Existem várias pessoas e estilos,
um cérebro, uma princesa, o rebelde, a psicótica e o atleta.
Janiê Maia Saintclair 04. Dia 119
Olá!!! De volta depois de um tempinho afastada,
coisas pessoais! Estudos! E, não posso deixar de mencionar, que esta é a minha
primeira postagem oficial no 01PorDia! Uhuuuuu! Valeu genteeee! Então vamos ao
que interessa, mais uma crítica vem aí. E ao olharem a imagem acima vocês
pensaram “que velharia de filme é esse?” Opps! Velharia não, é um clássico
ultra, mega cult, e como tais nunca envelhecem. O Clube dos Cinco (The Breakfast
Club) é um filme norte-americano do gênero drama produzido em 1985.
Foi escrito e dirigido por John Hughes e estrelado por Emilio Estevez (Andrew "Andy" Clark), Molly Ringwald (Claire Standish), Judd Nelson (John Bender), Anthony Michael Hall (Brian
Johnson), Ally Sheedy (Allison
Reynolds), Paul Gleason (Diretor
Richard Vernon). A década de 80 é o baú
dos tesouros para filmes cool, e
este é um deles, ele simplesmente é perfeito em sua proposta inicial: mostrar o
quadro caraterístico da juventude da época. Acertou em cheio, e continua sendo
atual, mesmo 26 anos depois.
O filme
começa com a narração da seguinte carta: Sábado,
24 mar 1984. Shermer High School, Shermer, Illinois. 60062. "Caro
Sr. Vernon, aceitamos o fato de que nós tivemos que sacrificar um sábado
inteiro na detenção pelo que fizemos de errado ... e o que fizemos foi errado,
mas acho que você está louco por nos fazer escrever este texto dizendo-lhe o
que pensamos de nós mesmos. Que te importa? Você nos enxerga como você deseja
nos enxergar ... Em termos mais simples e com definições mais convenientes.
Você nos enxerga como um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um
criminoso. Correto? Essa é a maneira que nós nos víamos, às sete horas desta manhã.
Passamos por uma lavagem cerebral." Sim, uma carta, escrita
e narrada pelo até então desconhecido ‘nerd’ Brian (Anthony Michael Hall). No decorrer da narração, é exposta as
imagens da escola em questão, e da chegada dos cinco castigados, uns vindos de carro, com pais e mães indo deixar com
‘segurança e preocupação’ na porta da escola. De início dá para sentir o
conflito existente na vida destes, os problemas na escola são causados por
conflitos na família? É a primeira pergunta que paira no ar.
Assim o longa mostra um dia na vida de cinco adolescentes,
que por terem se comportado mal na escola, ficam
detidos nesta, um sábado inteiro como uma forma de penalidade educacional, cada
um apresentando personalidade diferentes mas no decorrer da história vão trocar
experiências que mudarão suas vidas ao se conhecerem melhor. Ou seja, uma ideia
simples, inovadora, pode ser considerada minimalista, mas considero brilhante
porque mostra que um ótimo filme não precisa de um alto custo de produção.
Como atividade educacional,
uma chatice daquelas e no sábado, o diretor da escola Richard (Paul Gleason) passa
uma redação com no mínimo mil palavras, sendo que o tema da redação consistia
em falar como eles enxergavam eles mesmos. Daí começa a fodástica história,
nenhum deles pode se mover de seus cantos, se falarem ou saírem da sala. Cruel,
muito cruel, para cinco adolescentes que podiam está se divertindo num sábado
de sol!
Vamos ver
quem forma este tão maneiro clube? Vejamos: o rebelde John Bender (Judd Nelson), quanto
charme e rebeldia, comecei com o meu preferido! Adoroo! O ator Judd Nelson dá vida a Bender, o personagem que dá um up no
enredo. O moço aí ao lado é magistralmente o mais rebelde, enfrenta problema
familiares graves, não causa uma boa impressão à primeira vista. Mas depois, no
decorrer dá história você começa a entender o porquê de ele ser ‘desprezível’
inicialmente. Ele e Claire, a
princesa, vão ter uma relação de amor e ódio, uma linha bem tênue. Despreza a
tudo e a todos, não importa em ferir os sentimentos dos outros, porque ele
mesmo já está bem ferido. Por que tanta rebeldia? Não posso contar, assistam! Detenção causada por vandalismo escolar e indisciplina.
Brian Johnson (Anthony Michael
Hall), o cérebro. É o nosso
tão conhecido nerd, é ele que narra e define a carta tão legal que representa
todos eles. Ou seja, ele define a característica de cada um, o amigão de todos,
super legal, o chamado cara gente fina! Segundo Bender, ele é o filho
perfeito de todo papai! Adoro essas ironias!! Ele começa tímido, calado, mas
vai se tornando bem descolado ao fumar uma maconha, o ajudou!
O coitado sofre na família por ser o
inteligente, que não pode tirar menos de 10 nas avaliações. Detenção causada
por levar uma “arma” para a escola. Isso é engraçado!
Andrew "Andy" Clark (Emilio Estevez), o atleta. Hummm! Acho
que nem preciso definir detalhadamente este personagem. Mais uma coisa o torna
diferente dos outros, ele é o mais tranquilo e doce. Pois é, que ironia não?
Logo o lutador! Mas é como dizem, as aparências enganam e muito.
Andy sofre,
porque o pai o pressiona bastante para ele ser sempre o melhor atleta, e para
ser como aqueles idiotas que praticam bullying com os não populares. Detenção
causada por praticar bullying cruel em um
colega para agradar o pai.
Allison Reynolds (Ally Sheedy), o caso perdido.
É a personagem mais misteriosa
do clube, de início chegamos a pensar que ela sofre algum distúrbio mental. Uma
péssima primeira impressão. O problema dela não é a pressão dos pais, e sim, a
ausência deles, não que ela seja órfã, quase isso, eles a ignoram.
Os pais de Allison simplesmente não se
importam, por isso sempre age estranhamente, de modo a causar desconforto e
curiosidade ao outros. Adoro ela! Ela representa às vezes o mundo a parte em
que nós jovens temos que nos refugiar. Detenção causada por, ah ela não
fez nada, foi para escola porquê não tinha o que fazer no sábado. Genial!
Uauuu!
Cinco figuras diferentes e tão iguais. No decorrer do filme irá acontecer cenas
super legais, a trilha sonora é sem igual, anos 80 puro, na sua melhor forma. E
quando eles cantam e dançam dá vontade de ir junto, de viajar no tempo. E ficar
frustrado ao mesmo tempo, por não ter participado de uma geração tão original.
O elenco do filme é espetacular, jovens atores promissores. Eles faziam parte da
turma de cinema Brat Pack, são atores e atrizes
que alcançaram a fama por aparecerem frequentemente juntos em filmes para adolescentes nos anos
80.
Ah, não posso deixar de comentar uma cena clássica em que os
cinco se encontram sentados em círculo no chão da biblioteca e começam a contar
sobre o porquê da detenção, daí surge as revelações sobre os problemas que cada
um tem.
O curioso é que no
roteiro original esta cena não tinha falas, e o diretor deixou livre para que
cada ator falasse o que quisesse. Acho que está aí a razão da espontaneidade e
profundidade dos diálogos e isso sem falar que o roteiro do filme foi escrito
em dois dias pelo diretor John Hughes.
O Clube dos Cinco é um filme que não é cansativo,
se fosse não o teria assistido tantas vezes, por isso recomendo a vocês. É um
clássico antes de tudo, a grande genialidade do filme está nisso, a juventude
mostrada sem máscaras e sem pudores, tais como: oh não fale palavrões! Em 2008, o filme foi escolhido como um dos 500
melhores filmes de todos os tempos, ganhando popularidade cultural até
hoje. Todos
temos nosso clube dos cinco, dos seis, não importando a quantidade, e sim a
particularidade que temos. E são elas que fazem a complexidade do ser que
somos, especialmente na juventude tão transviada quanto se vê rompendo leis.
Parafraseando Brian: “você
nos enxerga como você deseja nos enxergar. Em termos mais simples e com as
definições mais convenientes.”
Fuizzz...Bjoossss
Janiê Maia Cunha Saintclair
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