Dia 117 - Felipe Pereira 112
Iron Man – 2008
Dir: Jon Favreau
Elenco: Robert Downey Jr, Jeff Bridges, Terrence Howard e
Gwyneth Paltrow.
Iron Man 2 – 2010
Dir: Jon Favreau
Elenco: Robert Downey Jr, Gwyneth Paltrow, Mickey Rourke,
Scarlett Johansson e Don Cheadle.
Ano passado, às vésperas da estreia de Vingadores, eu e
uma galerinha do barulho tivemos a oportunidade de ver todos os filmes da
MARVEL lançados até então no cinema numa única noite. Atestar o quanto Homem de
Ferro é um filmaço, o quanto Hulk é bacaninha, Homem de Ferro 2 é bom, mas
poderia ser melhor, não pudemos atestar o quanto Thor é chato por que dormimos
o filme todo e, por fim, o quanto Capitão América melhora visto na tela grande.
Mas eis que este ano, mais exatamente dia 26/04/2013 (ontem)
estreou Homem de Ferro 3.
E é mais do que óbvio que hoje nós...
Não falaremos dele.
Mas dos dois anteriores, pra dar aquela esquentada,
aquela aquecida de propulsores antes de voltar para o cinemas para rever nosso
querido Tony Stark.
Mentira! Eu só não tenho grana pra ver agora, fiquei
cheio de vontade e tive de me contentar em rever os dois anteriores.
E vou dar aqui uma pincelada rápida no que acontece nos
dois filmes: história, pontos altos, pontos baixos e, por fim, suas respectivas
notas.
O primeiro filme conta a história de Tony Stark, um
bilionário do ramo armamentista que é sequestrado por terroristas no Iraque e
quase morre ao ser forçado a reconstruir numa caverna as armas que ele mesmo
desenvolve. E ao ver o seu trabalho sendo usado para fins nada nobres (não que
ele se importe com fins nobres), o cara toma um rumo na vida, tem uma epifania
heroica e decide sair da caverna, voltar pra casa e resetar sua vida, dar cabo
da divisão bélica de sua corporação e fazer o bem ao próximo. Mas do jeito
dele.
Dentro da caverna, com a ajuda de um companheiro de
cativeiro, Tony desenvolve o protótipo de uma armadura que...
Pera. Cês conhecem esse filme de cabo a rabo, né não?
Bora pro que interessa!
Homem de Ferro é para o cinema de super herói o que os jornalistas
pedantes e os estudantes de letras e teatro costumam classificar como “um
divisor de águas”. Não só para as adaptações de quadrinhos, mas também para a
carreira de Robert Downey Jr., a lenda. É um puta filmaço, definiu o roteiro de
praticamente todos os filmes de herói que vieram a seguir, definiu a estrutura
de metade dos filmes da MARVEL Studios e redefiniu o que nós entendemos por
identidade secreta e alter ego. Basicamente mandou o alter pro diabo que o
parta, manteve apenas o ego. Um ego gigante e metálico. Além disso elevou a
outro nível o que nós conhecemos como adaptação de HQ. Depois de Homem de Ferro
a indústria do cinema teve de passar a pensar tanto no público adulto quanto no
infantil, ganhou visibilidade e credibilidade. Além de que abriu a porta para o
que viria a se tornar o Maior Filme de Herói de Todos Os Tempos. Mas não
entremos nessa discussão por que nem eu concordo nesse ponto.
Já na segunda parte, vencidos os desafios do primeiro,
vilões derrotados e donzelas salvas, Tony Stark se considera inatingível e
implacável. Bate de frente com a lei, desafia o governo, vai de encontro aos
militares e causa a fúria de inimigos inesperados. Enquanto planos são tramados
por baixo dos panos, tudo o que Stark quer é pôr à prova os próprios limites,
seja como homem ou como máquina. Ao mesmo tempo em que se mostra incrivelmente confiante
e decidido, em segredo ele está morrendo por envenenamento causado pelo gerador
que o impede de morrer instantaneamente. A bateria que o faz funcionar também
causa ferrugem.
Tudo isso enquanto um russo maluco decidiu que o quer
morto e seu rival na indústria armamentista decidiu partir para o terrorismo
pra derrota-lo.
E, claro, Viúva Negra...
O Heroi: Esse nós conhecemos bem e depois dele herói nenhum
seria (ou poderia ser) como antes. Depois que Robert Downey Jr. Encarnou a si
mesmo de uma forma tão canalha e surtada, herói nenhum poderia ser totalmente
bonzinho. Tanto que dos filmes seguintes da MARVEL, com seus heróis totalmente
corretos e totalmente heroicos, quem se destacou mais foi o vilão. Loki,
Caveira Vermelha... o Hulk ganhou o destaque dele na porrada, então não conta. O
ponto é que Tony Stark é um cara incrível e divertidíssimo. Na tela. Por que
nenhum de vocês conseguiria conviver com o sujeito na vida real sem pirar.
As Mocinhas: Em sua primeira aventura Tony Stark se
entrega a um milhão de mulheres, mas apenas uma tem seu coração (oooown): Peper
Potts, interpretada por uma sumida Gwyneth Paltrow, que apareceu aqui mais
bonita e carismática que de costume e aproveitou pra dar um up na própria
carreira.
Quem veio em seguida, em Homem de Ferro 2 foi Natalie
Rushman, pseudônimo de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson, Afrodite reencarnada),
a espiã Viúva Negra, disfarçada de secretária/estagiária de Tony, mas a serviço
da Shield e trabalhando para Nick Fury. Ela meio que serve de Link entre HdF e
Vingadores e rende alguns momentos interessantes, mas a personagem em si não
tem grande relevância à trama.
Os Vilões: Em 2008 tivemos uma célula terrorista do
Oriente Médio que serviu de laranja durante boa parte da história a fim de
esconder o verdadeiro bandido da porra toda: Obadiah Stane (Jeff Bridges, O
Cara), amigo e mentor de Tony Stark, amigo da família e do pai de Tony, Obadiah
financiou o sequestro do herói, quase causou sua morte e, não satisfeito,
roubou sua tecnologia e fez sua própria super armadura monstruosa para
aniquilar o sujeito de uma vez por todas.
Morreu de uma forma patética num final ridículo, mas é
aquela coisa: a jornada, não o destino.
Em 2010 tivemos Ivan Vanko (Mickey Rourke, excelente), um
russo filho de engenheiro que trabalhou e foi demitido pelo pai de Tony e morreu
na miséria. Vanko toma as dores do pai e decide se vingar. Se alia ao
concorrente de Tony, Justin Hammer (Sam Rockwell, alucinado) e cria um exército
de robôs com o objetivo de destruir Tony e seu legado na frente do país. Homem
de Ferro 2 sofre do mesmo “mal da jornada” e morre na praia, com um final tão
ruim quanto o do primeiro.
O Diretor: Jon Favreau foi um tiro no escuro e uma aposta
certeira. O cara é um comediante com pouquíssima experiência na direção, tinha
tudo pra dar errado. Não deu! O sujeito podia ser inexperiente, mas tinha algo
que fez toda a diferença: sangue nerd correndo nas veias. Seus HdF não são
perfeitos, mas são excelentes! E o sujeito ganhou seu lugar no panteão dos
grandes diretores de adaptações de HQs, coisa muito específica, mas muito
válida.
O maior ponto forte dos dois HdF é sem dúvida a forma
como a história é contada, o ritmo que se dá e o jeito que encontraram de
contar a origem do sujeito e a forma como ele se desenvolve e amadurece, como herói
e como ser humano. E, claro, o Robert Downey Jr. E o responsável por me tornar
um fã tão grande desse maluco foi justamente esses filmes. O ritmo frenético de
aventura, a trilha sonora impecável (AC/DC, Black Sabath...), eu que não era fã
de rock clássico mais pesado me apaixonei! Provavelmente o grande pecado de
Hdf, que também se repete no segundo, é o clímax. Ou a falta dele. O desenrolar
apressado das coisas, o final fraco de seus ótimos vilões... Mas tirando isso,
são produtos de qualidade, divertidíssimos e são feitos pra ver e rever um
milhão de vezes.
Homem de Ferro:
Homem de Ferro 2:
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