domingo, junho 23, 2013

Thom Yorke - The Eraser, 2006

Dia 170 - Felipe Pereira 167

O Radiohead é uma das coisas mais poderosas já criadas pela humanidade, juntamente com o paracetamol, a vodka (para alguns) e os fones de ouvido. Acredito ferrenhamente que, sem algum desses inventos, a humanidade já haveria sido varrida da face da Terra por um holocausto nuclear.
Thom Yorke, o homem por trás do microfone, o líder e o cabeça do Radiohead é um ser humano fantástico por si só. É um paradoxo vivo: provavelmente o ser vivo mais feio da face da Terra, ao mesmo tempo que uma das mais belas e poderosas vozes vivas da humanidade.
Há quem o chame de gênio, mas as pessoas estão sempre exagerando quanto a esta nomenclatura. Eu particularmente concordo com esse título. E exagero ainda um pouco mais a respeito.
The Eraser, disco solo de Yorke, lançado em 2006 é uma bela demonstração dessa genialidade.
O único disco solo do cantor cativa e conquista o ouvinte logo de cara com as implacáveis The Eraser, composta com ajuda do guitarrista do Rhead, Bruce Greenwood, e Analyse, música que encerra o filme o Grande Truque do diretor Christopher Nolan.


Após ganhar a atenção do ouvinte com essas duas peças magníficas, Yorke parte para o que sabe fazer de melhor: sua piração sonora experimentalista e intimista.
Experimentação que, de tão diferenciada, chega a ser assustadora em alguns momentos. Como em Skip Divided, uma canção com uma sonoridade totalmente anormal, mas ainda assim fantástica.
O trabalho de Yorke não é do tipo explicável, é do tipo que você só compreende ao ouvir. Então decide se gosta ou não.
A capa do disco é uma obra de arte a parte, totalmente aberta a interpretações. Nela um cara de preto abre o mar com um movimento da mão. O bacana é que esse cara de preto é a cara do Johnny Cash.

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