Dia 175. Michel 161.
"Se as portas da percepção fossem abertas,
tudo apareceria ao homem como realmente é: infinito."
William Blake
"The Doors" (1967) é o disco de estréia daquela que se tornaria uma das maiores e mais míticas bandas de todos os tempos: The Doors. Contando com o vocal de Jim Morrison, guitarras de Robby Krieger, teclados do lendário Ray Manzarek, baixo de Larry Knechtel e bateria de John Densmore.
Aqui podemos ver como a banda será até o fim: teclados e guitarras psicodélicas, bateria minimalista, baixo onipresente - e os vocais pandimensionais do Rei Lagarto.
É difícil encontrar no disco de estréia de algum artista ou grupo musical algo de tamanha qualidade. O blues-rock de The Doors ultrapassa a barreira do bom: é sublime. As músicas falam direto à nossa alma, num ritmo hipnótico, uma cantilena viciante e encantadora capaz de te colocar em transe, te por para dormir ou te conduzir à Terra das Fadas.
Que disco incrível. Quanto talento, quanta fúria contida, quanta visão! Ver além daquilo que aparenta ser, ir fundo na essência das coisas, nãos e contentar com aquilo que te dão...
William Blake
Definitivamente, um clássico.
Para vermos além, despidos de preconceitos, conceitos, formas mentais. Para vermos mais profunda e intensamente, vencer a barreira da carne, sintonizar as frequências primordiais e assistir ao nascimento e à morte das estrelas sob a perspectiva da eternidade...
Não, eu não recomendo este disco a você, caro 01pordianauta. Eu não posso.
Uma vez que a porta se abrir e você compreender que tudo o que existe é apenas uma maneira de perceber o que há, uma vez que você entender que tudo o que existe é apenas música vibrando em diferentes padrões e intensidades...
Você nunca mais será o mesmo.
Não, não escute esse disco.
Mas... se por acaso você quiser ir contra meu conselho: parabéns. Abra a porta.
Listen to The Doors.
Nos vemos por aí.
William Blake
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