado e termina de forma trágica para o colega de Charley.
Além disso as coisas com o novo vizinho do rapaz se mostram mais estranhas do que parecem e acontecimentos bizarros acabam levando-o a acreditar que seu amigo, paranoico e histérico, tinha razão: há um vampiro rondando a vizinhança. O destino, essa vadia, faz com que o tal vampiro seja justamente o novo vizinho de Charley. E pior: o cara é um sedutor descarado e acaba fazendo com que a mãe do rapaz fique encantada por ele, colocando em risco a vida da mulher e da vizinhança inteira.
O que leva Charley a buscar a ajuda profissional de Peter Vincent (David Tennant, desnecessário dizer que o cara é excelente), um charlatão da TV que faz apresentações em Las Vegas no melhor estilo Cris Angell: ilusionismo barato cheio de teatro vagabundo. E, ao lado da mãe, da namorada e do charlatão, Charley parte para cima do vampiro com tudo o que tem.
Não há muito o que considerar sobre A Hora do Espanto: é um filme fácil, levemente pretensioso que acerta na maior parte de sua proposta e peca apenas por ser caricato demais em certos momentos (uma falha cometida também por seu original, que era caricato demais o tempo inteiro) e por abusar de efeitos especiais pouco convincentes em outros (a transformação do vampiro é desnecessariamente espalhafatosa e muito tosca). Mas acerta em seu elenco afiado, Yelchin é competente e Farrell se dá muito bem com personagens incomuns, sendo que aqui está assustador, e David Tennant é David Tennant, dispensa comentários; acerta também em cenas de ação bem feitas e em doses bem medidas de horror e suspense.
É entretenimento rápido que prende a atenção, assusta e empolga: para um fim de noite de um sábado insosso é mais que uma boa pedida!



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