quinta-feira, junho 06, 2013

Acústico 2 - Nenhum de Nós, Por Euclides Sousa.

Por Euclides Sousa . Dia 155. 140.

Finalmente o Michel me deixou sair um pouco. O último post que fiz - o do Linkin Park - ficou tão violento que ele me trancafiou no sótão por uns dias aí. Mas ele se sente culpado e me deixa sair.

E quando eu saio tomo de conta.

Hoje eu vou falar sobre o Nenhum de Nós, que é uma banda fora do comum. Fora dos padrões daquilo que chamam - erroneamente - de pop-rock, o NDN faz música para seus fãs, que normalmente são pessoas sensíveis e de bom gosto.

Eu, claro, sou fã deles. :P

Enfim: hoje falaremos do álbum "Acústico 02 Ao Vivo", de 2003. Eu o chamarei carinhosamente de "Acústico 02".

Aqui no 01Pd é legal porque nós falamos de sentimentos. Nenhum de nós aqui - hehehehehe - tem a pretensão de ser um hiper-mega-foda entendedor de porra nenhuma. A gente curte as coisas e fala sobre elas sem aquela pose de crítico de arte, saca? Até porque essa pose pedante é muito cansativa. Essa coisa de ficar tentando mostrar que é superior, e tal... isso é coisa de gente que não tem o que fazer.

Mas, desabafos à parte, vou falar desse disco, que eu gosto demais. Eu me identifico com os dramas das músicas, cada historinha - mesmo as mais bobas. Geralmente é aquela do nerd que se apaixona pela menina mais bonita, e a menina bonita deixa ele pelo malandrão da sala - ou do trabalho -, e depois fica querendo voltar, arrependida...


É claro que se fosse o banana do Michel ia vir cheio de perdões e poesias, pois ele tem dessas frescuras. Eu apenas daria cinco reais para ela tomar o rumo de casa e desaparecer.

Cada música conta então essas historinhas melosas de amor, e causam em nós esses sintomas de identificação, mexendo com os sentimentos que fazemos força para deixar escondidos. Aí você fica de coração mole, querendo acreditar que o amor existe e tal, mesmo sabendo que isso tudo é bobagem, coisa de hormônios e neurotransmissores e ilusões plantadas em nossa cabeça pela mídia consumista que quer vender presentes.

O que não impede a gente de curtir as músicas. Os arranjos bem feitos, o acordeon, o banjo e a cítara dando um suporte todo diferenciado a cada faixa... tornando a experiência do álbum uma coisa inédita no panorama musical nacional, já tão cansado e entediado pelo mais do mesmo dessas bandinhas de posers coloridos, se é que você me entende.

Enfim, um disco memorável, que vai te fazer lembrar de todos os engodos e tropeços pelos quais você já passou na tua vida amorosa.

Mas é o caso de ouvir sem frescura demais, ok?

Até a próxima. Vou aproveitar enquanto estou no controle. A gente se vê.

P.S.: Aqui e acolá o Michel tentou se intrometer no texto, e eu deixei, pois, às vezes, ele até que escreve umas coisas legais. 

P.S.2: Tem dois caras amigos nossos, o Alex Martins e o Magno Matos, que se amarram nesse disco. Olha o lembrete, valeu galera.

Um comentário:

  1. Em casa tranquilo, lendo uma coisa aqui e outra ali vi este post e não podia deixar de agradecer ao Euclides Sousa pelo tiro certeiro no peito, também pelo choque de realidade irreal. Coisa de um ser adimensional... que vez por outra habita esse plano por vezes consumindo, por outras recriando. Saudações de Arcana.

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