Finalmente a estreia da mais nova série da NBC, HANNIBAL, desenvolvida por Bryan Fuller. Baseada nos personagem e elementos dos livros escritos por Thomas Harris, mais especificamente em Dragão Vermelho, a história tem seu foco na construção do relacionamento do investigador do FBI Will Graham e o psiquiatra forense Dr. Hannibal Lecter.
Will Graham (Hugh Dancy) traça perfis de criminosos para o FBI. Will tem a capacidade unica de pensamento que o permite estabelecer empatia fácil com os psicopatas que ele investiga. Isso faz com que ele tenha não apenas uma melhor compreensão do que eles sentem, mas também as motivações de suas ações e o que os leva a comete-las. Aliada a isso está a sua capacidade de recriar os crimes que investiga de maneira vivida e precisa. Essa maneira fácil de ler as pessoas, tem seu preço. Will não consegue se socializar com as pessoas "normais", fazendo com que ele se esconda como professor na academia do FBI.
Este primeiro episódio foi escrito pelo próprio Fuller, que decidiu nos mostrar a dimensão da psique de Will e que sua personalidade é tão complexa quanto a de Lecter. Todos conhecemos o poder que existe na mitologia de Hannibal Lecter, mas exatamente como no livro Dragão Vermelho aprenderemos como é o ponto de vista de Will, não somente a respeito dos crimes que ele investigará, mas também a respeito de Lecter e o conturbado e interessante relacionamento dividido pelos dois. Mais ainda, saberemos o peso carregado por Will como resultado de toda essa empatia.
Do universo da mitologia de Hannibal, ainda temos o Dr. Bloom, mesmo que agora seja uma mulher, a Dra Alana Bloom (Caroline Dhavenas) que representará o fator comum entre Graham e Lecter, exatamente como é para ser. Outra alteração de sexo sofreu também Freddy Lounds, agora Freddier Lounds a jornalista, que ao que parece continuará sendo uma pedra no sapato de Will.
Alterações de cores na fotografia são as ferramentas de Bryan Fuller para explicar situações e marcar as nuances na personalidade de Will. Cores vivas indicam Will no controle da situação, aquele que domina como ninguém a arte de entender psicopatas ou até mesmo em seus momentos de adrenalina. Cores cinzentas indicam a vida de Will e seu medo social, que tem como hábito de levar para casa todo cachorro abandonado que encontre. Solidão? A verdade é que Fuller trabalha com uma estética visual muito própria que funciona bem com a direção de Davis Slade.
Não funciona bem um roteiro em que os atores não nos faça acreditar nas situações apresentada, e claro que é difícil um ator encarar um personagem previamente vivido por Sir Antonhy Hopkins, ainda mais quando esse personagem é Hannibal Lecter. Mas estou seguro em dizer que Mads Mikkelsen segurou bem o tranco e adquiriu alguns trejeitos próprio nas construção de seu Hannibal. Desde um simples olhar ou uma virada de cabeça até o saborear da comida, sua interpretação foi sutil e satisfatória. Mas o dono desse episódio é Hugh Dancy, muito para minha surpresa. Ele conseguiu de uma só vez trazer profundidade, ambiguidade e carisma para seu Will. Também nos mostrou com autoridade um personagem interessante, complexo e repleto de particularidades e cicatrizes. Laurence Fishburne sempre é muito bom (saudades do Morpheus).
Tivemos um ótimo começo para uma impressionante dinâmica em formação entre Will e Lecter. O dialogo entre os dois no quarto de hotel foi simples, mas com muito significado na sutileza das entrelinhas como é próprio de duas grandes inteligências ao interagirem e Will será mesmo o mangusto embaixo da casa infestada de cobras que é Hannibal Lecter, e como mostrado o Dr fará tudo a seu alcance para Will entrar de cabeça no jogo. Todos já sabemos o resultado desse jogo entre os dois. Só espero que que Will pare de aceitar comida servida por Lecter, caso contrario pulmão humano flambado será o menos de seus problemas.
Hugh Dancy, Mads Mikkelsen e Laurence Fishbourne |
O chefe do departamento de ciências do comportamento do FBI Jack Crawford (Laurence Fishburn), está de olho nessa capacidade de Will e o convoca para ajudar na investigação do desaparecimento de oito garotas. Will, e só saberemos disso no segundo episódio - já esteve em campo pelo departamento de homicídios da policia, e ao que parece seus dons não ajudaram muito. O interesse de Jack, apesar disso traz preocupações quanto a seu comportamento e por isso convoca ninguém menos que o Dr Lecter (Mads Mikkelsen) para de certo modo entrar na sua cabeça. A proposito, preparem-se para ver isso como uma constante na série, pessoas tentando entrar na cabeça de pessoas. O Dr Lecter rapidamente interessas-se por Will, exatamente por enxergar no jovem investigador uma inteligência similar a sua.
Este primeiro episódio foi escrito pelo próprio Fuller, que decidiu nos mostrar a dimensão da psique de Will e que sua personalidade é tão complexa quanto a de Lecter. Todos conhecemos o poder que existe na mitologia de Hannibal Lecter, mas exatamente como no livro Dragão Vermelho aprenderemos como é o ponto de vista de Will, não somente a respeito dos crimes que ele investigará, mas também a respeito de Lecter e o conturbado e interessante relacionamento dividido pelos dois. Mais ainda, saberemos o peso carregado por Will como resultado de toda essa empatia.
Do universo da mitologia de Hannibal, ainda temos o Dr. Bloom, mesmo que agora seja uma mulher, a Dra Alana Bloom (Caroline Dhavenas) que representará o fator comum entre Graham e Lecter, exatamente como é para ser. Outra alteração de sexo sofreu também Freddy Lounds, agora Freddier Lounds a jornalista, que ao que parece continuará sendo uma pedra no sapato de Will.
Alterações de cores na fotografia são as ferramentas de Bryan Fuller para explicar situações e marcar as nuances na personalidade de Will. Cores vivas indicam Will no controle da situação, aquele que domina como ninguém a arte de entender psicopatas ou até mesmo em seus momentos de adrenalina. Cores cinzentas indicam a vida de Will e seu medo social, que tem como hábito de levar para casa todo cachorro abandonado que encontre. Solidão? A verdade é que Fuller trabalha com uma estética visual muito própria que funciona bem com a direção de Davis Slade.
A bela da série - A Jornlista Freddie Lounds |
Tivemos um ótimo começo para uma impressionante dinâmica em formação entre Will e Lecter. O dialogo entre os dois no quarto de hotel foi simples, mas com muito significado na sutileza das entrelinhas como é próprio de duas grandes inteligências ao interagirem e Will será mesmo o mangusto embaixo da casa infestada de cobras que é Hannibal Lecter, e como mostrado o Dr fará tudo a seu alcance para Will entrar de cabeça no jogo. Todos já sabemos o resultado desse jogo entre os dois. Só espero que que Will pare de aceitar comida servida por Lecter, caso contrario pulmão humano flambado será o menos de seus problemas.
Dr Hannibal Lecter |
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