Dia 166 - Felipe Pereira 163
Star Trek Into Darkness - 2013
Dir: J.J. Abrams
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana
Eu nunca fui um fanático por Star Trek, sempre fui mais
ligado em Star Wars. Na verdade eu nunca me interessei pela saga do Sr. Spock e
do Capitão Kirk, sequer fui atrás e nada sabia a respeito. As coisas mudaram em
2009, quando JJ Abrams levou aos cinemas uma das mais espetaculares experiências
de todos os tempos (no que se diz respeito a ficção científica de ação). E o
que vou fazer hoje é analisar, bem brevemente e sem spoilers desnecessários, os
dois filmes da saga estelar de JJ Abrams.
Em Star Trek, de
2009, Abrams decidiu nos contar bem do comecinho a história de como se
formou e como se consolidou uma das maiores e mais clássicas equipes de
exploradores do espaço de todos os tempos: a tripulação da nave Enterprise,
formada pelo meio humano/meio Vulcano Spock (Zachary Quinto), o médico Leonard
McCoy (Karl Urban), o engenheiro Montgomery Scott (Simon Pegg), a oficial de
comunicações Nyota Uhura (Zoe Saldana), o piloto Hikaru Sulu (John Sho), o navegador
Pavel Chekov (Anton Yelchin) e o Capitão Kirk (Chris Pine).
Pouco antes de mostrar essa equipe se formando, o filme mostra um pouco da origem dos dois protagonistas, Spock e Kirk, desde suas infâncias até o momento em que tiveram, contra vontade, de dividir o mesmo deck e aturar um ao outro, o que acabou culminando em uma inabalável (em termos) e duradora parceria.
Pouco antes de mostrar essa equipe se formando, o filme mostra um pouco da origem dos dois protagonistas, Spock e Kirk, desde suas infâncias até o momento em que tiveram, contra vontade, de dividir o mesmo deck e aturar um ao outro, o que acabou culminando em uma inabalável (em termos) e duradora parceria.
Porém um inimigo poderoso e agressivo, Nero, põe em risco
a vida de todos na nave em nome de uma vingança pessoal contra o inadvertido
Spock.
Já Em Star Trek - Into
Darkness, 2013 a tripulação da Enterprise enfrenta um novo inimigo, seu
nome é John Harrisson, um ex-integrante da Federação que se renegou e se tornou
um agente terrorista implacável e imprevisível. Nesse mesmo momento, após uma
ação irresponsável que violou inúmeras regras e pôs em risco a vida dos
tripulantes da Enterprise, o Capitão James Kirk (Chris Pine) é afastado de seu
posto e rebaixado a imediato do Capitão Christopher Pike (Bruce Greenwood). Porém,
Harrisson executa um novo atentado contra a Federação que acaba por reunir a
fragmentada tripulação de Kirk e coloca-o de volta no comando da nave em uma
missão que pode ser sua última.
Protagonistas
Os dois únicos personagens a terem suas origens
explicadas detalhadamente na série dirigida por Abrams são os protagonistas James
T. Kirk e o Sr. Spock. O que não tomou dez minutos do filme anterior, embasou
magnificamente cada um dos personagens e detalhou muito bem suas personalidade
e suas motivações.
James T. Kirk (Chris Pine) nasceu em combate. A nave na qual seu pai era
tripulante e veio, por 12 minutos, a se tornar capitão, a USS Kelvin, foi destruída
causando a morte de George Kirk (Chris Hemsworth em seu melhor papel, sem
ironia, a atuação do sujeito realmente engana o suficiente a ponto de fazê-lo
parecer um bom ator) durante o nascimento de seu único filho, Jim Kirk. Futuramente
Jim viria a se tornar um desocupado e mulherengo que vivia de brigas e
bebedeiras, até o dia em que encontrou Christopher Pike, que o convenceu a se
alistar para a frota. Kirk não só se alista como se torna capitão da nave.
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Spock (Zachary Quinto) é filho de um Vulcano com uma humana. Spock foi treinado e ensinado sua vida inteira a ser o melhor e o mais frio em tudo o que fizesse. Seu futuro estava fadado ao sucesso desde o início de seus dias. Exceto por um detalhe: o sangue humano que corria em suas veias e as emoções que sempre nublavam sua mente. Porém o lado racional sempre prevalece. Exceto quando as pessoas próximas correm riscos. Como quando Spock assistiu seu planeta ser destruído e sua mãe ser morta por uma nave romulana.
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Em Into Darkness o que acontece é praticamente um remake, em questão de roteiro, do filme anterior. A estrutura dos dois é muito semelhante, sendo que desta vez não é preciso apresentar os personagens, apenas desenvolvê-los e introduzir alguns novos. A ação é constante, assim como no anterior, desde o primeiro minuto. O filme já se inicia em uma correria frenética num planeta alienígena desconhecido, com o objetivo de impedir uma erupção vulcânica que causaria a destruição da vida no planeta e o fracasso de uma missão liderada por Kirk. Porém, para salvar a vida de Spock, que entrou no vulcão para instalar um equipamento que conteria a erupção, Kirk viola uma das mais importantes regras da federação: não interferir no processo de evolução tecnológica ou intelectual natural de qualquer civilização. E essa cena é genial por que, para atrair a atenção do povo da região, Kirk rouba um ídolo sagrado deles e, em certo ponto, o posiciona de uma maneira que eles não possam fazer nada além de se ajoelhar e rezar para o ídolo. E quando avistam a nave, monstruosa (a Enterprise é tratada como algo inacreditavelmente poderoso e colossal), um povo que não havia sequer inventado a roda, eles ficam maravilhados por aquele acontecimento, largam o ídolo no chão e começam a desenhar aquela forma alienígena na areia. Essa cena poderia facilmente ser uma daquelas sacadas inteligentes e dispensáveis, como ocorre com muita frequência em produções do gênero, mas ela ecoa e influencia toda a trama.
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Em Into Darkness o que acontece é praticamente um remake, em questão de roteiro, do filme anterior. A estrutura dos dois é muito semelhante, sendo que desta vez não é preciso apresentar os personagens, apenas desenvolvê-los e introduzir alguns novos. A ação é constante, assim como no anterior, desde o primeiro minuto. O filme já se inicia em uma correria frenética num planeta alienígena desconhecido, com o objetivo de impedir uma erupção vulcânica que causaria a destruição da vida no planeta e o fracasso de uma missão liderada por Kirk. Porém, para salvar a vida de Spock, que entrou no vulcão para instalar um equipamento que conteria a erupção, Kirk viola uma das mais importantes regras da federação: não interferir no processo de evolução tecnológica ou intelectual natural de qualquer civilização. E essa cena é genial por que, para atrair a atenção do povo da região, Kirk rouba um ídolo sagrado deles e, em certo ponto, o posiciona de uma maneira que eles não possam fazer nada além de se ajoelhar e rezar para o ídolo. E quando avistam a nave, monstruosa (a Enterprise é tratada como algo inacreditavelmente poderoso e colossal), um povo que não havia sequer inventado a roda, eles ficam maravilhados por aquele acontecimento, largam o ídolo no chão e começam a desenhar aquela forma alienígena na areia. Essa cena poderia facilmente ser uma daquelas sacadas inteligentes e dispensáveis, como ocorre com muita frequência em produções do gênero, mas ela ecoa e influencia toda a trama.
Logo em seguida vemos um casal que está com a filha no
hospital. A menina aparentemente está em seus últimos dias de vida, sofrendo
com uma doença sem cura (aparentemente esse ainda não é o futuro perfeito retratado
na série de TV, mas caminha para ele) e sem expectativa de dias longos e
prósperos. É quando John Harrison aborda o pai da menina oferecendo uma cura
para sua enfermidade. O cara aceita de imediato e sua filha se cura
instantaneamente. Mas Harrison pede ao pai algo em troca. Ele pede que o
sujeito entre num prédio da federação e detone uma bomba que leva tudo aos
ares. A cena é espetacular, uma explosão que sacode a sala do cinema, mas que
não debanda para o explosion porn (como acontece direto com o Michael Bay). Aliás
tudo em STID é bem dosado: humor, drama, ação, aventura...
Sinceramente não há defeitos graves em Into Darkness, não
há nada que destoe ou que venha a reduzir a qualidade da obra em nada. Ele é o
que promete ser: um blockbuster divertido e frenético que eleva a adrenalina ao
máximo com ação e aventura que só crescem. O roteiro mantém a simplicidade
narrativa do capítulo anterior, mantém o ritmo alucinado e a ação bem
coordenada, mas adiciona coisas novas, personagens novos e expande a mitologia reintroduzida
no filme de 2009.
Vilões
Em 2009 Nero
tocou o terror no Espaço Sideral (que frase genérica). O romulano viajou no
tempo esperando o momento certo de rever seu nêmese, o homem que supostamente
havia vitimado seu planeta e sua gente: Spock. Como parte de sua vingança Nero
destruiu Vulcano, matando a mãe de Spock bem diante dos seus olhos. Esse evento
abalou as estruturas da tripulação inteira e influenciou diretamente no futuro
da série, fazendo com que Spock saísse do comando e desse o posto de capitão
para Kirk. Nero foi interpretado pelo australiano Eric Bana e serviu bem ao
seu propósito. O vilão não era exatamente o foco da produção de 2009, ele foi
mais um detalhe de roteiro, um conflito necessário para o desenvolvimento dos
personagens. E ainda assim conseguiu causar uma dor de cabeça respeitável.
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Em 2013 o vilão atende pelo nome de John Harrisson,
supostamente um ex-membro da federação que havia se rebelado e iniciado uma
série de atentados terroristas sem explicação aparente. Porém, em certo ponto
do filme, Harrisson revela sua motivação e sua real identidade. Ele na verdade
é Khan, um homem tão brilhante
quanto cruel, um sujeito sem honra ou escrúpulos que fará qualquer coisa para
cumprir seu objetivo. E um inimigo à altura de Kirk e Spock. Não vamos revelar
mais que isso por hora, tudo bem pra vocês?
Khan/Harrisson é interpretado pelo britânico Benedict
Cumberbatch, o Sherlock Holmes da série da BBC. E o sujeito é um ator à altura
do personagem, encarna seu brilhantismo (que fique bem claro: Khan não é um
louco, é um sujeito inteligentíssimo com um propósito bem definido e que está
disposto a matar seja quem for para cumpri-lo) e crueldade de forma convincente
e assustadora. Um vilão que com certeza voltará a der as caras muito em breve.
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A interação entre Kirk, Spock e Khan é fantástica. Os
três atores encarnam seus personagens com muita credibilidade. A dinâmica entre
os três é variada e nada repetitiva. Khan chega a se aliar aos dois para
atingir seu objetivo. Ele os manipula apenas contando a verdade e os dois caem
na conversa dele por subestimar o oponente. Entram no jogo dele com a ideia de
que podem derota-lo quando atingirem os próprios objetivos. Khan não é só mais
inteligente, como é mais forte e habilidoso que eles. As cenas de luta entre os
três são excelentes e muito bem coreografadas.
O mérito de Into Darkness não vai só para o diretor (JJ
Abrams, seguro em sua fórmula infalível) e os atores. A trilha sonora, a
fotografia, a edição (afiada e certeira) e os efeitos visuais são impecáveis. O
compositor Michael Giacchino dá um toque tão característico e relevante ao
filme quanto o próprio Abrams, sua trilha sonora conduz a história.
Filmes tão bem executados sempre geram uma vontade involuntária
de encontrar um defeito, uma falha de roteiro, uma cena desnecessária (até a
seminudez de Alice Eve tem seu motivo. E que motivo...), ou algo mal explorado.
Star Trek é redondo! Tanto o de 2009 quanto o de 2013!
Não são perfeitos, mas as falhas são tão mínimas em
comparação com a qualidade que não vale a pena menciona-las.
Além disso todo o elenco tem espaço para desenvolver seus
personagens e cada um deles tem sua relevância à trama. Até alguns figurantes
tem sua razão de existir.
Então, diante de tudo isso, nada mais justo que dar para
os dois filmes a nota máxima:
-
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Sem falar nas cenas que nos fazem encher os olhos d'água, ou que dão aquele clássico "puta que pariu, mêrmão, eles conseguiram encaixar isso!"
ResponderExcluirNo fim? Filmaço. Cinco Enterprises.