The Messenger - Johnny Marr, ou: Boa noite, Mestre.

Dia 155. Michel 139.

(Os ingleses são foda!, parte 32554.)

Quem nunca ouviu The Smiths não poderá dizer como essa banda é/foi/será importante para a música mundial e para a história de todo adolescente/homem jovem que já esteve apaixonado.

Quando ouvimos The Smiths, sentimo-nos imediatamente tentados a dizer/pensar que o Morrissey é o cara. Quase tudo nos leva a pensar assim, dada a genialidade das letras, a sensibilidade das músicas e a postura do cara.

Mas o post de tem muito pouco a ver com Morrissey e The Smiths. Hoje falaremos de Johnny Marr e seu trabalho mais recente: "The Messenger" (2013).

Johnny Marr tem, atualmente, quarenta e nove anos. Sua voz é suave e íntima, sem a necessidade de ser agressiva. Sua guitarra é sua alma. Sua energia é infinita.

"The Messenger" é um disco que lembra muito pouco do Smiths. Através da guitarra vibrante de Marr, podemos claramente enxergar aqueles que foram influenciados por seu trabalho. É fácil de imaginar bandas como Oasis, Radiohead e Coldplay se ajoelhando e dizendo: "Boa noite, Mestre".

(Inclusive pode-se perceber uma similaridade altíssima entre o trabalho de Marr e de Noel Gallagher. Infelizmente, o Beady Eye de Liam não conseguiu chegar lá).

Um disco vigoroso, jovem, despretensioso, com sabor de banda de garagem, tardes de sábado e suco de abacaxi com hortelã. Um disco revigorante, com um Rock vivido, sentido e entranhado no mais profundo da medula espiritual.

Guitarras me mordam!

É muito gratificante saber que um dos maiores guitarristas do mundo ainda tem tanta música para dar. Cada faixa é um derramar-se, um inflamar-se, um diluir-se. Uma verdadeira aula de guitarra, e um tratado de amor à música, ao que ela tem de mais catártico e poderoso.

Putz, fazia tempo que eu não me empolgava tanto escutando um disco.



Escutem no volume máximo.

Boa noite a todos e até a próxima.

P.S.: Fiquem com a apresentação do cara na trilha sonora de Inception, do Hans Zimmer: "Dream Is Collapsing".