Dia 257
Fright Night - 2011
Dir: Craig Gillespie
Elenco: Anton Yelchin, Colin Farrell, David Tennant.
Remakes em geral são um tiro no pé, prometem mundos e
fundos e, no fim, costumam entregar produtos bastante inferiores aos originais.
Isso acontece direto, sejam remakes de clássicos antigos ou de filmes
estrangeiros, raras são as vezes em que a refilmagem é superior ao original, ou
ao menos um bom filme.
No caso de A Hora do Espanto há, para mim, uma pequena
ressalva (pequena e polêmica): eu não sou um grande fã do filme de 1985. Estive
dando uma conferida no “clássico” recentemente e, se os fãs me permitem dizer,
eu achei aquilo bem ruinzinho. Mamilos!
O que me fez baixar um bocado a expectativa ao ver o
remake de 2011, mesmo com seu ótimo elenco.
E quando vi o negócio, que surpresa: era um bom filme.
Eu achei.
O longa conta a história de Charley (Anton Yelchin), um
adolescente que mora com a mãe em um conjunto habitacional pacífico e
perfeitamente tedioso. Até o dia em que seu novo vizinho, Jerry (Colin Farrell)
atraca na casa ao lado trazendo junto consigo uma atmosfera de mistério e desconfiança.
Sendo que, poucos dias antes da chegada do sujeito, alguns jovens dos arredores
começaram a desaparecer, sendo que alguns deles era antigos conhecidos de
Charley e de um amigo de infância dele. Um amigo que o força sob chantagem pesada
a colaborar com ele em sua própria investigação no desaparecimento dos colegas.
Investigação essa que não tem exatamente o fim esperado e termina de forma
trágica para o colega de Charley.
Além disso as coisas com o novo vizinho do rapaz se
mostram mais estranhas do que parecem e acontecimentos bizarros acabam
levando-o a acreditar que seu amigo, paranoico e histérico, tinha razão: há um
vampiro rondando a vizinhança. O destino, essa vadia, faz com que o tal vampiro
seja justamente o novo vizinho de Charley. E pior: o cara é um sedutor
descarado e acaba fazendo com que a mãe do rapaz fique encantada por ele,
colocando em risco a vida da mulher e da vizinhança inteira.
O que leva Charley a buscar a ajuda profissional de Peter
Vincent (David Tennant, desnecessário dizer que o cara é excelente), um
charlatão da TV que faz apresentações em Las Vegas no melhor estilo Cris
Angell: ilusionismo barato cheio de teatro vagabundo. E, ao lado da mãe, da
namorada e do charlatão, Charley parte para cima do vampiro com tudo o que tem.
Não há muito o que considerar sobre A Hora do Espanto: é
um filme fácil, levemente pretensioso que acerta na maior parte de sua proposta
e peca apenas por ser caricato demais em certos momentos (uma falha cometida
também por seu original, que era caricato demais o tempo inteiro) e por abusar
de efeitos especiais pouco convincentes em outros (a transformação do vampiro é
desnecessariamente espalhafatosa e muito tosca). Mas acerta em seu elenco
afiado, Yelchin é competente e Farrell se dá muito bem com personagens
incomuns, sendo que aqui está assustador, e David Tennant é David Tennant,
dispensa comentários; acerta também em cenas de ação bem feitas e em doses bem
medidas de horror e suspense.
É entretenimento rápido que prende a atenção, assusta e empolga:
para um fim de noite de um sábado insosso é mais que uma boa pedida!
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