Dia 170 - Felipe Pereira 167
O Radiohead é uma das coisas mais poderosas já criadas
pela humanidade, juntamente com o paracetamol, a vodka (para alguns) e os fones
de ouvido. Acredito ferrenhamente que, sem algum desses inventos, a humanidade
já haveria sido varrida da face da Terra por um holocausto nuclear.
Thom Yorke, o homem por trás do microfone, o líder e o
cabeça do Radiohead é um ser humano fantástico por si só. É um paradoxo vivo:
provavelmente o ser vivo mais feio da face da Terra, ao mesmo tempo que uma das
mais belas e poderosas vozes vivas da humanidade.
Há quem o chame de gênio, mas as pessoas estão sempre
exagerando quanto a esta nomenclatura. Eu particularmente concordo com esse
título. E exagero ainda um pouco mais a respeito.
The Eraser, disco solo de Yorke, lançado em 2006 é uma
bela demonstração dessa genialidade.
O único disco solo do cantor cativa e conquista o ouvinte
logo de cara com as implacáveis The Eraser, composta com ajuda do guitarrista
do Rhead, Bruce Greenwood, e Analyse, música que encerra o filme o Grande
Truque do diretor Christopher Nolan.
Após ganhar a atenção do ouvinte com essas duas peças magníficas,
Yorke parte para o que sabe fazer de melhor: sua piração sonora
experimentalista e intimista.
Experimentação que, de tão diferenciada, chega a ser
assustadora em alguns momentos. Como em Skip Divided, uma canção com uma
sonoridade totalmente anormal, mas ainda assim fantástica.
O trabalho de Yorke não é do tipo explicável, é do tipo
que você só compreende ao ouvir. Então decide se gosta ou não.
A capa do disco é uma obra de arte a parte, totalmente
aberta a interpretações. Nela um cara de preto abre o mar com um movimento da
mão. O bacana é que esse cara de preto é a cara do Johnny Cash.
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar no 01Pd! Seja bem vindo e volte sempre!