sábado, abril 13, 2013

Gigantes de Aço (Uma postagem surtada, sem foco e mais uma vez nada é dito)

Dia 103 - Felipe Pereira  99
Real Steel - 2011
Dir: Shawn Levy
Elenco: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Evangeline Lilly, Kevin Durand e Anthony Mackie.

Shawn Levy é um daqueles diretores que os estúdios adoram por que eles gastam pouco e fazem muito dinheiro e nem sempre com bons filmes, sabe? Aqueles caras que tem uma pegada meio Disney Home Video, aqueles caras que fazem filmes pipoca com o Ashton Kutcher, comédias que terminam com beijo em aeroporto, famílias em pé de guerra que viram amigas depois de um acampamento, Ben Stiller e...
Cara... toda vez que eu escrevo “Ben” o Word troca pra “Bem”! Isso é um saco! Fora isso o Office 2013 tá uma coisa linda, cês tem que ver! Aliás, nesse momento eu tô formatando o meu PC e pensando seriamente em instalar o W8, apesar das críticas, eu sou Team Windows e quero ver com meus próprios olhos e o Linux que se dane. Aquela droga. Mas voltando ao Levy.
Me perdi completamente no pensamento, vou pular direto pro filme, tudo bem pra vocês? Beleza.
Pior é que eu não sei como dar prosseguimento ao texto.
Sinopse!
Ótima ideia!
A propósito, o filme de hoje é Gigantes de Aço, por isso que eu estava falando do Shawn Levy. Ele é o diretor e... Ok, o filme!
Real Steel, que por sinal é um nome muito maneiro, acompanha Charlie Kenton (Hugh Jackman), um ex-pugilista que, no ano 2020, ganha a vida com o esporte (?) de maior sucesso até então: o boxe de robôs. Isso por que anos antes o boxe (e qualquer modalidade esportiva que envolvesse caras suados se espancando) foi banido e proibido por ter atingido um nível de violência muito grande. O que nós sabemos que não vai acontecer, afinal de contas... O MMA ainda tá aí e as pessoas ainda jogam GTA.
Kenton é um canalha e um sacana, deve dinheiro a todo mundo e metade do submundo do boxe de robôs quer a cabeça do cara. Ele tá num momento tão escroto da carreira, tão falido que aceita qualquer coisa por dinheiro. É como o Nicolas Cage do boxe de robôs. Tanto que a primeira luta do cara no filme é contra um touro de rodeio. Sério. Ele coloca um robô contra um boi preto afro e você se pega pensando no quanto aquilo é errado e o quanto o filme já começa numa pegada politicamente incorreta e... na primeira oportunidade que tem o touro destrói o robô inteiro! INTEIRO!
Pra não ser linchado por que apostou até o fundo das calças nessa apresentação fracassada, o cara foge feito o diabo da cruz e, no meio de sua manobra evasiva, ele recebe a notícia que vai dar rumo a Real Steel: uma das mulheres de seu passado, uma que ele engravidou, cedeu o sobrenome ao filho e deu dez na pata do veado (alguém ainda usa essa gíria?) morreu. Só reformulando pra quem se perdeu no parêntese e nas vírgulas, ele engravidou a mulher e anos depois a mulher morreu. E obviamente deixou um filho no mundo, um moleque de 11 anos chamado Max (Dakota Goyo (parêntese dentro de parêntese, eu adoro isso (Inception, três camadas de sonho), eu nem sei por que abri isso, acho que foi par comentar que o garoto tem nome de menina e isso é muito bizarro!)).
Canalha como é, ao descobrir que a tia do garoto, irmã da falecida, quer a guarda do garoto (e ao perceber que o marido dela é um ricaço), Charlie decide ceder a guarda de Max para a tia. Afinal de contas ela poderia proporcioná-lo um lar feliz e seguro, coisa que ele seria incapaz de fazer.
Por 100 mil dólares. Isso mesmo, ele vende o moleque e, pra não dar tanto na telha, concorda em passar umas semanas cuidando dele enquanto os tios vão tirar férias na Europa.
Aí vem todo aquele papinho de criança solitária que perdeu a mãe e o pai, um irresponsável, vai conhecer e se apegar ao filho e os dois vão evoluir e amadurecer com o tempo que passarão juntos, aquela baboseira toda, certo?
É. Na verdade, nem tanto. Isso até acontece, mas o relacionamento dos dois é um pouco mais complexo que isso por que o moleque tem um temperamento tão ruim quanto o do pai, é como dois cactos tentando se abraçar. E eles realmente amadurecem com o tempo que passam juntos, mas nada tão bonitinho nem redondinho quanto o habitual, os dois ficam trocando farpas e porradas o tempo todo. Charlie é um cretino egoísta e Max é cínico, revoltado, mas sem cair no clichê do pré-adolescente chato e insuportável, e herdou tudo de ruim do pai e nenhum dos dois quer estar na presença um do outro...
O que muda um pouco quando o segundo robô seguido de Charlie é massacrado na arena e os dois decidem ter um momento pai e filho num lixão a fim de encontrar peças pra robôs de luta. No lixão os dois encontram um robô velho INTEIRO enterrado e, convenientemente o bicho funciona perfeitamente. E é aí que a história começa por que o robô que eles encontram é uma máquina de treinamento feita pra apanhar e, quando decidem colocar o troço pra brigar ele aguenta porrada feito nenhum outro! Sem querer os dois haviam encontrado um Campeão dos Campeões (referência cretina, mas o filme faz uma homenagem meio descarada a todos esses filmes de boxe do Stallone).
Eu ia falar no começo do texto do quanto o diretor evoluiu de um trabalho para o outro, mas me perdi naquele parágrafo totalmente desnecessário que você pode pular, caso queira! Enfim, a evolução do diretor de um trabalho para o outro é algo notável, visto que ele sempre trabalhou em coisas que não exigiam demais dos seus dotes de cineasta mas, aqui, em Gigantes, ele mostra um pouco do seu talento, com suas panorâmicas MichaelBaycas, pancadaria empolgante e realista, além de muito fluida, (convenhamos, essa comparação com o Michael Bay foi injusta, até por que no quesito robôs gigantes descendo cacete o Levy é muito mais talentoso que o Bay), o cara que tem o costume de deixar a câmera meio paradona dá uma sacudida no brinquedo aqui. A câmera não para um minuto, tremendo direto, acompanhando a ação de perto, ficou um negócio muito bem feito!
Esse texto tá enorme e mais de um terço dele é enrolação!
Pra finalizar, bora falar dos robôs e do elenco, por que esses são os melhores pontos do filme! Os robôs são incríveis, estilizados pra caramba, tem um visual realista demais (o primeiro robô, que luta com o touro (que também não é real) é impressionante! A ferrugem, o metal amassado, o brilho fosco do reflexo do sol!), envolvem-se em brigas inacreditáveis, braços arrancados, cabeças incendiando, peças voando longe! Sensacional!
Quanto ao elenco... Putz!
O personagem do Hugh Jackman só não é melhor por que não é vivido pelo Robert Downey Jr, mas o nosso querido Wolverine é O CARA! O cara tá sensacional, escrotíssimo, não poupa ninguém, não se apega a ninguém, um verdadeiro sem vergonha (pelo menos até o momento de sua mudança para pai responsável, mas até isso flui bem). Tem também a Evangeline Lilly, aquela coisa linda de modeus! Só de existir ela já torna qualquer coisa mais bonita. Mas quem rouba a cena aqui é Dakota Goyo (que foi um Thor bem melhor que o Chris Hemworth (polêmica!)), filho de Charlie, tão ruim quanto o pai. O moleque é excelente e a interação entre ele e Jackman é sensacional.
Real Steel é algo bom por que é inesperado, é algo improvável de acontecer. De um diretor tão qualquer nota quanto Levy, um filme tão fluido e bacana é algo meio surreal! Tem falhas, tem excessos, tem coisas desnecessárias (a dança do robô é meio vergonha alheia, mas funciona), mas é divertido e emocional (emoção meio barata, mas flui), mas tem qualidade! Foge um pouco do clichê recorrendo a outros clichês (bem executados) e não tem um roteiro excepcional, mas se supera.
Vale as duas horas!
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