Sticky Fingers - The Rolling Stones

Dia 165. Michel 148.

Ouvir "Sticky Fingers" é pensar e repensar o Rock 'N' Roll. É ver o trabalho de gênios, e perceber que, mesmo depois de tanto tempo, ainda é uma música impactante e cheia de significado e sentimento.

Não é fácil, mas é bonito. O trabalho dos Stones aqui é de deixar para trás qualquer dúvida de que o Rock é mesmo o estilo musical mais visceral e mais cheio de vida, em todas as suas texturas e nuances.

Há muito blues aqui. As guitarras são parte essencial do trabalho, com Keith Richards e Mick Taylor mandando ver. A voz de Jagger, rouca e entregue, cria o clima de álbum clássico. Como um conjunto, a banda está em perfeita sintonia, entregando um conjunto de músicas que serão lembradas para sempre.

"Wild Horses" talvez seja uma das músicas mais fortes deste disco. Sua melodia suave, com violões dedilhados e a voz sonhadora de Jagger, conduzem-nos facilmente para descampados que rumam para o horizonte, enquanto vemos manadas de cavalos selvagens correrem livremente em formação.

É um momento de êxtase.

Essa tem cara de Rolling Stones. As guitarras de Keith e Taylor duelam e se abraçam, dando gás à voz insana de Jagger, que solta Rock em cima de quem estiver perto. Brown Sugar!

Puro blues do Mississipi, You Gotta Move tem um balanço inigualável. Feel it!

É um daqueles que você, como fã de boa música, não pode deixar de ouvir.

Durmam ao som de "Wild Horses".

Até.