domingo, agosto 25, 2013

Physical Grafitti - Led Zeppelin, ou: Sobre o futuro

Dia 237.

É difícil não embarcar na viagem do Zeppelin. Vendo das alturas o campo e pela cidade, o viajante se vê perdido entre as nuvens de sua própria arrogância, enquanto segue rumo a um destino que desconhece.




O viajante foca então em alguém lá embaixo, um ponto insignificante sobre a paisagem, e vê-se encarando a si mesmo. Assustado, divertido, arrependido, ele percebe que está sozinho apesar de tudo. O céu é apenas mais uma ilusão, ventos que mantém a nave seguindo adiante. Mas o que é o futuro senão a confirmação do presente, daquilo que se planeja, daquilo que se sente?

"Physical Grafitti" (1975) é o sexto disco do Zeppelin, e é considerado sua opera magna. Rock maduro mas cheio de marra, metal e madeira; uma coisa meio medieval, antiga, porém ainda cheia de vida. Enquanto se escuta, vai-se naturalmente no embalo da guitarra afirmativa de Jimi Page e a voz onírica de Robert Plant. Bonhan  e Jones não ficam atrás com a seção rítmica, mostrando porque o Zeppelin é uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos.

Uma característica interessante do álbum é a continuidade: cada música encaixa perfeitamente na sonoridade da anterior, criando um clima de sequência que transforma "Physical Graffiti" em algo ainda mais poderoso.

Este é um daqueles discos que você precisa recomendar para seus filhos no dia daquela lição chamada "Isto é Rock 'N' Roll".

Destaque para "In My Time Of Dying", "Kashmir", "The Rover", "Houses Of The Holy" e, claro, para aquela que é a mais linda do disco: "Ten Years Gone". Só ela já valeria o disco, mas é claro que não desmereço as demais. "Physical Graffiti" é uma única peça inteiriça do mais valente Rock que alguém precisa para sobreviver.






Boas noites, viajantes.

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